.
              
 
HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

convênio
03/11/2004
Brasil vai exportar programas sociais para Moçambique, Angola e Haiti

BRASÍLIA - O governo brasileiro vai exportar programas sociais para Moçambique, Angola e Haiti. O convênio com Moçambique será assinado nesta quarta-feira e prevê o repasse a fundo perdido de máquinas para a fabricação de bolas, uniformes, tênis e apoio técnico, no valor de US$ 55 mil (R$ 156 mil). Esse também será o valor da parceria com Angola, a ser formalizada nas próximas semanas.

Os dois programas são o Pintando a Liberdade, em que presidiários produzem bolas, e o Segundo Tempo, que estimula alunos da rede pública a praticar esportes. A idéia é que jovens carentes ou infratores de Maputo - a capital de Moçambique - trabalhem na confecção das bolas, que serão utilizadas em atividades esportivas por mil estudantes de 7 a 17 anos.

A ajuda brasileira faz parte da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca dar ao Brasil um papel mais ativo no cenário internacional. A negociação com o governo de Moçambique começou em janeiro, após Lula ter visitado Maputo em novembro.

"Podemos ajudar países que têm mais dificuldades do que o Brasil. Os moçambicanos adoram esporte e o futebol brasileiro em especial", diz o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, que assina o convênio nesta quarta-feira.

No Brasil, o Pintando a Liberdade funciona em 62 penitenciárias de todo o país, empregando 12.700 detentos. Eles já produziram este ano 900 mil bolas de futebol, futsal, vôlei e basquete. As bolas custam quase três vezes menos do que nas lojas e são utilizadas pelo governo no programa Segundo Tempo, que atende 800 mil alunos da rede pública em 650 municípios.

Para Moçambique, o governo brasileiro vai ceder máquinas de corte, compressores e laboratórios de serigrafia, além de 250 bolas, duas mil camisetas, mil calções e mil pares de tênis. Um ex-preso brasileiro será enviado àquele país para ensinar os detentos moçambicanos a fabricarem as bolas. O governo moçambicano deverá bancar uma contrapartida de US$ 20 mil (R$ 57 mil). Segundo Agnelo, a expectativa brasileira é que o país africano multiplique o esforço e expanda o programa. O convênio com o Haiti deverá ser negociado até o fim do ano.

DEMÉTRIO WEBER
do jornal O Globo

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANteriores
03/11/2004 Evasão de alunos preocupa universidade pública
03/11/2004 Lojas repõem emprego com temporários e renda menor
29/10/2004 Avanço maior depende de integração e expansão
29/10/2004 Menor infrator pode ter Justiça alternativa
29/10/2004 Gastos com educação aumentam de 1998 a 2000
29/10/2004 MEC lança programapara capacitar diretores de escolas
29/10/2004 Plano Nacional do Livro pretende aumentar em 50% índice de leitura
29/10/2004 Historiador inglês critica cota racial
28/10/2004 Desenvolvimento é resultado de projeto político e não econômico
28/10/2004 Lula diz que sociedade precisa reclamar