Mal
do século: síndrome do excesso de informação
O excesso de
informação está provocando uma angústia
típica dos tempos atuais e levando à conclusão
de que, às vezes, saber demais é um problema. Nas
sociedades ocidentais, as pessoas se sentem pisando em um chão
não muito firme, por não conseguirem deglutir a carga
de informações disponível em livros, na imprensa,
na televisão e na Internet. "Quanto mais sabemos, menos
seguros nos sentimos. É a sensação de que o
mundo está girando a muitas rotações a mais
do que nós mesmos", dizem os especialistas.
Para se ter
uma idéia do tamanho do problema um bom exemplo é
a quantidade de informação impressa, filme ou arquivos
magnéticos: seriam necessários dez computadores pessoais
para cada pessoa guardar apenas a parte que lhe caberia sobre o
que é produzido. Até o final do ano estarão
disponíveis três bilhões de páginas na
Internet. Hoje existem no Brasil mais de 100 emissoras de televisão
no ar, em diversas línguas, com especialidades diferentes.
Há 100 anos existiam cerca de 200 revistas científicas
no mundo. Agora são mais de 100 mil.
O excesso de
informação já produziu até mesmo a versão
2001 dos hipocondríacos: são os cybercondríacos
que passam a apresentar sintomas imaginários. Quem tem a
síndrome não consegue dormir: não quer perder
tempo e quer continuar consumindo informações. As
pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas
por um sentimento constante de obsolescência, a sensação
de que estão se tornando inúteis, imprestáveis,
ultrapassadas. A maioria não expressa sintomas tão
sérios. O que as persegue é uma sensação
de desconforto.
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A dor de nunca saber o bastante
O eterno sentimento
humano de ansiedade diante do desconhecido começa a tomar
uma forma óbvia nestes tempos em que a informação
vale mais que qualquer outra coisa. As pessoas hoje parecem estar
sofrendo porque não conseguem assimilar tudo o que é
produzido para aplacar a sede da humanidade por mais conhecimento.
Alguns exemplos
dessa síndrome: uma edição de um jornal como
o New York Times contém mais informação do
que uma pessoa comum poderia receber durante toda a vida na Inglaterra
do século XVII.
Todos os anos
é produzido 1,5 bilhão de gigabytes em informação
impressa, filme ou arquivos magnéticos. Isso dá uma
média de 250 megabytes de informação para cada
homem, mulher e criança do planeta. Seriam necessários
dez computadores pessoais para cada pessoa guardar apenas a parte
que lhe caberia desse arsenal de conteúdo.
Atualmente existem
mais de 2 bilhões de páginas disponíveis na
Internet. Até o fim do ano esse número estará
beirando os 3 bilhões.
Até o
início dos anos 90, a televisão brasileira tinha menos
de dez canais. Hoje há mais de 100 emissoras no ar, em diversas
línguas, com especialidades diferentes.
Os americanos
compram uma quantidade superior a 1 bilhão de livros por
ano. Mais de 43% dos americanos que declaram ser consumidores vorazes
de literatura lêem cinco deles por ano. De acordo com a mesma
pesquisa, 7% dos compradores dizem ler mais de cinqüenta livros
por ano.
Por trás
desses elementos, há um fenômeno mais geral. Países,
empresas, escolas, famílias estão se rearticulando
em outros modelos numa velocidade nunca vista. Mudar é um
inferno para a maioria das pessoas. Mais infernal ainda é
a sensação de que o mundo está girando a muitas
rotações a mais do que nós mesmos. "O
mal-estar de nosso tempo é a inadequação, o
sentimento opressivo de que as outras pessoas estão fazendo
as coisas certas, lendo os livros que contam e usando os computadores
e programas mais modernos enquanto nós estamos ficando para
trás na carreira ou nos relacionamentos", diz o americano
Wayne Luke, autor de um livro que compara o ambiente de excesso
de informação que existe hoje a uma "areia movediça".
Luke observa que nas sociedades ocidentais as pessoas se sentem
pisando em um chão não muito firme, por não
conseguir metabolizar a carga de informações disponível
em livros, na imprensa, na televisão e na Internet. "Quanto
mais sabemos, menos seguros nos sentimos", escreveu Luke.
Para tornar
essa angústia ainda mais palpável, atualmente as pessoas
são bombardeadas pelo desempenho de modelos excepcionais
cujas façanhas ganham espaço cada vez maior na televisão,
em jornais, revistas e livros de auto-ajuda. Diante desses modelos
de eficiência, a maioria se sente como algumas mulheres na
presença de Gisele Bündchen. Em comparação
com a modelo, há sempre algo errado com elas. Sobra ou falta
alguma coisa. Segundo psicólogos, na imaginação
de muita gente o mundo está apinhado de Giseles corporativas
ou sociais. Daí resulta inevitavelmente um sentimento de
inadequação.
Como toda ansiedade,
a angústia típica de nosso tempo machuca. Seu componente
de irracionalidade é irrelevante para quem se sente mal.
O escritório de estatísticas da Inglaterra divulgou
recentemente uma pesquisa que é ao mesmo tempo um diagnóstico.
Cerca de um sexto dos ingleses entre 16 e 74 anos se sente incapaz
de absorver todo o conhecimento com que esbarra no cotidiano. Isso
provoca tal desconforto que muitos apresentam desordens neuróticas.
O problema é mais sério entre os jovens e as mulheres.
Quem foi diagnosticado
com a síndrome do excesso de informação tem
dificuldade até para adormecer. O sono não vem, espantado
por uma atitude de alerta anormal da pessoa que sofre. Ela simplesmente
não quer dormir para não perder tempo e continuar
consumindo informações. Os médicos ingleses
descobriram que as pessoas com quadro agudo dessa síndrome
são assoladas por um sentimento constante de obsolescência,
a sensação de que estão se tornando inúteis,
imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não expressa
sintomas tão sérios. O que as persegue é uma
sensação de desconforto - o que já é
bastante ruim.
Segundo outra
pesquisa feita em cinco países pela Reuters Business Information,
metade dos executivos ouvidos pelos encarregados do trabalho afirmou
não se sentir capaz de lidar com toda a informação
que recebe. Uma terceira descoberta feita no Japão pelos
pesquisadores Michael Song e Mitzi Montoya-Weiss mostra que as pessoas
que trabalham com produtos de alta tecnologia são as mais
afetadas. Elas tendem a ser mais inseguras de suas possibilidades
profissionais que as empregadas em ramos mais tradicionais da economia.
Com razão. Na vanguarda competitiva das empresas digitais,
a temida obsolescência profissional é tão real
quanto o ar que se respira.
Tecnologias
sobem aos céus da Nasdaq e descem ao purgatório da
insignificância em questão de meses. Nesse setor, toda
a informação disponível parece ser insuficiente
para se manter à tona. O escritor americano Po Bronson, o
maior cronista da civilização criada pelos zumbis
do Vale do Silício, conta histórias apavorantes dessa
corrida desenfreada. "Nunca houve uma disputa tão ríspida
entre pessoas e empresas como a criada pela tecnologia da informação",
diz Bronson.
A área
de publicações científicas é um capítulo
especial nesse terreno do excesso de dados disponíveis. Há
100 anos existiam cerca de 200 revistas científicas no mundo.
Agora são mais de 100 000, 10 000 delas de medicina. Essa
área ferve. Uma biblioteca eletrônica médica
que arquiva os artigos das 4 800 principais revistas do ramo tem
registrados mais de 12 milhões de arquivos, e a cada ano
outros 700 000 entram para o catálogo. Há hoje os
cybercondríacos, pessoas que por meio de pesquisas sobre
saúde na Internet descobrem informações que
deveriam estar disponíveis apenas para médicos. São
a versão 2001 dos hipocondríacos. Eles passam a apresentar
sintomas imaginários.
"Isso é
cada vez mais comum", diz o infectologista do hospital Albert
Einstein Artur Timerman. Um estudo recente feito com 17 000 internautas
pelo site Netaddiction concluiu que 6% deles têm comportamento
compulsivo diante da internet. Entre esses comportamentos está
um francamente vicioso. "Há pessoas que se não
lêem a mesma informação em três ou quatro
fontes diferentes ficam inseguras sobre sua veracidade. São
'dataholics', literalmente viciados em informação",
define Renato Sabbatini, neurocientista da Universidade de Campinas.
Só agora
os especialistas começam a distinguir o que é apenas
uma manifestação de desconforto psicológico
inespecífico de uma síndrome provocada pela correria
da vida moderna. "A ansiedade por informação
ainda não é considerada isoladamente. Está
dentro de uma categoria denominada ansiedade por formação,
que por sua vez é um dos componentes do stress associado
ao trabalho", diz Márcio Bernik, psiquiatra-chefe do
Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas
da Universidade de São Paulo.
O Ambulatório
de Ansiedade da USP ainda não pesquisa a ansiedade de informação
especificamente. Mas tem atendido um número crescente de
ansiosos que mencionam como causa de suas apreensões a incapacidade
de absorver informações no ritmo que consideram ideal.
"Ler e aprender sempre foi tido como algo bom, algo que deveríamos
fazer cada vez mais. Não sabíamos que haveria um limite
para isso. Está acontecendo com a informação
o que já aconteceu com o hábito alimentar. Em vez
de ficarmos bem nutridos, estamos ficando obesos de informação",
diz Anna Verônica Mautner, psicanalista em São Paulo.
Vale a pena
examinar, agora, como se sentem aqueles que a sociedade considera
modelares, os vencedores na corrida profissional e social. O economista
Odair Abate, há seis anos responsável pelo departamento
de economia do banco Lloyds no Brasil, nos fornece um bom exemplo.
É ele quem analisa os cenários econômicos nacional
e mundial e dá as diretrizes para a atuação
do banco. Como fontes de informação, Abate lê
jornais, revistas e os relatórios de uma consultoria econômica.
Consulta regularmente seu banco de dados, sabatina freqüentemente
dois ou três políticos com quem mantém contato.
Além disso, acessa sites exclusivos e caros na Internet que
lhe trazem informações fresquinhas 24 horas por dia.
E como Abate se sente depois de carregar todos os seus neurônios
com informações de primeira linha? "Tenho a nítida
sensação de não ter lido tudo o que deveria.
Isso me deixa ansioso. Felizmente, depois de muitos anos de trabalho,
aprendi a lidar com isso e reduzir minha margem de erro", diz
Abate.
A vida no campo
também está sendo contagiada pela síndrome
da informação. Em Nova Mutum, Mato Grosso, o fazendeiro
Sérgio Nogueira paga cerca de 500 reais por mês para
ter acesso à Internet. "Sem acompanhar a Bolsa de Chicago
ou a previsão do tempo, não sei quando plantar ou
vender meu produto. Aqui, informação vale ouro"
Entre os vencedores,
no imaginário das pessoas, estão sem dúvida
os executivos com formação de padrão internacional,
os diplomados dos cursos de MBA, o famoso Master in Business Administration.
Pois bem, eles igualmente se sentem atolados em palavras, números,
gráficos, imagens e sons. "Vivemos angustiados com tanta
informação", diz Renato Cotta de Mello, coordenador
do MBA da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Nosso curso
é freqüentado por executivos de 35 a 37 anos que já
sabem muita coisa. O objetivo é ensiná-los não
a acumular mais conhecimento, mas a colocar o que sabem dentro de
um contexto que faça sentido prático." Os professores
dessas escolas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, investem
boa parte de sua energia em alertar os alunos para o fato de que
não há esperança de que as exigências
do mercado diminuam. "O grande desafio para esses estudantes
é aprender que antes de gerenciar um negócio é
preciso aprender a gerenciar a própria ansiedade", resume
Alberto Luiz Albertin, professor e coordenador na área de
negócios da era digital da Fundação Getúlio
Vargas.
Isso é
possível? Talvez para alguns, dificilmente para todos. O
que se sabe ao certo é que a multiplicidade de informação
sempre gera desconforto. "Há dados demais e eles muitas
vezes não são confiáveis. Por isso a ansiedade
é uma constante em minha vida. Além de rastrear tudo
o que posso na Internet, ainda checo o que descubro em fontes tradicionais,
em geral mais confiáveis", diz o advogado José
Eduardo Carneiro Queiroz, paulistano de 30 anos, especialista em
mercado de capitais. Queiroz é o mais jovem sócio
do escritório de advocacia Mattos Filho, de São Paulo.
É também o que mais utiliza a Internet como fonte
de informação. "Meus clientes são instituições
financeiras e empresas com títulos nos mercados de ações,
que geralmente precisam de respostas imediatas. Dependem de eu estar
a par de um acontecimento, uma mudança de regra. Preciso
ser extremamente bem informado", afirma.
O americano
Richard Saul Wurman, autor dos livros Ansiedade de Informação
e Ansiedade de Informação2, este último lançado
no final do ano passado nos Estados Unidos e ainda não publicado
no Brasil, sugere que as pessoas encarem o mundo como um grande
depósito de material de construção. E o que
fazer com a matéria-prima? Ora, diz ele, seja um arquiteto
de sua própria catedral de conhecimento. A arma para isso
é a "ignorância programada", ou seja, a escolha
criteriosa do que se quer absorver. O resto deve ser deixado de
lado, como o compositor que intercala pausas de silêncio entre
as notas para que a música faça sentido aos ouvidos.
"A ansiedade de informação é o buraco
negro que existe entre os dados disponíveis e o conhecimento.
É preciso escapar dela", observa Wurman. Ou, ao menos,
não deixar que ela assuma proporções dolorosas
para quem precisa ultrapassá-la no dia-a-dia.
Sinais do naufrágio
Se você
apresenta alguns dos sintomas abaixo, é sinal de que também
sofre de angústia da informação
. Por mais esforço
que faça, não consegue sentir-se atualizado com o
mundo a sua volta;
. Sente-se culpado
cada vez que olha para a pilha de jornais e revistas e o volume
de e-mails recebidos que não conseguiu ler;
. Fica abatido quando uma pesquisa na Internet resulta num documento
de dezenas de páginas, pois acredita que, se não ler
todas elas, não saberá tudo o que deve sobre o assunto;
. Acena afirmativamente,
sem convicção, sempre que alguém menciona um
livro, um filme ou uma notícia de que você, na verdade,
nunca ouviu falar;
. Acha que o
problema é seu e não do fabricante quando percebe
que não consegue seguir as instruções para
montar um aparelho que comprou;
. Cerca-se de
aparelhos digitais na esperança de que a simples presença
deles a sua volta ajude a torná-lo uma pessoa mais adaptada
à alta tecnologia;
. Sente-se envergonhado
quando tem de dizer "Não sei", mesmo que a pergunta
se refira à sucessão no Nepal ou ao novo programa
de correio eletrônico da Microsoft.
Entrevista
"Ignorância
programada é força"
Aos 65 anos,
o americano Richard Saul Wurman sustenta que, num mundo em que as
pessoas são cercadas de informações por todos
os lados, não saber nada sobre certos assuntos pode ser tão
importante para a saúde mental quanto o silêncio o
é para a música. Arquiteto por formação,
construiu prédios, foi empresário, organizou eventos
e durante muitos anos foi cartógrafo. Atingiu o sucesso quando
resolveu criar sua própria profissão, a arquitetura
da informação. Desde então, escreveu mais de
75 livros sobre os mais variados assuntos, de medicina e mercado
financeiro a animais de estimação e turismo. Seu segredo?
Não saber absolutamente nada sobre o tema sobre o qual vai
escrever. Assim, tudo o que descobre é o que interessa à
maioria das pessoas.
. Como é
possível escrever sobre assuntos tão diversos?
. O segredo
é justamente minha ignorância diante de cada assunto.
Abordo cada questão como um leigo faria. O livro, assim,
fica mais claro e mais bem estruturado.
. Quando a informação
passou a ter tanto valor?
. Desde que
o primeiro pirata desenhou um mapa de tesouro. A informação
era fonte de poder quando a Bíblia foi escrita. Isso não
mudou. O que temos, hoje, é uma explosão de dados.
O que diferencia uma pessoa de outra é a capacidade de entender
os dados, de transformá-los em informação útil.
. Qual a diferença
entre dado e informação?
. A informação
só é informação quando comunica algo
que outra pessoa entende. Dados não são nada disso,
podem ser um amontoado de números e palavras incompreensíveis.
Alguns dados são informação para quem os compreende.
. Como se transformam
dados em informação?
. Como se joga
futebol? É o trabalho de uma vida, não é como
aprender os passos de uma dança. É muito complexo.
Por isso as pessoas ficam tão ansiosas. Porque não
se sentem capazes de cumprir as tarefas a que se acham obrigadas.
. Quais as conseqüências
psicológicas dessa ansiedade?
. Não
sou médico, mas não dá para negar que, se uma
pessoa em um escritório acha que a pessoa a seu lado sempre
sabe mais do que ela, há problemas.
. A Internet
é a maior fonte de informação, mas, como o
senhor diz em seu livro, 80% das buscas são um fracasso.
Isso vai mudar?
. Acho que teremos
melhores versões. A acessibilidade e as ferramentas de procura
serão melhores. Em quinze anos, a Internet de hoje estará
irreconhecível. Um carro de 1910 não tem nada, além
das rodas, que seja igual ao carro de hoje. Será o mesmo
com a Internet. Fico doente quando imagino que não estarei
vivo para ver isso. As ferramentas de busca são primitivas,
são um carro de 1910. Mas, por piores que sejam as estatísticas,
o que se consegue hoje é infinitamente melhor do que há
dez anos.
. Qual a forma
mais eficiente de transmissão de informação?
. É a
conversa cara a cara, olho no olho. Essa é a melhor forma
de comunicar. Telefonar é melhor que escrever uma carta.
Assisto a muitos documentários na televisão, eles
também são boa fonte de informação.
Todos os dias eu leio pelo menos dois jornais, várias revistas,
falo bastante ao telefone, encontro muitas pessoas. É assim
que assimilo informação. As pessoas devem escolher
os próprios caminhos. Nada, no entanto, supera uma conversa
pessoal.
. O senhor sente
ansiedade por informação?
. Não.
E sabe por quê? Porque me permito ser um ignorante. Esse é
o truque. É preciso se permitir não saber. Só
quem não sabe faz as perguntas óbvias e corretas,
aquelas que quase todo mundo tem medo de fazer por serem óbvias.
. Uma criança
hoje está mais bem preparada para entender toda a informação
disponível?
. Sim e não.
O que é incrível é a forma como, sozinhas,
as crianças estão se familiarizando com a quantidade
de tecnologia disponível. Elas não são necessariamente
ensinadas a fazer isso. Aprendem simplesmente porque estão
vivendo nesse ambiente sobrecarregado.
(Veja)
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