Lula
e Serra vão dar um show?
Isolados
na dianteira das pesquisas eleitorais, Lula e Serra prometeram
se enfrentar com civilidade, debatendo idéias e propostas
de governo. A ação de improbidade administrativa
anunciada pelo procurador Luiz Francisco de Souza, envolvendo
pessoas que foram ou são próximas de Serra,
ameaça transformar tais promessas de altivez política
em pó.
Serra
e seus aliados estão convencidos de que Luiz Francisco
estaria mais interessado na eleição do que na
apuração de irregularidades. A suspeita se fundamenta
na data da ação, véspera do primeiro
turno, e no fato de que Luiz Francisco ser um ex-militante
do PT.
Independentemente
das intenções do procurador, os tucanos traduzem
o gesto como uma espécie de declaração
de guerra - até porque precisam de um pretexto para
jogar duro e afastar, nesse momento, a possibilidade, remota,
da vitória de Lula no primeiro turno.
Se a disputa
entre PT e PSDB ficar mais no campo moral (quem cometeu qual
deslize) e no passado (o que pensava Lula, as alianças
com políticos como Quércia e Sarney, o que fizeram
as administrações do PT, os erros de FHC) do
que em propostas, detalhadas, concretas, para viabilizar o
crescimento econômico e gerar empregos, perde-se uma
chance para esclarecimento do eleitor.
A emoção
da pancadaria produz um bom "show", anima as eleições,
mas torna ainda mais rala a compreensão do cidadão
sobre o que os candidatos podem fazer se eleitos.
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