empreendimento
24/09/2007

Comunidade Criativa quer lançar eventos culturais para jovens

João Batista Jr.


Depois de ficar três anos sem acontecer em São Paulo, Beto Lago organizou no mês passado mais um Mercado Mundo Mix (MMM) com a promessa de não mais dar intervalos ao evento que já é parte do calendário cultural da cidade.

Criado em 1994, o evento ganhou proporções gigantes (sua última edição ocorreu no Memorial da América Latina) e lançou nomes que até o início da década passada eram conhecidos apenas no circuito underground (como Alexandre Herchcovitch e Marcelo Sommer).

Por acreditar que a cidade de São Paulo seja carente em eventos voltados para o público jovem e estimular o mercado de novos criadores – sejam eles estilistas, artistas plásticos ou músicos – Lago criou com o empresário Chico Lowndes a Comunidade Criativa, parceria que quer suprir as carências culturais dos jovens para lançar novas programações no calendário de eventos da cidade.

Site GD: Como será sua nova empreitada?
Beto Lago: O Chico Lowndes propôs a idéia da criação de uma OSCIP, Organização de Sociedade Civil de Interesse Público, com o intuito de difundir idéias originais e atitudes construtivas criando o engajamento de jovens em torno da cidadania.

Site GD: Tem alguma programação confirmada?
Lago: O primeiro evento empreendido por essa OSCIP chamada Comunidade Criativa vai ser a tentativa de realização da Parada da Paz [acontecia no Parque Ibirapuera], devolvendo para a cidade um evento que durante sete anos foi um marco e que reuniu todos os segmentos que trabalham com juventude, sejam ONG's, casas noturnas, DJ's, VJ's, etc.

Site GD: Onde seria realizada a Parada da Paz?
Lago: A idéia é abraçar a nova Luz, bairro do centro de São Paulo onde ficava a antiga cracolândia, dando visibilidade à região.

Site GD: Como será a atuação da Comunidade Criativa?
Lago: Na realidade, minha empresa é uma promotora de feiras e eventos de consumo e comportamento jovem. Descobrimos como chegar até esse público de uma forma criativa e verdadeira já que os jovens não são comprados facilmente. Na minha área, que é conteúdo de comportamento, nós customizamos projetos de consumo para vários eventos e marcas, como é o caso do Skol Beats, Projeto DiverCidade (Playcenter), GAS (Guaraná Antarctica Streetfestival), Festival de Verão de Salvador.

Site GD: São Paulo é carente de feiras que atraia público jovem e que trabalhe com diversas plataformas de arte?

Lago: Com certeza. Levando em consideração que em São Paulo temos aproximadamente quatro milhões de jovens, faltam iniciativas tanto da parte privada quanto da pública para esse segmento.

Site GD: Quais são as opções para os jovens em São Paulo?
Lago: Hoje em dia nos aglutinamos em torno de feiras como Benedito Calixto e Bexiga, que atraem a galera mais descolada, mas sem serem centro de consumo para jovens. Faltam feiras nas áreas de moda, design de objetos, artes plásticas, música e internet.

   
 
   
 

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