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Até
para nossos padrões, os políticos estão
passando dos limites
Todos
sabem que os políticos são pragmáticos,
idéias e programas muitas vezes são usados para
conveniências momentâneas, partidos pouco valem,
inimigos de ontem são os aliados de amanhã.
Mas, neste ano, esse pragmatismo cínico está
conseguindo se superar, indo além até para nossos
padrões.
Há
poucas semanas, Ciro Gomes fazia acusações duríssimas,
ofensivas até, ao PFL, colocando-o como uma espécie
expressão suprema da bandalheira. Disse que ACM era
mais sujo do que pau de galinheiro.
Agora,
diante da desistência de Roseana Sarney na disputa presidencial,
Ciro tenta seduzir o PFL -e com o sinal positivo de ACM.
Garotinho
que se diz oposição a FHC, por suas políticas
neoliberais, também tenta abocanhar o PFL, o ramo mais
conservador da aliança governista. Garotinho chega
a piscar os olhos a Paulo Maluf. O presidente Fernando Henrique
Cardoso e seu candidato José Serra dizem, pelos bastidores,
que o PFL é um ninho de gente atrasada, clientelista,
mas também curvam-se ao partido.
Enfim,
Lula aceita tudo ou quase tudo: o PL para vice, aproxima-se
de Luiz Antônio Medeiros, a quem sempre atacou por conluios
governistas e, finalmente, negocia com Orestes Quércia,
seu frequente alvo de acusações de corrupção.
Depois
eles reclamam que ninguém acredita no que falam os
políticos.
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