Audiovisual
25/07/2008

Jovens do Grajaú produzem vídeos em projeto
de renomados cineastas

Erika Vieira


Neste sábado, Hector Babenco visitará o bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo, para dar dicas de cinema e assistir aos curtas-metragens produzidos pelos jovens da região. A visita faz parte do projeto Cine Tela Brasil, primeira sala itinerante de cinema, idealizada pelos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi.

Faz quatro anos que a sala itinerante roda por todo país. Com um mês de antecedência, o local é escolhido e uma tenda, nos moldes de uma sala de cinema de verdade, é montada, sendo equipada com ar condicionado, projeção cinemascope e som stereo surround. “Há 12 anos eu e o Luiz resolvemos levar nossas produções para todo o Brasil”, fala Bodanzky, diretora dos longas Chega de Saudade e Bicho de Sete Cabeças, entre outros trabalhos.

Filmes nacionais são exibidos gratuitamente para comunidades periféricas, que grande parte, normalmente, nunca esteve na frente de uma telona. “Uma pesquisa do IBGE mostra que apenas 8% das cidades do Brasil têm sala de cinema.”

Além de assistirem aos filmes, os jovens do bairro participam de oficinas de audiovisual durante um mês. Por quatro sábados consecutivos, aprendem a trabalhar com a linguagem cinematográfica. Os curtas produzidos por eles são apresentados para profissionais da área, como Bráulio Mantovani, Beto Brant, João Moreira Salles, Cao Hamburguer, Marina Person e Paulo Betti. “O objetivo da oficina não é formar profissionais e sim pessoas.O mais importante é que aprendam a se expressarem. A pessoa ocupa um espaço na tela do cinema que nunca pensou que ia ocupar.”

Frutos da experiência começam a aparecer. Um exemplo é o curta “Pão com mortadela e meia mussarela”, produzido na oficina de Jundiaí, que concorre no Festival Internacional de Curtas-Metragens. “Fico imaginando a emoção deles, deve ser a mesma que senti quando recebi a notícia de que meu trabalho tinha sido indicado para um festival.”


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