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Dia 24.05.02

 

 

Investimentos estrangeiros estão saindo do Brasil

O dinheiro está fugindo do Brasil. Literalmente. Não só por causa da eleição presidencial, mas também pelo medo de ocorrer uma desvalorização cambial.
O risco brasileiro só perde hoje para os da Argentina, do Equador e da Nigéria. Pior: é maior do que o de países como a Venezuela e a Rússia. O investidor estrangeiro não quer correr riscos com seu valioso dinheirinho. Então, transfere seus dólares para investimentos mais seguros como títulos do Tesouro norte-americano. A quantidade de dinheiro mandada para o exterior dobrou no último mês.

As agências que medem o risco dos países já tinham colocado o Brasil no alvo quando as pesquisas mostram as chances de ganhar as eleições o pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio lula da Silva. Agora, o medo é que o pré-candidato do PSDB, José Serra, não decola e não venha a decolar nos últimos quatro meses da capanha eleitoral. Não é que os investidores torçam por alguém. É que a manutenção da atual política econômica tranquilizaria o dito mercado.

A outra questão é econômica. E, pelo visto, anda em círculos. Muitas instituições apostaram, no início do ano, que as cotações permaneceriam estáveis. Com isto, investiram em contratos futuros. Com a escalada do dólar, nas últimas duas semanas, a operação deixou de ser rentável e os bancos começaram a se desfazer dos contratos. Os prejuízos com esta aposta infeliz, dizem os especialistas, podem ultrapassar US$ 1 bilhão.

Leia mais:
- Especulação faz risco-Brasil quebrar mais um recorde
- Caem os investimentos estrangeiros no país
- Investidores retiram milhões

 

 
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Especulação faz risco-Brasil quebrar mais um recorde

O risco-Brasil ultrapassou ontem a barreira dos mil pontos diante da especulação em torno da sucessão presidencial, da fuga dos grandes investidores estrangeiros e de uma aposta errada dos bancos no dólar estável.
No fim do dia, a taxa, medida pelo banco americano JP Morgan, recuou para 972 pontos - mesmo assim, uma alta de quase 3% em relação à véspera e o nível mais alto do ano. O risco brasileiro só perde hoje para os de Argentina, Equador e Nigéria e é maior do que o de países como Venezuela, e Rússia.

''Nos últimos dias, houve um aumento generalizado do risco dos países emergentes devido a uma corrida dos investidores estrangeiros para ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro americano. Existe um temor muito grande em relação a atentados terroristas nos Estados Unidos e isso influencia todo o mercado'', explicou Dany Rappaport, da consultoria Tendências.

Entre os emergentes, o mais prejudicado pelo movimento dos investidores foi justamente o Brasil, que está a quatro meses de uma eleição presidencial em que o candidato do governo, José Serra, ainda não decolou. Nesse cenário, a especulação encontra terreno fértil, avalia o economista. ''Temos fundamentos muito frágeis. Nosso déficit fiscal é enorme e a poupança interna, muito pequena. Com a eleição, a percepção do risco piora.''

Fábio Akira, economista-sênior do Banco BBV, discorda. Os últimos números da economia vêm sendo favoráveis, afirmou. Para ele, os motivos da alta do risco-Brasil são técnicos. ''Mesmo porque houve notícias favoráveis aos olhos do mercado, como a confirmação de Rita Camata como vice de Serra, e a aprovação da CPMF no Senado'', lembrou.

Pesou também na disparada do risco-Brasil a alta do dólar. A moeda americana chegou a ser negociada a R$ 2,55, devido à grande procura por parte dos bancos. Muitas instituições apostaram, no início do ano, que as cotações permaneceriam estáveis, na faixa de R$ 2,30, e investiram em contratos futuros, os Forward Rate Agreements (FRA) de cupom cambial. Com a escalada do dólar, nas últimas duas semanas, a operação deixou de ser rentável e os bancos começaram a se desfazer de suas posições. Os prejuízos com esta aposta malfadada podem ultrapassar US$ 1 bilhão, segundo operadores do mercado.

Para zerar suas posições, os bancos tiveram que comprar moeda americana em larga escala, o que pressionou as cotações. O dólar comercial fechou vendido a R$ 2,528, em alta de 0,11%. A valorização da moeda americana é outro fator de aumento do risco-país, já que faz crescer a dívida pública - cerca de 30% dos títulos da dívida interna são atrelados ao câmbio.

O dólar ganhou ainda mais fôlego com a decisão do Banco Central de manter a taxa básica (Selic) em 18,5% ao ano. A medida preocupou analistas. ''Sob a atual política monetária, estamos preocupados com a possibilidade de a economia brasileira permanecer frágil demais para suportar o explosivo crescimento da dívida de curto prazo'', assinalou relatório do banco Bear Stearns distribuído ontem a seus clientes. O banco alerta que os juros ''assustadoramente'' altos podem dar origem a um ''ciclo vicioso''.

(Jornal do Brasil)

 

 
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Caem os investimentos estrangeiros no país

O Banco Central voltou ontem a dar uma força para o candidato do PSDB à Presidência, senador José Serra. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou ontem que a recente instabilidade no mercado financeiro provocada pelos relatórios de bancos e de agências de classificação de risco afetou a entrada de recursos externos do Brasil em maio.

Os relatórios em questão, apontavam para o risco de o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, vencer as eleições. Lopes deixou claro que a ''volatilidade'' do período no mercado financeiro ocorreu em função desses relatórios de conteúdo político.

Até a última quarta-feira, havia ingressado no país US$ 800 milhões e a previsão é de que ao final do mês o montante fique entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão. Esses recursos não serão suficientes para cobrir o déficit em transações correntes (conta que inclui o comércio exterior, serviços e rendas) de maio, que deverá, segundo os cálculos do BC, chegar a US$ 2 bilhões.

''Houve um movimento de recuo de forma generalizada, não só no investimento direto, mas também nos demais fluxos. As taxas de rolagem recuaram um pouco e isso se deve a todas essas volatilidades que a gente percebeu no mercado'', disse Lopes. Entretanto, para amenizar possíveis impactos políticos de suas declarações, o funcionário do BC explicou que, no acumulado de janeiro a maio, o fluxo de investimentos diretos deve superar o déficit em transações correntes.

Em abril, o fluxo totalizou US$ 1,964 bilhão, acumulando no ano US$ 6,662 bilhões. A projeção da autarquia é de que, ao final de 2002, alcance US$ 18 bilhões. Para o secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, é esse valor o que realmente importa porque demonstra a confiança dos investidores estrangeiros.

O secretário também atribuiu o aumento do risco-Brasil, que ontem passou dos mil pontos, à instabilidade do mercado por causa das eleições. ''Esse movimento de volatilidade acontece em função de incertezas em relação ao futuro. Por isso, essa flutuação. Mas ela ocorre porque este é um período de pouco mais instabilidade do ponto de vista da economia e da conjuntura política''.

Em abril, o déficit em transações correntes atingiu US$ 1,983 bilhão. Nos quatro primeiros meses do ano, acumula US$ 5,215 bilhões. O BC espera que, ao final de 2002 fique em US$ 20,703 bilhões.

De acordo com o relatório do Banco Central, o brasileiro está retomando as viagens ao exterior após vários meses em que o dólar alto assustou os viajantes. Os gastos em maio já somam US$ 98 milhões, contra US$ 77 milhões em março.

(Jornal do Brasil)

 

 

 
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Investidores retiram milhões

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em alta de 1,51%. Um dos fatores que animou o mercado foi a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado - com direito a isenção para o mercado de ações. O balanço dos investimentos, no entanto, está longe de ser positivo. Investidores retiraram da bolsa R$ 155,276 milhões só nos 20 primeiros dias de maio, segundo levantamento divulgado pela Bovespa.

Preocupada com os insistentes rumores sobre o esvaziamento do mercado paulista, a direção da Bovespa lançou um pacote de medidas para salvar o centenário pregão viva-voz da extinção. Nos últimos cinco anos, a negociação por computadores só ganhou espaço, em detrimento do pregão viva-voz, que hoje emprega 280 operadores.

Este ano, até abril, o pregão eletrônico respondia por 62% do volume negociado na bolsa. Em 1996, a situação era inversa: o viva-voz era responsável por 92%dos negócios.

O vice-presidente da Bovespa, Eduardo Brenner, negou a existência de um plano institucional para extinguir o viva-voz, contrariando as previsões das corretoras de que esse pregão seria extinto até o fim do ano.

A Bovespa decidiu aumentar a lista dos papéis negociados no sistema viva-voz, uma antiga reivindicação dos operadores. Agora, serão 12 ações negociadas no pregão. Também subiu o valor mínimo para leilão, de R$ 0,01 para R$ 0,05.

(Jornal do Brasil)

 

 
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