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assinaturas
19/02/2004
Governo vacila, e oposição avança com a CPI do Bingo

A falta de articulação política do governo permitiu que senadores da base aliada contribuíssem para reunir as assinaturas necessárias para a criação de uma CPI do Bingo, que na prática poderá investigar atos do ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, suspeito de representar os interesses do jogo no Congresso e no governo.

A oposição resolveu usar a CPI do Bingo como uma alternativa à CPI para investigar Waldomiro Diniz. No caso da primeira, já foram coletadas as assinaturas necessárias para sua instalação.

O requerimento para a instalação da CPI do Bingo é de autoria do líder do PL, senador Magno Malta (ES), mas a senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) ajudou a coletar as assinaturas. O alvo da comissão é a suposta lavagem de dinheiro por bingos e máquinas caça-níqueis. No final da tarde de ontem 32 senadores haviam assinado o requerimento. Desses, 11 são da base aliada (sete são petistas). A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito exige o apoio de 27 senadores.

"Estou assustado com a ingenuidade do atual governo. Vamos continuar coletando assinaturas para a outra CPI, mas por meio dessa chegamos ao Waldomiro", afirmou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).

O governo trava uma luta com a oposição para que não seja instalada uma CPI para investigar o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares Waldomiro Diniz. O PT chegou a ameaçar anteontem ampliar o foco da comissão para suspeitas de contribuições ilegais de campanha do governo passado.

O PSDB continua recolhendo assinaturas para a CPI do caso Waldomiro. Ontem foi a vez do senador Pedro Simon (PMDB-RS): "Já tinha dito que assinaria".

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou anteontem que não haverá votações até o dia 2. "O Congresso já estava paralisado por causa desse tiroteio. O presidente Sarney não tinha outra alternativa. O plenário ontem [anteontem] parecia um jogo de guerrilha", disse a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC).

Sobre a instalação da CPI, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), tentou minimizar a operação da oposição: "Se é uma CPI para investigar os bingos, o modo que estão funcionando hoje, sem nenhum tipo de legalidade, com suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado, tudo bem. Agora, se é outro caminho para nacionalizar o caso da Loterj é um erro político".

Olívio
O ministro das Cidades, Olívio Dutra (PT), reagiu à ameaça do PFL de seu Estado de retomar a CPI do Bicho que apurou supostas ligações de bicheiros com sua gestão no governo gaúcho (1999-2002): "A acusação foi arquivada pelo Ministério Público Estadual e pelo Tribunal Regional Eleitoral; foi desconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral; foi arquivada pelo Conselho Superior do Ministério Público e arquivada finalmente pelo Supremo Tribunal Federal, acolhendo parecer da Procuradoria Geral da República".




As informações são da Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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