adaptação
25/03/2008

Selo chega para avaliar o grau de acessibilidade em estabelecimentos

Prefeitura vai implantar em junho adesivo que mostra para usuário o nível de adaptação para deficientes físicos em São Paulo

Keila Baraçal


A partir de junho, o nível de acessibilidade dos estabelecimentos comerciais de São Paulo poderá ser visto por selos. Serão cinco níveis, representados por cinco estrelas, que servirão para mostrar o preparo dos locais para receber os deficientes. Arquitetos e engenheiros estão sendo preparados pela prefeitura.

De acordo com Renato Baena, secretário da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, o selo de acessibilidade é diferente do que já existe. O antigo serve para avaliar se o estabelecimento está apto ou não para receber os deficientes. Já o novo servirá para reconhecer e materializar os esforços feitos pelos empresários. “Nenhum estabelecimento está 100% apto para receber deficientes, mas nós temos que informar esta evolução”, disse.

A colagem dos adesivos é uma adesão voluntária dos empresários e um trabalho que vem sendo planejado pela administração há mais de dois anos. “Já demos cursos para os arquitetos e engenheiros da Prefeitura e, agora, estamos treinando alguns multiplicadores (professores universitários).” O curso oferece um software que permite a simulação das necessidades dos deficientes.

Agências bancárias são locais considerados avançados, porque já adaptaram seus acessos aos deficientes. Os selos servirão de exemplo para outros lugares. “Este é um elemento de bons negócios e é um demonstrativo de responsabilidade social. Hoje você tem que construir para várias pessoas”, disse Baena.

E esta é justamente a idéia. À medida que os locais ganharem notabilidade por meio dos selos, haverá competitividade entre eles, de modo que todos fiquem interessados em ter o mesmo nível de qualidade. Ela será medida numa escala de cinco estrelas. Cada uma delas apresenta um nível, pré-estabelecido pela Prefeitura e acordado com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). “Já temos um nível mínimo de classificação. Um lugar que não tem nem rampa de acesso para cadeirante, não atinge nem o primeiro nível”, explicou o secretário.

Usuário
Silvana Cambianghi, arquiteta de 48 anos, considera positiva a adaptação dos estabelecimentos para deficientes físicos. “Um ambiente tem que estar preparado para qualquer pessoa usar. Acho que o espaço fica mais democrático.” A arquiteta, além de elaborar projetos para deficientes, também os utiliza. Ela é dependente da cadeira de rodas, após ter tido paralisia infantil.

   
 
   
 

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