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ensino superior
02/06/2005

USP amplia vagas e cria curso de design

A USP ampliou em 385 as vagas para o seu próximo vestibular e decidiu criar um curso de design na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo).

A expansão irá priorizar o interior do Estado, que terá 295 novas vagas. Na capital, serão 90, sendo 40 de design e as restantes de ciências atuárias, carreira que foi desativada, mas voltará a ser implementada no próximo ano.

A ampliação foi aprovada pelo Conselho Universitário em reunião na noite de anteontem. Segundo a pró-reitora de graduação, Sonia Penin, haverá verba para a expansão, sendo R$ 5 milhões destinados já neste ano.

Em 2004, foram aprovados 18 novos cursos para o início deste ano, mas oito não foram implementados por falta de recursos.

"A ampliação é uma forma de a USP responder à demanda", disse Penin. No último vestibular, cerca de 150 mil candidatos disputaram as 9.567 vagas oferecidas.

"Essa expansão é simbólica e não atende à demanda", rebateu o coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sérgio Custódio.

"A USP faz uma oferta envergonhada. Reconhece que precisa aumentar as vagas, mas está longe do ideal."

A novidade no campus central, no Butantã (zona oeste), é o curso de design. Serão 40 vagas no período noturno. A carreira pertencerá à FAU, mas os alunos terão aulas com docentes da Poli (Escola Politécnica), da ECA (Escola de Comunicação e Artes) e da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade).

"A FEA vai entrar com a parte de economia, administração e custos. A Poli, com produção de materiais, entre outros. A ECA participa com a linguagem artística. Já a FAU se destina a ensinar a história da arquitetura, projetos e tecnologia", disse o coordenador da comissão de graduação da FAU, Paulo César Xavier.

Segundo Xavier, o curso não enfocará uma área específica do design. Por conta disso serão ministradas aulas sobre design gráfico, industrial e visual. O estudante também desenvolverá trabalhos com a utilização de recursos bidimensionais e tridimensionais e criará marcas de produtos.

Para conseguir uma das 40 vagas que serão oferecidas, os vestibulandos terão de fazer, além do processo seletivo, uma prova de habilidades específicas. O exame será o mesmo aplicado aos candidatos de arquitetura.

Segundo a pró-reitora de graduação, a tendência é que os novos cursos da USP sigam o modelo do design, ou seja, façam com que os estudantes tenham contato com professores de diferentes áreas. "É preciso o rasgamento de fronteiras no ensino", disse.

A outra nova carreira na capital, ciências atuárias, contará com 50 vagas no período noturno e será oferecida pela FEA. O curso já foi oferecido pela USP, mas havia sido desativado. A carreira enfoca atividades de gerenciamento, avaliação e cálculo de riscos em empresas de seguros, de instituições financeiras, entre outras.

O anúncio da expansão na USP ocorre no momento em que professores e funcionários das universidades estaduais negociam com os reitores um reajuste salarial.

"Apoiamos a expansão desde que seja com recursos extras e que não prejudique o orçamento", afirmou Lucília Daruiz Borsari, da diretoria da Adusp (Associação dos Docentes da USP).

"As novas vagas foram criadas pensando na otimização dos recursos disponíveis", disse a pró-reitora de graduação.


FÁBIO TAKAHASHI
ALEXANDRE NOBESCHI
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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