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27/04/2007
Veja como a FAAP ajudou Barra do Chapéu

João Batista Jr.

Com o um dos menores IDH do Estado de São Paulo, a cidade de Barra do Chapéu tem o título de melhor 4ª série do país segundo os dados divulgados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): 6,8. A média nacional é 3,81.

Um dos principais fatores que auxiliaram a cidade a obter sucesso em sua educação básica foi a parceria firmada entre Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e a prefeitura administrada por Maria Anunciata da Silva Leme (PSDB).

No ano de 2004, a Faap lançou o projeto “Fome do Saber”, quando doou 40 mil livros para as cidades de Redenção da Serra, Ribeirão Corrente, Jeriquara, Jaci, Guaraci, Neves Paulista, Nova Independência e Altair. Nessas andanças pelo interior de São Paulo, organizadores da Fundação conheceram a cidade de Barra do Chapéu.

Localizada na região do Vale do Ribeira, chocaram-se com a precariedade da cidade: poucas casas com banheiro, duas dezenas de ruas asfaltadas e economia dependente do plantio do tomate. Resolveram, então, adotar a cidade.

O pontapé inicial da parceria foi a elaboração de um Plano Diretor elaborado pelos alunos de arquitetura da Faap. Depois, iniciou cursos de inclusão digital, encontros regionais de governança, gerenciamento municipal, projetos nas áreas de arquitetura, engenharia, saneamento, entre outras atividades de interesse para a comunidade.

Ensino sistêmico
Com 4.900 habitantes, a cidade conta com 680 alunos na rede municipal. Existe apenas uma escola de 1ª à 4ª série, na qual os alunos são avaliados a cada duas semanas por professores, e a cada 2 meses pela direção da instituição. Os estudantes que apresentarem falhas no aprendizado são encaminhados para aulas especiais de reforço. A escola contou com carteiras e computadores novos, e os professores com cursos de capacitação.

Como forma de incentivo ao estudo, a Faap dá 90% de bolsa no valor de suas mensalidades aos alunos aprovados em seu processo de seleção. Hoje, 17 alunos da cidade cursam na entidade.

Economia
A Faap agora tenta mudar o perfil econômico da cidade ao ampliar o número de produtos cultivados. Além do tomate, um estudo mostra que a amora orgânica seria bem produzida no solo local e por um período maior comparado ao tomate.

Leia sobre uma experiência bem-sucedida de Belo Horizonte (MG):

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