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Dia 23.05.02

 

 

"Efeito renda" derruba inflação e nível de atividade da economia

O efeito "renda" deve persistir ao longo do ano, pois segundo o Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os indicadores do mercado de trabalho vão continuar ruins este ano. A instituição trabalha com perspectiva de desaceleração da inflação nos próximos meses, com o IPCA fechando o ano em 5,2%, já que descarta pressão dos preços livres, limitados por demanda debilitada pela renda ainda em queda.

O rendimento real caiu 5,5% no primeiro trimestre, evoluindo gradualmente ao longo do ano até fechar ainda no vermelho, com queda média de 1,8%. Mas, em dezembro, haverá uma tímida recuperação da renda, registrando taxa positiva de 1,3% (engordada em parte pelo 13º). O Ipea acredita num crescimento de 1% do emprego no ano. Mas, a massa salarial será negativa em 0,5%. A taxa de desemprego projetada é de 6,4%.

Estes números estão, em última instância, atrelados ao nível de atividade da economia. O Ipea reviu sua estimativa de PIB de 2,5% para 2%, pouco acima dos 1,5% de 2001. A indústria também teve sua projeção revista para 2,0%. Todas as projeções de nível de atividade foram alteradas para baixo, depois que a economia começou a desaquecer face a retomada de alta do juro e o aumento do risco Brasil. O mais alarmante é a projeção para bens duráveis, que baixou de uma expectativa de expansão anual de 4,7% em janeiro, para zero, em abril. Motivo: restrição de crédito e diminuição do poder aquisitivo dos brasileiros.

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- Renda em queda derruba inflação e nível de atividade

 

 
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Renda em queda derruba inflação e nível de atividade

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) trabalha com perspectiva de desaceleração da inflação nos próximos meses, com o IPCA fechando o ano em 5,2%. A taxa foi revista para cima no Boletim de Conjuntura de abril, divulgado ontem, mas Paulo Levy, economista-chefe da instituição, informa que a nova projeção já incorpora o comportamento dos preços administrados - petróleo, telecomunicações e energia elétrica - e descarta pressão dos preços livres, limitados por demanda debilitada pela renda ainda em queda. Nesse cenário, o Ipea admite haver espaço para redução gradual do juro/Selic a partir do terceiro trimestre, de 18,5% para 17,8%, fechando o ano em 17,5% .

Levy apoiou a decisão do Copom de manter inalterada a Selic de 18,5%. "Neste momento, é melhor ter cautela". Ele lembrou que a tendência para inflação em junho e julho é de alta, pois estão programados reajustes de tarifas telefônicas (8%) em junho e de energia elétrica, em julho (14% a 15%). No segundo semestre, porém, se a entressafra for menos rigorosa que em 2001, o comportamento dos preços pode ser bem favorável. O Ipea prevê alguma pressão do milho, mas aposta que a carne (com elevado peso nos índices de inflação) não deverá subir, compensando eventuais reajustes no frango.

Um fator positivo é o petróleo. Projeções do Project Link, base de estatística de petróleo da ONU, indicam queda no preço do barril do tipo Brent dos US$ 26 atuais para US$ 23 na média/ano. Eustáquio Reis, diretor do Ipea, alerta que este preço supõe normalidade no Oriente Médio, que se for quebrada poderá levar a alta do óleo. Mas, neste jogo de xadrez as decisões da Opep ainda são importantes e determinam em última instância os preços.

O câmbio também poderá favorecer a inflação. O Ipea projeta uma taxa média/ano de R$ 2,45, fechando dezembro em R$ 2,51 por dólar. Levy disse que desde que o dólar caiu no início do ano esta apreciação do real não foi repassada aos preços. "Não imaginamos que no caso de uma depreciação do câmbio ocorram novas pressões inflacionárias, a não ser que o dólar avance além dos R$ 2,50 para uma faixa de R$ 2,70 a R$ 2,80 como ocorreu em outubro". Ele destacou que os preços do atacado têm apresentado descolamento em relação ao varejo, o que é positivo, mas é outra conseqüência do efeito "renda".

Este efeito deve persistir ao longo do ano, pois segundo o Ipea, os indicadores do mercado de trabalho vão continuar ruins este ano. O rendimento real caiu 5,5% no primeiro trimestre, evoluindo gradualmente ao longo do ano até fechar ainda no vermelho, com queda média de 1,8%. Mas, em dezembro, haverá uma tímida recuperação da renda, registrando taxa positiva de 1,3% (engordada em parte pelo 13º). O Ipea acredita num crescimento de 1% do emprego no ano. Mas, a massa salarial será negativa em 0,5%. A taxa de desemprego projetada é de 6,4%.

Estes números estão, em última instância, atrelados ao nível de atividade da economia. O Ipea reviu sua estimativa de PIB de 2,5% para 2%, pouco acima dos 1,5% de 2001. A indústria também teve sua projeção revista para 2,0%. Todas as projeções de nível de atividade foram alteradas para baixo, depois que a economia começou a desaquecer face a retomada de alta do juro e o aumento do risco Brasil. Somente a produção de petróleo aparece como exceção neste quadro pouco animador, com expectativa de crescimento de 9%. Já a indústria de transformação deve crescer apenas 1,1%. O mais alarmante é a projeção para bens duráveis, que baixou de uma expectativa de expansão anual de 4,7% em janeiro, para zero, em abril. Motivo: restrição de crédito e diminuição do poder aquisitivo dos brasileiros.

(Valor Econômico)

 

 
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