Quanta
obviedade
Depois
de 18 dias de investigação sobre a realidade
brasileira, o relator especial da ONU Jean Ziegler causou
aborrecimento em setores do governo ao dizer uma obviedade
-a de que vivemos uma guerra social.
Não
era necessário mandar alguém aqui de tão
longe para fazer descoberta tão banal -e nem gente
do governo deveria ficar irritada com uma obviedade desse
tipo. Vivemos mesmo uma guerra social há muitos anos,
e só está piorando.
A ofensiva
mais consistente contra essa guerra está para ser divulgada
esta semana durante o Grande Prêmio de Jornalismo Ayrton
Senna, onde será lançado um movimento, inédito
no Brasil, pedindo a todos os candidatos que levem em seus
programas uma política de juventude.
Nesse
movimento, que pretende envolver todas as grandes entidades
de direitos humanos e de educação, pede-se que,
em nome da paz social e da democracia, se desenvolvam políticas
públicas articuladas para a promoção
do jovem.
O desenvolvimento
dessas políticas -e seus efeitos- é demorado,
mas é o que, de fato, surte efeito. Mais uma monumental
obviedade.
O que
não é tão óbvio é fazer
de uma campanha eleitoral um instrumento para discussão
para valer de propostas sociais, fora do jogo de ilusões
e do marketing.
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