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As
escolas, quem diria, acabaram no shopping-center
Uma das
pragras urbanas do Brasil são os shopping-centers,
imaginados para serem cidades ideais sem sujeira na rua, sem
crianças pedintes, mendigos e, em especial, violência.
Por conta
desses gigantescos quistos de consumo, as pessoas deixam de
circular pelas ruas de verdade, fazendo da cidade, em particular
de São Paulo, espaços ainda mais divididos entre
ricos e pobres.
A supremacia
dessas cidades isoladas, movidas só a consumo, luz
e ar artificiais, chega agora ao máximo. Em Campinas,
escolas, amedrontadas com a violência, decidiram instalar-se
dentro de shoppings.
Talvez
seja o melhor símbolo disponível do poder consumo
- e do como tudo vai sendo dragado pelo pragmatismo.
Resta
saber como vão fazer os estudantes ficarem quietos
na sala de aula, sabendo que logo ali ao lado está
o "paraíso".
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