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A notável façanha de Lula

O momento é ainda de aquecimento, ainda não começou o jogo, mas o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu, com a composição de seu novo ministério uma notável conquista: desarmou os espíritos. Não é pouca coisa.

Se fosse mantido aquele clima de desconfiança em relação ao PT, baseada na suspeita de que seriam estimuladas maluquices econômicas, o país estaria, neste momento, imerso a possibilidade de que o próximo ano iniciaria com a discussão de moratória, o dólar nas alturas pressionaria ainda mais a inflação, os trabalhadores iriam para a rua pedir mais salários para, no mínimo, não perder mais. Em pouco tempo, a imagem de Lula estaria em frangalhos.

O presidente está mostrando, até aqui, que não é bobo. Teve o bom-senso de aliar-se ideologicamente aos valores do mercado. Sabe que vai ter de equilibrar todos os dias o capital e o trabalho. Perder a guerra da imagem, agora, iria abrir-lhe um notável caminho para se converter numa espécie de Chaves ou virar mais um presidente argentino.

Começa o jogo e diminuem as ilusões. A partir de agora, sem o encanto dos palanques, Lula terá de explicar o que todo governo sempre tem de explicar, premido pela falta de recursos e excesso de expectativas. E, aí sim, será o teste de verdade da eficiência.

 
 
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