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fome de leitura
15/03/2005
Venda de livros usados cresce 20%

JUAZEIRO DO NORTE (CE) — A venda de livros usados registrou um crescimento de 20% em relação ao ano passado. A estimativa é de Francisco Pereira Cardoso, 50 anos, que está na atividade há sete anos juntamente com sua esposa. Em Juazeiro do Norte funcionam cinco “sebos”, mas, nos primeiros meses do ano, surgem muitos camelôs vendendo livros nas portas de escolas. Até mesmo alunos atuam como livreiros para conseguir dinheiro e amenizar os gastos dos pais na compra do material escolar.

Ontem, no dia consagrado ao vendedor de livros, a reportagem do Diário do Nordeste percorreu alguns estabelecimentos para sentir o comportamento da atividade. Quem trabalha nos sebos garante que a diferença de preços entre livros novos e usados situa-se na faixa de 35 a 50%, dependendo das condições do mesmo. Sobre o assunto, Francisco Pereira denuncia a existência de um “lobby” por parte das editoras “que reformulam edições para inviabilizar o negócio”.

Depois, conforme acrescenta, os representantes das editoras atuam junto às escolas sugerindo a exigência das edições reformuladas. Outra vantagem no sebo é a possibilidade da troca de livros quando os proprietários cobram uma taxa em torno de R$ 5,00 dependendo das condições do livro. “O que sobra no apertado orçamento doméstico é pouco e o sebo termina sendo a saída”, justifica Cardoso. Ele elogia a cobrança das escolas por um número maior de livros paradidáticos.

Segundo o livreiro, antes as escolas exigiam um livro por semestre em média e, hoje, chega a ser quase mensal. “Em muitos estabelecimentos a relação já é apresentada no início do ano”, afirma. Outro elogio feito por Francisco Pereira foi para a campanha “Quem lê viaja”, desenvolvida pela televisão incentivando o hábito da leitura, principalmente nos intervalos dos jogos pelo Campeonato Brasileiro. “Eu me senti tão estimulado que mandei rodar um panfleto de incentivo à leitura para distribuir nas escolas”, conta Cardoso.

É da renda garantida pelo sebo da Galeria José Viana, que Cássia Lima Cordeiro e Geraldo Júnior sustentam os dois filhos. O casal está à frente do negócio há dois anos, mas Júnior já trabalhava com a mãe na venda de livros usados. O sebo reúne ainda discos de vinil, CDs e revistas. Segundo Cássia, o negócio é mais rentável nos três primeiros meses do ano quando os pais saem para a compra do material para os filhos. “Depois disso, o comércio transforma-se num pinga-pinga com um número reduzido de compradores”, explica.

As informações são do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza CE.

   
 
 
 

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