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Os alunos de administração estão despreparados
As empresas nunca sofreram tanta concorrência,
devido à mistura explosiva de globalização
com inovação tecnológica numa velocidade
desconhecida - cresce, assim, o risco de obsolescência
dos profissionais e negócios.
Justamente esse risco fez da "aprendizagem permanente"
e "empregabilidade" expressões obrigatórias
em todos os seminários de recursos humanos.
Esses dados óbvios da era da informação
mostram como é grave o perfil dos formandos em administração
no Brasil, realizado pelo Ministério da Educação
durante o chamado "Provão" _ há, no
Brasil, 220 mil alunos de administração, espalhados
em 550 cursos.
Cerca de 73% dos formandos leram, no máximo, três
livros, além da bibliografia obrigatória durante
um ano. O que não é nada, levando-se em conta
as demandas contemporâneas.
Uma larga parcela (48%) tem na TV o principal meio de informação;
apenas a imprensa escrita consegue aprofundar a informação.
Mais: 16% nunca acessaram a internet e, pior, apenas 11% dominam
bem o inglês. A maioria (60%) informa serem limitados
os recursos de informática na escola; 13% acham satisfatórias
as aulas práticas. Menos de 20% consideram que as bibliotecas
estão atualizadas.
Com esse perfil, o que se pode esperar é o seguinte:
muito formado em administração vai ficar desempregado.
Sem inglês ou hábito de leitura, difícil
imaginar alguém prosperando num cargo executivo.
Ou muita empresa vai quebrar ou ir mal das pernas, caso comandada
por pessoas com tão baixa qualificação.
Elas necessitam pessoas inovadoras, capazes de ler com rapidez
as tendências e transformá-las em soluções.
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