América
Latina quer proteger microempresas na Alca
O Mercosul vai
brigar por uma reserva de mercado para as micro e pequenas empresas
locais em licitações públicas na Área
de Livre Comércio das Américas, que entra em vigor
em janeiro de 2005. O bloco sul-americano irá propor nas
negociações da Alca a criação de um
limite mínimo para permitir a participação
de empresas de outros países em concorrências públicas
de compras governamentais.
A proposta de
reservar mercado às micro e pequenas empresas nacionais deverá
desagradar aos Estados Unidos, que defendem abertura ampla do mercado
de compras governamentais na Alca. Com prestadores de serviço
competitivos, os EUA se dispuseram a facilitar a entrada de empresas
de outros países em licitações públicas
para o fornecimento de praticamente todos os bens e serviços
adquiridos pelas 51 agências federais do governo americano.
Para o presidente
do Movimento Nacional das Micro e Pequenas Empresas, Ercílio
Santinoni, é importante que o Mercosul negocie uma proteção
especial às micro e pequenas empresas. Nos países
da América Latina, os governos federais, estaduais e municipais
geralmente são os maiores clientes de produtos e serviços
de empresas de pequeno porte. "É muito mais difícil
um fornecedor latino-americano vender para o governo dos EUA do
que uma empresa americana vencer uma concorrência pública
no Brasil. Eles têm muito mais recursos para apoiar suas exportações
de bens e serviços, e mais cultura exportadora", disse.
Leia
mais:
- Proteção
às microempresas na Alca
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