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02/11/2007

Executivo fala sobre as profissões e profissionais
do futuro

Erika Vieira


Sylvio Alves de Barros Netto, executivo eleito pela revista InfoExame como uma das 100 personalidades mais influentes do mercado brasileiro de tecnologia, e diretor do grupo de jovens empresários da Fiesp, fala como deve ser o profissional do futuro para trabalhar no setor. Barros também é criador do portal Minha Vida - que tem como missão gerar inteligência coletiva por meio da integração de empresas, especialistas e comunidade de usuários da área de health care no Brasil – e fundador da WebMotors, portal dedicado ao segmento automotivo.

Em qual setor falta mais mão-de-obra qualificada?
Hoje a dificuldade é contratar gente na área de programação. Por isso, procuramos pessoas em outros setores como, por exemplo, em cursos de inglês, que muitas vezes não sabem programação de software, mas é mais fácil ensinar programação do que o inverso.

Estamos procurando também o que chamamos de Arquiteto de Informação. São profissionais responsáveis por olhar páginas de sites e ver onde as pessoas estão clicando mais, para poder desenvolver novas estratégias. Há ainda, os Integradores de Comunidade ou Gestores de Comunidade, que têm o desafio de descobrir como integrar o conteúdo produzido pela empresa, com o produzido pelo usuário [se refere a conteúdos produzidos em comunidades da internet como Orkut e Wikipédia].

Qual é a nova tendência para se formar um novo profissional?
As empresas estão preferindo pegar gente e formar dentro do ambiente em que ela irá trabalhar. A idéia é criar um ambiente de formação e não ter necessariamente cursos formais. Pegar pessoas júnior e formar dentro da nossa estrutura. A experiência é mais importante que a formação formal.

Como a escola pode contribuir para isso?
É necessário existir cursos profissionalizantes que coloquem rápido no mercado. Esse é o caminho mais interessante de educação para o Brasil, um país com tantos desempregados precisa ter um feito mais inteligente para absorvê-los.

Os princípios básicos da educação devem ser a leitura (somos péssimos leitores), a escrita (digitação o quanto antes), o inglês (pela noção de diversidade cultural além da língua em si) e a inclusão digital que traz o raciocínio lógico e a matemática implícitos (com interfaces cada vez mais intuitivas, vide iPhone).