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O risco da demagogia com os negros

Em toda a história do Brasil, nunca houve tantos incentivos - por mais tímidos que ainda possam ser - para que o negro entrasse na universidade. Inicialmente, foram aprovadas as cotas nas universidade estaduais do Rio e, na semana passada, nas baianas. Por mais elogiável que seja a reserva de vagas para tentar contrabalançar a desigualdade social, a decisão traz sérios perigos.

Gosto da idéia de abrir mais espaço nas faculdades, especialmente para alunos de escolas públicas. Mas se tal abertura não for acompanhada de ações complementares, o projeto vai comprometer toda a idéia de cotas. É fácil anunciar as cotas, pega bem, sobretudo num ano eleitoral, e satisfaz a justa cobrança diante da discriminação da educação, em particular no ensino superior.

As universidades devem estar preparadas para ajudar os alunos selecionados pelo sistema de cotas a recuperar o tempo perdido, reforçando seus conhecimentos. Isso significa aulas complementares e até apoio individual.

Sem esse apoio, o que se vai fazer é criar, na universidade, um grupo de segunda classe, perpetuando a discriminação. E, ainda por cima, fazer com que a elite, cada vez mais atraída pelas faculdades particulares, deixe a universidade pública, tornando-a ainda mais frágil.

 
 
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