Investidores
externos com medo das invasões
O sinal de alerta já chegou ao investidores
estrangeiros. Todos estão com o pé atrás por
causa da crescente tensão social no Brasil. O que detonou
a sirene foi o discurso do líder do Movimento dos Sem-Terra
(MST), João Pedro Stédile, incitando a categoria contra
os ruralistas e a invasão do terreno da Volkswagen pelos
sem-teto, em São Bernardo do Campo (SP).
"Havia esperança de que este governo
poderia controlar mais os sem-terra", diz o analista da consultoria
de risco político global Eurasia Group, Vitali Meschoulam.
"Mas está ficando mais claro que ele não está
conseguindo maiores privilégios com os movimentos sociais
do que os governos passados". Para ele, a tensão decorrente
das invasões pelos sem-terra e sem-teto começa a assumir
uma dimensão maior no cenário político brasileiro.
Por enquanto, não houve retração
nos investimentos. O país terá prejuízo caso
uma negociação entre o governo e o MST resultasse
numa reação negativa do bloco ruralista que viesse
a atrasar a aprovação das reformas no Congresso. A
análise é do estrategista de renda fixa para mercados
emergentes da Merrill Lynch, Felipe Illanes, que informa estarem
os investidores monitorando o aumento da tensão social no
Brasil.
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