educação
22/07/2008

Cai nº de faltas de professores nas escolas municipais de SP

Queda foi de 54,3% entre o primeiro trimestre de 2007 e o mesmo período deste ano

Redução ocorreu devido à mudança em pagamento de gratificação e conscientização de professores, diz Secretaria Municipal de Educação


O número de faltas dos professores das escolas municipais caiu 54,3% entre o primeiro trimestre de 2007 e o mesmo período deste ano. Os dados foram fechados ontem à noite pela Secretaria de Educação.

Segundo o levantamento, houve 54.912 faltas em 2007, ante 25.084 neste ano. A rede conta com 51.119 docentes.

Para o secretário de Educação da gestão Kassab (DEM), Alexandre Schneider, a queda ocorreu por conta de mudanças nos critérios para o pagamento de gratificações e na conscientização dos professores.

Uma das alterações feitas foi descontar as faltas (abonadas ou não) da gratificação por desenvolvimento educacional, que renderá ao menos R$ 2.400 (parcelada em duas vezes durante o ano). Cada ausência diminui em 10% o valor da segunda parcela do benefício.

O levantamento da prefeitura conta as faltas abonadas (avalizadas pelo diretor e que não causam perda no salário) e as justificadas e injustificadas (em ambas há desconto, mas, no segundo caso, o servidor pode ser exonerado se ultrapassar 30 faltas consecutivas).

"Os professores parecem estar mais engajados", disse Schneider, coordenador do programa de educação da campanha de Kassab à reeleição.

"Mas os números não são os ideais. Esperamos que caiam", afirmou o secretário.
Presidente do Sinpeem (sindicato dos professores), Cláudio Fonseca discorda da avaliação do secretário. "O caminho escolhido foi o da coação, descontando da gratificação. Esse dinheiro é muito importante para o professor, por conta dos baixos salários", disse Fonseca, candidato a vereador pelo PPS.

"Em vez de melhorar as condições de trabalho, o governo decidiu punir até o professor que fica doente, pois esse também sofre desconto na gratificação", afirmou.

Rede estadual
Em maio passado, a gestão do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), também anunciou uma diminuição no número de faltas dos professores de sua rede. Segundo o levantamento da Secretaria de Educação, em dez das 12 escolas da capital com o maior absenteísmo, o recuo passou dos 50% entre 17 de abril e 17 de maio.

Em abril, Serra sancionou uma lei que limita em seis o número anual de faltas por servidor, justificadas com atestado médico (sem perda no salário). Antes, podia-se faltar metade do ano, desde que não houvesse ausências em dias seguidos.

Fábio Takahashi
Folha de S.Paulo

   
 
   
 

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