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estatística
17/03/2004
Violência coloca São Paulo em 4º lugar no ranking nacional da Unesco

Violência prejudicou o estado de São Paulo no ranking de uma pesquisa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que avaliou educação, renda e saúde dos jovens brasileiros de 15 a 24 anos. São Paulo ficou em 4º lugar na lista das 27 unidades federativas, atrás de Santa Catarina, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul. A classificação só não foi pior porque os índices de renda e de educação foram considerados satisfatórios, diferentemente dos de saúde.

“Não fomos surpreendidos com a colocação de São Paulo no ranking nacional. Já sabíamos que as mortes violentas trariam algum tipo de impacto”, disse o sociólogo Julio Jacobo, da Unesco. A pesquisa usou dados do IBGE, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação e será repetida a cada dois anos.

Os índices de saúde foram desanimadores: o estado foi parar no 20º lugar na lista, que levou em conta mortes por enfermidades e violência. Isso porque, a cada 100 mil jovens paulistas, 111,7 são assassinados. “Meu primo foi morto na porta de casa aos 16 anos. Foi vingança de algum traficante”, contou Rodrigo Gameleira, de 21 anos. Em número de mortes por causas violentas, São Paulo perdeu para o Rio de Janeiro, Pernambuco, Roraima e Espírito Santo. No caso das doenças, o índice é de 36,6 mortes a cada 100 mil jovens, o que colocou o estado no sexto lugar.

Na área educacional, São Paulo se classificou entre os quatro melhores do país, com a segunda menor taxa de jovens analfabetos (1,1%), ficando atrás apenas de Santa Catarina (1%); e com a terceira colocação no quesito escolarização adequada. No estado, 36,4% dos jovens cursam o 2º grau ou o nível superior. “Quero terminar o colegial e depois fazer um curso de telemarketing”, disse a estudante Patrícia Claudino, de 16 anos, que está grávida de 5 meses.

A renda familiar per capita dos jovens de São Paulo também é uma das maiores do Brasil. Com 2,2 salários mínimos per capita, o valor só é superado pelo do Distrito Federal, que alcança 2,5 salários mínimos. No entanto, a pesquisa da Unesco revelou uma grande diferença entre a renda do jovem branco (2,48) e do jovem negro ou pardo (1,3) no estado.





INGRID GRIEBEL
do Diário de S.Paulo

   
 
 
 

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