Construção
civil é área mais envolvida com corrupção, aponta relatório
Relatório da Transparência Internacional divulgado
ontem (15/04/02) conclui que empresas do setor da construção
civil são as que mais tendem a se envolver com corrupção
em países emergentes.
O documento, chamado "índice de países corruptores
2002", é baseado em 835 entrevistas feitas com executivos
entre dezembro de 2001 e março de 2002 pela Transparência
Internacional -organização não-governamental
de combate à corrupção.
A pesquisa foi feita em 15 países com economias emergentes
e fortemente importadoras -entre eles o Brasil. Eles recebem 60%
do investimento estrangeiro direto em países em desenvolvimento.
Funcionários públicos de alto escalão dos
países pesquisados receberam pontuações de
zero a dez (veja quadro ao lado), de acordo com a propensão
que têm de solicitar ou aceitar subornos -quanto menor a pontuação,
maior a propensão ao suborno.
Em todos os casos, os entrevistados apontaram que as empresas de
seus próprios países eram as mais corruptoras. Elas
obtiveram nota 1,9 no índice entre zero e dez.
Rússia (3,2), China (3,5) e Taiwan (3,8) foram considerados
os países que sediam as empresas mais corruptoras do mundo,
entre os principais países exportadores (veja quadro ao lado).
Os países exportadores com empresas consideradas mais honestas
são Austrália (8,5), Suécia (8,4) e Suíça
(8,4).
É a segunda vez que a Transparência Internacional
fez esse tipo de pesquisa. Apenas dois países tiveram sua
pontuação piorada: Estados Unidos (de 6,2 para 5,3)
e Reino Unido (de 7,2 para 6,9). O Canadá manteve a mesma
pontuação (8,1). Os outros 18 países melhoraram
suas pontuações.
A Bélgica, que subiu de 6,8 para 7,8, obteve a melhora mais
significativa. A Suécia perdeu a liderança do ranking
para a Austrália, que estava em segundo lugar há três
anos.
Leia mais:
- Relatório mapeia corrupção
em 15 países
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Relatório
mapeia corrupção em 15 países
Relatório da Transparência Internacional divulgado
ontem conclui que empresas do setor da construção
civil são as que mais tendem a se envolver com corrupção
em países emergentes.
O documento, chamado "índice de países corruptores
2002", é baseado em 835 entrevistas feitas com executivos
entre dezembro de 2001 e março de 2002 pela Transparência
Internacional -organização não-governamental
de combate à corrupção.
A pesquisa foi feita em 15 países com economias emergentes
e fortemente importadoras -entre eles o Brasil. Eles recebem 60%
do investimento estrangeiro direto em países em desenvolvimento.
Funcionários públicos de alto escalão dos
países pesquisados receberam pontuações de
zero a dez (veja quadro ao lado), de acordo com a propensão
que têm de solicitar ou aceitar subornos -quanto menor a pontuação,
maior a propensão ao suborno.
A pior pontuação (1,3) foi dada às pessoas
que cuidam de licitações para obras
públicas. Também receberam péssimas notas os
responsáveis pela compra de armamentos (1,9) e de petróleo
e gás natural (2,7).
Os funcionários públicos que trabalham nos setores
ligados à agricultura, à indústria leve e à
pesca foram considerados os menos corruptos. Eles receberam pontuação
5,9 -o que revela um baixo índice de honestidade nas altas
cúpulas das administrações públicas
dos países emergentes.
A Transparência Internacional também identificou os
países de origem das empresas mais propensas a pagar ou oferecer
suborno em troca de obter ou manter negócios nos países
pesquisados.
Em todos os casos, os entrevistados apontaram que as empresas de
seus próprios países eram as mais corruptoras. Elas
obtiveram nota 1,9 no índice entre zero e dez.
Rússia (3,2), China (3,5) e Taiwan (3,8) foram considerados
os países que sediam as empresas mais corruptoras do mundo,
entre os principais países exportadores (veja quadro ao lado).
Os países exportadores com empresas consideradas mais honestas
são Austrália (8,5), Suécia (8,4) e Suíça
(8,4).
É a segunda vez que a Transparência Internacional
fez esse tipo de pesquisa. Apenas dois países tiveram sua
pontuação piorada: Estados Unidos (de 6,2 para 5,3)
e Reino Unido (de 7,2 para 6,9). O Canadá manteve a mesma
pontuação (8,1). Os outros 18 países melhoraram
suas pontuações.
A Bélgica, que subiu de 6,8 para 7,8, obteve a melhora mais
significativa. A Suécia perdeu a liderança do ranking
para a Austrália, que estava em segundo lugar há três
anos.
Apesar de ter melhorado sua pontuação (de 3,7 para
4,1), a Itália aparece na lista divulgada ontem como o quinto
país exportador mais corrupto do mundo.
O Brasil não aparece no índice de países corruptores
porque a presença de empresas brasileiras em países
emergentes não é considerada significativa pela Transparência
Internacional.
Dentre os entrevistados, 23% responderam que a corrupção
em seus países aumentou nos últimos cinco anos. Para
10% do total, ela "aumentou significativamente" e, para
13%, "aumentou pouco".
Para 27% dos entrevistados, a corrupção diminuiu.
"Diminuiu pouco" para 21% e "diminuiu significativamente"
para 6%. Do total, 37% disseram acreditar que a corrupção
não variou nos últimos cinco anos e 13% não
souberam responder à pergunta
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