.
              
 
HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

radiografia do brasil
02/06/2005

Primeiro Emprego não decolou, admite ministro

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu ontem que o programa Primeiro Emprego, lançado pelo governo para estimular o ingresso de jovens no mercado de trabalho, "não decolou". A afirmação foi feita durante o lançamento do Radar Social, guia organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) para mostrar aos leigos uma radiografia do Brasil em itens como trabalho e renda.

De acordo com o estudo, a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 19 anos subiu entre 1993 e 2003 de 13% para 23% - situando-se acima do dobro da média nacional (10%), que já é mais alta do que em outras regiões do mundo com mesmo nível de desenvolvimento.

Apesar da taxa elevada, Bernardo avalia que o governo Lula tem obtido avanços, como a geração de 645 mil postos de trabalho em 2003 e 1,523 milhão em 2004. O problema, segundo o Ipea, é que a geração de postos de trabalho não tem sido suficiente para fazer o desemprego cair, uma vez que a quantidade de pessoas que atingem a idade de trabalhar e buscam uma ocupação também cresce. No caso dos jovens, a situação é mais grave, pois a taxa de desemprego cresceu na última década apesar de os que têm de 15 a 19 anos estarem adiando o ingresso no mercado de trabalho.

Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo aplicou no ano passado no programa Primeiro Emprego apenas R$ 50,9 milhões, o que equivale a um terço do programado no orçamento. Neste ano, até o momento, já foram empenhados R$ 42 milhões de um total de R$ 139 milhões.

Para o secretário de Políticas Públicas e Emprego do Ministério do Trabalho, Remidio Todesquini, o problema do desemprego entre os jovens é mundial, mas não é verdade que o governo não venha obtendo avanços na qualificação desses brasileiros. "O programa tem sido exitoso", disse o secretário, argumentando que os problemas se restringem à modalidade de subvenção econômica, que depende de adesão das empresas.

Dos 36.881 postos de trabalho gerados no ano passado pelo Primeiro Emprego, 30.335 foram para vagas de aprendizes enquanto apenas 2.646 por subvenção econômica.

As informações são da Agência Estado.

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANteriores
02/06/2005 Câmara quebra patente de remédio anti-Aids
02/06/2005 "Radar Social" do Ipea diz que Brasil tem 53,9 mi de pobres
01/06/2005 Servidores do INSS fazem greve amanhã
01/06/2005 Bancada do governo adia votação do Fundo da Cultura e artistas protestam
01/06/2005 13% dos estudantes de 10 a 12 anos já usaram drogas
01/06/2005 Entidades rejeitam novo modelo de cotas para universidades
30/05/2005 Alunos e editoras duelam por xerox de obra
30/05/2005 Revista sobre tecnologias de informação e comunicação para inclusão social
30/05/2005 Happy Lounge une a música e solidariedade