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Ciro está a serviço de Serra

No papel de vítima de perseguição, Ciro Gomes repete todos os dias que alguém ou alguma instituição está, clandestinamente, a serviço de José Serra _a começar da mídia e dos jornalistas. O fato é que, nos últimos tempos, Ciro parece estar a serviço de José Serra. O resultado se vê nas pesquisas de opinião.

As frases infelizes, como aquela sobre o papel de Patrícia Pillar em sua vida, as respostas ríspidas e grosseiras, acabam dando munição aos adversários. Prestaram-se inclusive a não menos grosseiras manipulações da campanha de Serra, explorando eleitoralmente o comentário sobre Patrícia Pillar. Mas o problema é que Ciro falou e alguém que se dispõe a ser presidente deveria saber como uma brincadeira pode trazer suspeitas sobre convicções mais profundas e inconfessáveis.

Nada supera, porém, em esquisitice a proposta de Ciro e de seus aliados de chamar observadores internacionais para as eleições. Na base desse pedido, está a visão de que o Brasil é vítima de um complô tão diabólico, que não existe mais liberdade de imprensa, a Justiça está amordaçada, os partidos impedidos de fazerem ouvir. Enfim, vivemos numa sociedade sem os mínimos direitos democráticos.

Como essa situação é irreal, quase um surto paranóico, Ciro e seus aliados transmitem a sensação de instabilidade emocional _o que, gostem ou não, ajudam a candidatura Serra.

 
 
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