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Serra
vai virar Roseana?
A repercussão
da acusação contra o empresário e ex-diretor
do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira se deve,
em parte, ao ambiente sucessório; afinal, ele se prestou
como auxiliar para o caixa de campanha de José Serra
em eleições passadas.
Não
há nada, por enquanto, que associe Serra a eventuais
e supostas delinquências do empresário no processo
de privatização da Vale. Juridicamente, não
se conseguiria condenar ninguém, nem sequer indiciar,
com tais rumores, reforçados por personagens como Paulo
Renato Souza e pela suposta vítima do achaque Benjamin
Steinbruch.
Mas, aos
olhos de segmentos da opinião pública, a associação
já está feita; essa é a lógica
política. A desconfiança generalizada de que
políticos usam indevidamente recursos públicos.
Existe uma certeza (e bem fundamentada) de que os candidatos
lançam mão de recursos clandestinos para arrecadar
fundos de campanha; e cada candidato tem seu arrecadador que,
muitas vezes, acaba tendo algum tipo de influência no
governo eleito.
Como Serra
já não ia muito bem nas pesquisas e honestidade
é um dos critérios mais importantes no eleitorado
para a escolha do candidato, a dúvida que perdura é
se ele vai manter sua candidatura se perder mais alguns pontos
nas pesquisas de opinião.
A resposta
vai estar nos próximos dez dias; se o caso esfriar,
Serra continua no páreo, com todas as dificuldades.
Se os rumores permanecerem em alta no noticiário, com
novos, fatos, temos aí uma nova Roseana Sarney, obrigado
a renunciar. Isso se não afetar o próprio presidente
e, com isso, abalar seu candidato.
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