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DESARMAMENTO
10/11/2004
Entrega de armas deve ser prorrogada

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou terça feira (08/11) em São Paulo a intenção de prorrogar a campanha nacional pelo desarmamento por mais seis meses. A campanha estava anteriormente prevista para terminar no próximo mês.

A declaração foi dada durante a assinatura de convênios entre os governos federal e estadual para a área de Segurança Pública em São Paulo, que contou com as presenças do ministro e do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O Ministério da Justiça fez um repasse de R$ 32,1 milhões para o Estado de São Paulo usar no incremento de seu aparato policial.

"O Congresso [Nacional] resolveu que a entrega de armas seria até 23 de dezembro. Nós estamos pensando, e praticamente decididos, a prorrogar isso por mais seis meses", afirmou Bastos.

Sem prorrogação, após o dia 23 do próximo mês, não haverá mais pagamento por armas entregues.

O ministro disse que iria anunciar a intenção para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E disse que, em havendo a prorrogação, as verbas para o pagamento de indenização para quem entregar suas armas estão garantidas.

Ontem, além do repasse de verbas, também foi definido o envolvimento do governo do Estado no recolhimento de armas. Foram credenciadas as polícias Militar e Civil, que agora também poderão ter postos para que a população faça a entrega voluntária.

O Estado de São Paulo ocupa a liderança, em números absolutos, no número de armas recolhidas pela Polícia Federal. Até o dia 5, foram 45.741 armas. No país, o número supera as 160 mil.

Durante o evento, o ministro e o governador adotaram tom amistoso, ressaltando diversas vezes a importância da "cooperação" entre o nível federal e o estadual.

"Nós somos governos, um de um partido, outro do outro, no entanto olhamos a segurança como uma atividade de Estado. A cooperação se dá de uma maneira forte e estreita", disse Bastos.

Alckmin afirmou que serão 132 mil policiais ajudando no trabalho de desarmamento. "Nós assinamos sete convênios que vão modernizar nossa polícia e dar um passo importante na questão da digitalização. E vamos nos somar ao trabalho do Ministério da Justiça e da sociedade civil na campanha do desarmamento." O governador também destacou a "parceria" com o governo federal.

Amanhã, na Assembléia Legislativa, será criado o comitê Desarma São Paulo, que contará com a participação de órgãos da sociedade civil, como a OAB e ONGs, que vão colaborar na campanha.


VICTOR RAMOS
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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