Você
acredita em Papai Noel assassino?
Era o
símbolo que faltava para sintetizar o descontrole da
violência na região metropolitana paulistana,
onde o seqüestro se transformou em rotina, quase ninguém
mais anda com a janela do carro aberta, a classe média
já aderiu às blindagens, até helicópteros
são contratados para fazer a ronda das casas. Prisões
feitas na cracolândia reforçam a suspeitam de
que o crime organizado tenha amparo na própria polícia.
Previsível
que, num ano eleitoral, surjam as costumeiras bobagens prometidas
por candidatos para enfrentar o crime. Quem está mais
à esquerda vai dar ênfase à questão
social. Quem estiver mais à direita, vai prometer mais
repressão. Já sabemos hoje, olhando experiências
bem-sucedidas, que a combinação de investimento
policial e ação social é o que reduz
criminalidade.
Se o candidato
quiser mesmo apresentar uma proposta séria, seja na
disputa para presidente ou para governador, terá de
dizer quanto vai gastar em policiamento e em inclusão
de jovens. Terá de dizer também como pretende
estabelecer parceiras que envolvam todos os níveis
se governo e a sociedade.
Fora disso,
melhor acreditar em Papai Noel.
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