CIDADANIA
18/10/2007

Secretário vai a NY trocar informações sobre moradores de rua

João Batista Jr


Duas das maiores cidades do mundo vão estabelecer um intercâmbio de dados sobre um problema comum: o grande número de seus moradores de rua. Floriano Pesaro, Secretário Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social, se reúne no fim do mês em Nova York com Robert Hess, diretor do Department of Homeless Servicen para discutir as novas formas de enfrentar esse caso.

"Vamos debater quais aspectos podem ser melhorados", informa Pesaro. Para o secretário, o quadro da população de rua das duas metrópoles não é diferente. "Temos mais jovens e idosos, sendo que muitos são de outras cidades". Outra semelhança é um alto número de ex-presidiários que se encontram em situação de rua.

Diferença
"O ideal é a construção de albergues segmentados", acredita Pesaro. "Pelas experiências das cidades, nota-se que esse é o caminho." Os moradores de rua de Nova York passam por uma triagem para definir qual tipo de albergue se adéqua ao seu perfil: adultos, famílias e mulheres com crianças. Essa triagem incluiu consulta médica para avaliar se a pessoa não tem problema mental – para, neste caso, seguir para um hospital, e não casa de abrigo.

A prefeitura paulistana abriu seu primeiro albergue para famílias no ano passado, no bairro do Brás, conhecido como Lar de Nazaré. "Esse novo local é importante para manter os laços entre a família", diz a diretora do albergue Maria Regina. O albergue conta com 20 quartos. "Em cada um deles fica uma família". "Caso a família fique separada, a estrutura familiar se perde e é difícil resgatá-la novamente", diz Regina – que tem formação em psicologia. A casa com 20 quartos.

Ainda que seja fundamental prestar assistência à populações de rua, os albergues são paliativos. "O que resolve mesmo é trabalho, habitação e saúde", ressalta o secretário.

Dados

- Nova York conta com 200 albergues municipais; São Paulo com 35;
- A capital paulista ganha mil novos moradores de rua por ano;
- 60% estão concentrados na região central da cidade;
- A cada quatro abordados pelos agentes sociais, apenas um aceita ir para o albergue;
- São Paulo conta com 12 mil moradores de rua.

   
 
   
 

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