Computadores com peças baratas e programas de software livre (Linux). É essa a fórmula da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para desenvolver o chamado computador popular e promover assim a inclusão digital em escolas públicas e pequenas e médias empresas.

“Dependendo da configuração, conseguimos uma economia de até 60% nos custos do computador”, afirma o responsável pelo projeto Metasys, Sérgio Vale Aguiar Campos, do Departamento de Ciências da Computação da UFMG.

De acordo com ele, para baratear os custos com o computador, são eliminadas peças sem utilidade (como bandejas para cds, disquetes e algumas placas) e os programas são adequados a um sistema mais restrito, evitando que a máquina fique lenta. Além disso, a configuração do sistema administrativo é simplificada, diminuindo a freqüência de problemas e minimizando, portanto, possíveis custos com assistência técnica.

A experiência da UFMG é realizada em parceria com empresas de software (programas) e hardware (parte física dos computadores). A partir deste projeto, escolas e empresas que não poderiam inicialmente arcar com os altos custos da tecnologia da informação são beneficiadas com a inclusão digital.

“Atualmente, quem não souber utilizar o computador está fora do mercado de trabalho. O País que não se modernizar vai certamente estar condenado ao terceiro mundo porque só as nações com conhecimento conseguem desenvolver uma economia forte”, justifica Campos.

Com o objetivo de ampliar os programas de inclusão digital no Ceará, o Governo do Estado, em parceria com o Instituto Telemar, promove hoje um seminário com o tema “Experiências em Inclusão Digital: a busca por soluções”, no teatro do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura.

O evento começa às 8h30min e reúne profissionais de várias partes do País, a fim de compartilhar conhecimento e experiências positivas acerca do assunto.

Na ocasião, estarão presentes o governador Lúcio Alcântara, o secretário de Ciência e Tecnologia, Hélio Barros, e o diretor de Relações Institucionais da Telemar, José Luiz Hallak.

As informações são do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza CE.