Calote
do cheque sem fundos bate recorde anual
O desemprego
e o alto custo de vida têm um preço. A inadimplência
do cheque - segunda forma de pagamento mais utilizada no país,
atrás apenas de dinheiro vivo - cresceu e bateu recorde neste
ano. Levantamento da Serasa (Centralização de Serviços
Bancários) mostra que a quantidade de cheques devolvidos
por falta de fundos de janeiro a julho deste ano foi a maior desde
91, quando esse dado começou a ser calculado.
A média
foi de 15,9 cheques sem fundos a cada 1.000 compensados -alta de
10,4% em relação ao mesmo período de 2002.
Em julho, o índice chegou a 16,8 por 1.000, o segundo maior
da história. Mas a maior alta, não por acaso, foi
registrada também neste ano, em maio: 17,6 devolvidos por
1.000 compensados. As consequências da desaceleração
da economia ajudam a explicar a alta inadimplência.
Em 2003, o
desemprego cresceu de 11,2% em janeiro para 13% em julho, a maior
taxa desde 2001, segundo o IBGE. “A conjuntura pune o consumidor
e dificulta o pagamento de dívidas", analisa Carlos
Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa.
Patrícia
Monteiro, gerente de marketing da Telecheque, empresa de verificação
e garantia de cheques, lembra um efeito adicional para a alta da
inadimplência em julho: o Dia das Mães.
As informações
são do jornal Folha de S. Paulo.
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