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dinheiro extra
25/05/2005

Escola Aberta gera renda para alunos em Vila Velha

VILA VELHA (ES) - Além de ser uma das únicas cidades do país a adotar a gestão participativa comunitária para escolher as oficinas oferecidas nas escolas, o programa Escola Aberta de Vila Velha (ES) gera renda aos pais e alunos.

Com cerca de sete mil participantes, a estrutura do Escola Aberta em Vila Velha é a mesma de várias cidades do país. Escolas da rede municipal de ensino abrem suas portas nos finais de semana e oferecem uma gama de atividades socioculturais para a comunidade.

Embora o foco do programa seja o incentivo à cultura e ao esporte, cursos como biscuit, confeitaria, produção de bijouterias, cabeleireiro e manicure têm garantido um dinheiro extra no final do mês àqueles que freqüentam o Escola Aberta.

“Esses cursos foram introduzidos e são ministrados pela própria comunidade. A renda não estava no projeto. É um efeito colateral que tem ajudo muita gente. Sempre aparecem voluntários que se oferecem para ensinar o que sabem. E nós não falamos não, afinal, o benefício é de todos”, afirma o secretário municipal da Educação, Roberto Beling.

A estudante Elenice Marques dos Santos, 11 anos, está entusiasmada com as cestas de jornal que aprendeu a fazer. “Parece coisa de outro mundo, a gente ganha dinheiro fazendo trabalho no jornal. Para o Dia das Mães, tive quatro encomendas. Com o dinheiro que recebi ajudei um pouco em casa e comprei alguma coisa para mim”, orgulha-se.

Atualmente, sete escolas do município possuem o programa. Cada uma tem até 15 oficinas, entre elas informática, teatro, música, artesanato, reforço escolar, esportes em geral e cursos não muito convencionais, como dança de salão, street dance, hip hop e grafite.

“Com atividades inovadoras, conseguimos alto índice de participação. O grafite e o hip hop, por exemplo, atraem muito os jovens. É uma forma de trabalhar a cultura, desenvolver a criatividade e a consciência crítica desses meninos de uma forma que eles gostam e se identificam”, ressalta Beling.

Os oficineiros são professores da própria rede municipal, alguns profissionais do Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e pessoas da comunidade.

O Escola Aberta de Vila Velha ainda está em seu projeto piloto. Apesar de estar em funcionamento há apenas oito meses, foi considerado pelo MEC, em abril, referência nacional para outros estados pela gestão participativa e boa aceitação comunitária.

Segundo o secretário municipal da Educação, espera-se que, até o final do ano, mais sete escolas recebam o programa.

As informações são da Oficina da Palavra, de Brasília.

   
 
 
 

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