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Dia 22.05.02

 

 

Não se engane pelo aumento do emprego industrial

Apesar do saldo positivo no mês de março (0,3%), a trajetória do nível de emprego é cadente, e não deverá apresentar as mesmas estimativas positivas. Pior: a folha salarial ou folha real de pagamentos das fábricas encolheu 3,6%. Isto é, os dados dos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a despeito do ligeiro aumento do emprego, tanto os salários reais, como o próprio emprego mantém o ritmo de queda.

Um dos estados mais afetados pela crise no mercado de trabalho é o Rio de janeiro. O Boletim trimestral do Instituto de Estudo do Trabalho e Sociedade (Iets), divulgado ontem, mostra sinais de deterioração da qualidade dos empregos, do nível de renda e da capacidade de criar oportunidades. Para se ter uma idéia, a renda dos chefes de família caiu 6,9% e a taxa de desemprego saltou de 3,9% para 5,4%.

Outro dado positivo que também dá o que falar é a recuperação da indústria, apontado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). De acordo com o indicador da instituição, a produção industrial em abril cresceu 1,7% contra março e 4,5% contra abril do ano passado. Apesar disso, o Ipea revisou para baixo suas projeções de crescimento da economia para este ano. Estimativa, que antes era de um crescimento de 2,5% para o PIB em 2002, caiu para 2%.

Leia mais:
- Indústria cresce em abril, mas Ipea prevê PIB menor

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Indústria cresce em abril, mas Ipea prevê PIB menor

Apesar da queda de março, a indústria voltou a crescer em abril, segundo projeções do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). De acordo com o indicador Ipea, a produção industrial em abril cresceu 1,7% (índice dessazonalizado) contra março e 4,5% contra abril do ano passado.

Apesar de os números do Ipea mostrarem que a indústria voltou a mostrar recuperação em abril, o instituto revisou para baixo suas projeções de crescimento da economia para este ano. A previsão de Ipea, que antes era de um crescimento de 2,5% para o PIB em 2002, caiu para 2%.

O economista Paulo Levy, coordenador de conjuntura do Ipea e responsável por esses cálculos, diz que essa revisão se deve a dois fatores. Em primeiro lugar, ao fato de a queda da produção industrial no último trimestre do ano passado ter sido muito maior do que ele tinha previsto. De acordo com o IBGE, a indústria caiu 5,48% nos últimos três meses do ano passado.

Segundo o economista do Ipea, esse resultado do ano passado irá exigir da indústria um esforço maior na sua recuperação. Como o impulso da economia foi pequeno, o PIB deverá apresentar um crescimento menor.
Outro fato importante, segundo Levy, foi o fato de o Banco Central ter interrompido o processo de redução dos juros básicos da economia. Segundo o economista, os juros têm efeito principalmente sobre a expectativa dos agentes econômicos.

Em função disso, a indústria caiu 1,6% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2001. O Ipea previa anteriormente uma queda de 0,6%.

Já para os outros trimestres, o Ipea prevê um salto na recuperação da indústria. No segundo trimestre, a projeção é de uma alta de 2%. Para o terceiro, de 3%, e no quarto, de 4,5%.

Segundo Levy, os números da indústria, a partir de agora, deverão ser expressivos. No ano passado, não se pode esquecer que a produção industrial foi fortemente influenciada pelo racionamento de energia.
Além disso, de acordo com o Ipea, a queda dos juros na economia deverá se acelerar no segundo semestre deste ano.

Para esses cálculos, o Ipea toma como base algumas premissas. Em primeiro lugar, que a economia internacional, em especial os Estados Unidos, continuam seu processo de recuperação. Além disso, a inflação no Brasil, ainda que pressionada, mantém uma perspectiva de queda. E a política fiscal deve atingir as metas traçadas para o ano.

Levy avalia que houve precipitação dos analistas em dar como encerrado o processo de recuperação da indústria a partir dos números de março do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o IBGE, a indústria em março caiu 3,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Levy explicou que o resultado de março da indústria foi fortemente influenciado pelo menor número de dias úteis deste ano. Como o feriado da Semana Santa neste ano caiu em março, o mês teve 22 dias úteis, contra 20 de março de 2001.

Já no mês passado, Levy observa que ocorreu o contrário, já que a Semana Santa de 2001 caiu exatamente em abril. Ou seja, abril deste ano teve dois dias úteis a mais, o que explica o fato de a indústria ter apresentado uma alta expressiva de 4,5% contra o mesmo mês do ano anterior.

(Folha de S. Paulo)

 

 
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