Situação
das mulheres no Brasil ainda é precária
Com 18 anos
de atraso, o governo lançou o primeiro balanço sobre
a situação da mulher no Brasil. O documento é
uma prestação de contas à Organização
das Nações Unidas sobre os compromissos assumidos
pelo país ao ratificar, em 1984, a Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
contra a Mulher (CEDAW). Entre eles, a publicação
de relatórios quadrienais como o apresentado ontem no Palácio
do Planalto.
Hoje, 40% das
trabalhadoras ocupam posições precárias. E
uma mulher é espancada a cada 15 segundos. No governo, as
mulheres também não estão em pé de igualdade.
Embora ocupem 43,8% dos cargos públicos federais, o índice
cai para 13% nos cargos comissionados mais importantes.
O relatório
brasileiro para a CEDAW foi preparado por 11 organizações
não-governamentais e especialistas de diversas entidades.
Entre os avanços registrados, os salários femininos,
que passaram de 50% da remuneração masculina, em 1993,
para 60%, em 1999. Por outro lado, apenas 10% das mães que
trabalham têm acesso a creches. Segundo Solange, nem mesmo
as funcionárias do Ministério da Justiça têm
esse direito assegurado.
Embora o país
tenha mais de 5,5 mil municípios, só existem 339 delegacias
especializadas no atendimento à mulher e 70 abrigos para
vítimas de violência. Na Saúde, houve avanços
como a redução expressiva da mortalidade materna e
o aumento do número de hospitais que realizam o aborto legal.
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