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economia
19/02/2004
Estudo do Dieese mostra que alta das mensalidades escolares é exagerada

SÃO PAULO - Educar os filhos pesa cada vez mais no bolso das famílias que utilizam escolas particulares. Estudo apresentado nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que os gastos com pagamento de mensalidades escolares quase dobraramde 1997 para cá. A alta acumulada nos últimos sete anos foi de 94,52%, contra uma inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) de 72,05%.

As mensalidades das escolas de Ensino Fundamental aumentaram no período 94,06%, seguidas pelas do Ensino Médio, com alta de 93,82%. Mas as dos cursos universitários mais que dobraram, alcançando 124,32%. Cursos diversos e pré-escolas, que não são obrigatórios para os pais, tiveram aumentos aquém da inflação, de 64,52% e 70,48%, pela ordem.

O Dieese decidiu fazer o estudo depois da alta exagerada da inflação de janeiro, que ficou em 1,46% e foi influenciada principalmente pelo aumento nos gastos com educação, de 9,13%. E esses gastos só aumentaram por causa das mensalidades escolares: de 12,98% para o Fundamental, 12,56% para o Ensino Médio e de 12,04% para universidades.

As despesas com educação correspondem a 6,3% do orçamento doméstico. O peso maior, no entanto, é o das mensalidades. Das despesas com educação, 89% correspondem a serviços e apenas 11% a bens relacionados, como jornais, revistas e livros. Para os técnicos do Dieese, o aumento das mensalidades pesa muito no bolso das famílias, pois o aumento de renda não conseguiu acompanhar os preços das escolas.

De 1997, o conjunto de bens relacionados à educação teve um aumento de 70,48%, pouco abaixo da variação do ICV. A maior alta do grupo foi a dos livros didáticos, de 101,39%. A seguir aparecem 81,95% de lápis e canetas e de 31,32% de cadernos e papéis.

Ao analisar ano a ano o aumento das mensalidades, os técnicos do Dieese consideraram que houve abuso nos reajustes aplicados para 2004. Entre 1997 e 2003, os aumentos das escolas já haviam ultrapassado a inflação em 7,16 pontos percentuais, o que permitiria uma folga para os donos dos estabelecimentos. A inflação acumulada no período foi de 69,48% e a das escolas, de 76,64%.

Os técnicos chamam ainda a atenção para o fato de que as expectativas de inflação para 2004 são menores do que a folga já acumulada pelo setor (7,16%).





As informações são do Globo Online.

   
 
 
 

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