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Planejamento familiar é arma contra a violência

Charge sobre planejamento familiar
(originalmente publicada no Site do Sindicato dos Servidores Públicos, Civis e Federais do Departamento de Polícia Federal no Estado de São Paulo www.sindpolfsp.com.br/index2_sindpolfsp.htm)

"É mais barato o estado distribuir o DIU para população do que manter o preso na cadeia ou o adolescente na FEBEM”,
Marcelo Constantino Miguel - marcelomiguel@bpositive.com.br



“Concordo plenamente e acho que passou e muito da hora de haver políticas sérias de orientação e conscientização sobre o planejamento familiar. Não apenas entre pais adolescentes. Em baixo de um barraco, sem nada decente para ser cozido no fogão, não há sobrevivência digna para famílias numerosas”,
Luciana Eastwood Romagnolli, Curitiba (PR)- lucianar@coastaldobrasil.com.br



“Muito bom que você tenha tocado nesse tema. O planejamento familiar deveria ser visto como prioridade na contenção da violência. Camisinhas e contraceptivos deveriam estar disponíveis para distribuição gratuita em qualquer lugar (posto de gasolina, padaria, farmácia, qualquer botequinho) Por que ninguém pensa nisso?”,
Lucia Regina Silveira - gerenciadocmpe@fphesp.org.br



“Excelente exposição sua sobre a necessidade de nos preocuparmos com o planejamento familiar na adolescente. Porém, isto não é o bastante como você sabe. Quase todo mundo no Brasil sabe de pelo menos um método anticoncepcional, mas não usa e isto faz com que tenhamos 50% das gravidezes como indesejadas ou não-planejadas.

Torna-se então evidentemente que o planejamento familiar não é suficiente para debelar as gravidezes indesejadas ou não-planejadas.

Possíveis Motivos: É reconhecido por estudiosos que muitas adolescentes têm simplesmente o desejo de engravidar; outras engravidam para desafiar a família a sociedade ou para completude da sua feminilidade; outras não usam a pílula "porque engorda" ou porque tomar a pílula pode parecer que está planejando um encontro amoroso, perdendo este encontro a espontaneidade; algumas se acham invulneráveis e não acreditam que possam engravidar”,
Estephan Moana - estephan.gaz@terra.com.br



“Implantar o planejamento familiar não é simplificar o problema da violência. É uma necessidade do mundo em vários sentidos: do desenvolvimento, ecológico e da violência. Os governantes se preocupam demais com as drogas e nem um pouco com a pobreza. Concluo que os pobres são muito úteis, porém sóbrios. Para produzirem e servirem melhor?”,
Vera Lucia Pereira de Assis - veluassis@Hotmail.com


“Faltou apenas, na minha opinião, você falar do papel que a Igreja pode ter nesta questão. Virá no próximo artigo?”,
João - jnsimoes@mail.telepac.pt

“Vocês fascistóides que defendem abertamente PSDB, que defendem abertamente a concentração de renda que estes promoveram e promovem, que desmantelou estrutura social do pais, liquidou escolas publicas, agora vem com esse "cerca lorenco" uns direitistas defendem morte as pobres, outros já nem que nasçam (excesso de mão de obra?).

Se não fosse tão parcial como você é, não seria muito difícil chegar a conclusão: setores com renda razoável, acesso a educação básica, planejam por si só suas famílias e mais, a destruição da estrutura social (promovida por vocês ou dos que você defende) leva um setor ao desespero da sobrevivência, como conseqüência aumento de buscas por meios não "formais " ou "tradicionais". Crime organizado é apenas uma das conseqüências, o sofrimento que o povo viveu nos tempos dos "seus"´foi tanto, que levou o povo mais pobre a votar em qualquer coisa menos nos que lembram o FHC/veja/folha/globo”,
Claudio Lago - beijaflor161@hotmail.com



“Raciocínio inteligente e sensato. Espero que um dia todo o povo ou pelo menos a maioria dos brasileiros pensem como o senhor!”,
Hideko Sinto -origami@sympatico.ca

 

“Se você tivesse mais algumas laudas, acabaria convocando o ministério da saúde para um grande programa nacional de esterilização em massa. Certamente você teria uma razoável aceitação de uma parcela específica da população.

Refiro-me aqueles que você pretende atingir como público alvo, com esse visual tão asséptico, esses cabelos grisalhos tão distintos, e seu indefectível sorriso blasé, casado com esse blazer, e já fossilizados.

A elite branca burguesa, e mesquinha (termo agora tão oportunamente resgatado pelo velho professor) apoiaria, com certeza!

É fácil visualizar grandes comerciantes e industriais financiando o projeto, que com um plano complementar de extermínio, bem coordenado pelo esquadrão da morte, poderia erradicar a pobreza do Brasil (dentro do pragmatismo tão peculiar à ignorância da elite paulistana), erradicando os pobres!

Cada um financiaria o programa implantado na favela ao lado de seu condomínio, ou grande loja de departamento!

Me é possível vislumbrar a capa da revista veja, convocando e apoiando a iniciativa de tão brilhante lapso de genialidade! (certamente com a mesma verba que financiou a campanha para os industriais das armas e das mortes, e financia atualmente a campanha tão irresponsável e sórdida contra as instituições republicanas):

Vamos deixar de falsos moralismos, ajudemos às jovens pobres no “mantenimento” de seus espaços no mercado de trabalho: Esterilização Já! Com certeza, essa é uma matéria que contribui sobre maneira para o avanço nas discussões acerca da violência”,
Francisco Leal Passos - franpassos@terra.com.br



“Assim fica mais fácil entender porque a segurança não existe no Brasil e principalmente nas grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, etc. Também podemos entender porque as organizações criminosas predominam, visto que o nosso governo federal, segura a verba que deveria ser aplicada em prol da segurança do povo brasileiro. Leiam o trecho abaixo, e vejam o que a OAB (JURID) detectou.Provavelmente estes R$ 600 milhões estão reservados para a campanha eleitoral que se avizinha. Vamos pensar um pouco mais, na hora de colocar nosso voto nas urnas”,
Claudio Szulcsewski -claudio@trainnet.com.br


“Não é a panacéia contra a pobreza e suas conseqüências tais como a violência, mas definitivamente pode ser deixada de lado. De alguma forma temos que ajudar as pessoas neste assunto, mas ao mesmo tempo procurar punir quem deliberadamente gera filhos e os entrega para que a sociedade cuide deles.

Voce é uma pessoa moderada e muito ouvida. Por favor leve este assunto adiante...Precisamos muito debatê-lo”,
William Justino dos Santos - wjsantos@task.com.br


“Finalmente uma reportagem como esta de grande importância para a sociedade brasileira foi publicada...parabéns!”,
Augusto Bernardino M. - abmboxmail@yahoo.com.br



“Penso que é necessário educar para erradicar o medo como primeiro passo para erradicar a miséria”,
Mateus Serpa - mateus.serpa@oi.com.br



“Concordo plenamente com seu comentário - e ampliaria a discussão para o emprego também - até porque o emprego formal que conhecemos - ainda que tenhamos crescimento a taxas chinesas - não será suficiente para contemplar todos”,
Agnaldo Felix de Souza Junior - SOUZAA2@fdah.com



“Pensei muito nisso durante a semana passada, concordo com você. Acho que os governos precisam criar e aplicar uma política permanente, ampla e bem estruturada de planejamento familiar, inclusive porque teria grande aceitação por parte das mulheres pobres.

Se o número de filhos em famílias miseráveis diminuísse, haveria uma reação em cadeia de benefícios para a sociedade. As meninas e mulheres precisam de muita orientação e acesso fácil, sem burocracia, sem constrangimentos aos meios anti-concepcionais. Por exemplo, as camisinhas deveriam ser distribuídas gratuitamente em farmácias e no comércio 24 horas, principalmente na periferia.

Folhetos contendo explicações sobre os métodos anti-concepcionais possíveis e locais onde são realizados deveriam ter ampla distribuição durante o ano todo. Acima de tudo, os materiais usados para esse fim nos postos de saúde deveriam ser de qualidade. Conheci uma moradora de favela, mãe de três filhos, grávida do quarto, que engravidou usando o DIU do posto de saúde.

Acho que a extinção da miséria no Brasil passa por três pontos: educação de qualidade, criação de empregos para os qualificados e, principalmente, para os que não têm desqualificação, e diminuição de nascimentos nas famílias miseráveis.

Sem essa diminuição é impraticável aos governos acabar com a fome, por mais programas de auxílio que sejam criados, pois a população miserável já é muito grande e aumenta sem parar. A capacidade financeira dos governos não aumenta na mesma proporção.

Seria uma bênção se os jornais se dispusessem a falar sobre o assunto exaustivamente, para pressionar os governos a tomar uma atitude. Como fizeram em relação às CPIs”,
Assessoria -assessoria@tonicotrim.com.br



“Precisamos reunir a elite deste país e promover um plano de ação de 15 anos.
Hoje com tanta tecnologia e na área de gestão é uma delas, como a gerência de projetos que pode ano a ano ir galgando sucessos graduais e ajustáveis.

Estudamos em administração sobre a teoria das restrições, sendo que não adianta desenvolver áreas se temos restrições sérias que geram os gargalos e nos impedem de alavancar um mundo melhor.

Educação já! Com consciência de um plano estruturado (ações de curto prazo / médio prazo e longo prazo visando alavancar o país) ! Abaixo bravatas e mágicas, abaixo a visão do imediatismo e do simplismo !”,
Maria Helena Vargas - mariahelena.vargas@br.unisys.com



“Enquanto ficarmos com esta falsa moralidade, será muito difícil, eu diria até impossível, reduzir a desigualdade social neste nosso Brasil. Enquanto os que pagam os impostos tem um crescimento médio populacional de menos de dois filhos, os que recebem o benefício tem em média mais de 5 filhos, onde vamos parar!

Todos sabem que o governo não cria dinheiro somente distribui, embora atualmente tenha cobrado um pedágio bem alto, não há modelo social que possa funcionar adequadamente”,
Sergio Cifali - scifali@uol.com.br



“Ao invés de expressar minha contraposição, deixo aos demais leitores e ao autor desta coluna, a indicação à leitura da introdução da obra de Eduardo Galeano: As veias abertas da América Latina. Como estímulo, cito um trecho oportuno da obra citada acima: "... contudo, em nossos tempos, toda esta ofensiva universal cumpre uma função bem definida: propõe-se justificar a desigual distribuição de renda entre os países e entre as classes sociais, convencer aos pobres que a pobreza é o resultado dos filhos que não se evitam e pôr um dique ao avanço da fúria das massas em movimento e em rebelião" (1983:17)”,
Maria Angélica Rodrigues de Sousa - ma_angel8@hotmail.com



“Ninguém neste país tem a coragem de dizer que o futuro e solução de todos nossos problemas (econômicos, saúde, financeiros, trabalhistas, infra- estrutura, inflação, educação) enfim tudo passa obrigatoriamente por um controle de natalidade.

Esta de igreja católica interferir em qualquer comentário sobre o assunto é um saco, Finalmente alguém com coragem para abrir a boca e falar sobre isso. Os católicos já diminuíram muito (são só 68%)”,
romerio@alvoradacontabilidade.com.br


“O senhor concorda com a opinião do autor de Freakonomics, de que o aborto legalizado poderia levar à redução de criminalidade em um prazo de 15 a 20 anos - que é o tempo de as crianças indesejadas e/ou que não terão educação e formação adequadas crescerem e serem absorvidas como mão-de-obra ou meras engrenagens dos mecanismos criminosos?

Por um lado, enxergo que essa medida de legalização do aborto funcionaria como uma "pena de morte" antecipada: não por crimes cometidos, mas pela possibilidade de nascer desfavorecido. Por outro lado, se a família ou a pessoa sabe de antemão que não terá condições de transformar seu filho biológico em cidadão, por que privá-la da opção de não ter o filho?

Aborto é uma palavra forte, pode surtir efeitos indesejados... até que ponto disseminar a tese do autor de Freakonomics (completa, não apenas a simplificação "aborto diminui a criminalidade") ajudaria na conscientização da necessidade de um planejamento familiar? Ou seria mais um "corisco no caos"?
Myrna Y. Kagohara - myrnayk@uol.com.br



“Filhos que nascem em famílias pobres e desajustadas, famílias agressivas tem com certeza tendência a marginalidade, a se perder no mundo onde não é fácil sobreviver.
O que está escrito no artigo é a mais pura verdade, que ninguém, mas ninguém mesmo tem coragem de dizer”,
Michelle Milane - michelle.milane@uol.com.br


“Há tempos atrás, questionei a você qual a razão da imprensa não ir mais fundo neste assunto, pelo que ela pode fazer. Na época o assunto era problemas de educação e saúde acreditam que controlando a natalidade e reforçando esforços em cima deste assunto, o país abaixaria o numero de criminalidade, de pobreza r aumentaria o numero de educação.

Sem este controle, não há verbas municipais, estaduais ou federais suficiente para garantir a sua aplicabilidade. O que percebemos é que tanto a imprensa escrita, como a falada, pouco se empenha em ir fundo nesta questão sabemos de sua complexidade junto a igreja principalmente, mas temos que iniciar trabalhos sérios e com grande intensidade nesta área, pois este país não agüenta em suas estruturas a continuar neste caminho e com estas filosofias que aí estão.


Todos reclamam da falta de tudo, saúde, transporte, educação,miséria etc, reclamar fica muito fácil, tomar decisões fica muito mais difícil, mas o país urge uma política em conjunto com todos nesta questão e vocês tem este veículo que se chama imprensa. Parabéns mais uma vez, mas peço que aprofunde seriamente nesta questão”,
Juarez, Curitiba (PR) - jfontan@terra.com.br

“Parabéns pela coragem. Não conheço muitas pessoas que se arriscam a expor suas idéias, quando elas não são muitos “politicamente corretas”. Já houve um tempo, na minha juventude de militante estudantil, em que eu supunha que todo louco, todo preso ou todo pobre eram vítimas de um sistema injusto, cruel e implacável. Mas, implacável, mesmo, são os anos que passam e as experiências que se vão acumulando. Hoje, aos quase quarenta e dois, vinte de casamento, dois filhos adolescentes, tendo trabalhado sempre com população de baixa renda (hospital psiquiátrico estadual, posto de saúde e acompanhamento de crianças em “risco social”), perdi todo e qualquer romantismo ideológico. Somos todos responsáveis pelas nossas vidas. De uma forma ou de outra, a situação em que nos encontramos foi construída por nós. Enxergar o quanto das nossas vidas é tecido além da nossa vontade é importante, nos dá uma visão global, das forças e da época em que vivemos. Mas, o que não depende de nós, o que está fora do nosso alcance, não podemos mudar. O que realmente interessa é aquilo que podemos fazer. A parte que nos cabe é muito mais importante do que a parte que cabe ao outro. Essa noção de responsabilidade (e oportunidade, não?) pelo próprio destino foi o que encontrei em todas as pessoas que ultrapassaram suas péssimas condições de vida. É claro que, onde o poder público cumpria seu papel, com escola, saúde e transporte, mais pessoas puderam aproveitar as oportunidades que surgiram. Mas eu aprendi, também, que nem todos querem pagar o preço de mudar. Nem todos se esforçam. Como em nossa classe média, onde a maioria dos bem-nascidos “dá uma banana” para a cara escola paga por seus pais. É preciso, sim, planejamento familiar. Uma sociedade que não dá conta dos filhos que gera, vai sempre precisar da lei exterior. O pior, analisando os últimos acontecimentos é que nós não a temos”,
Denise Azevedo de Lima - Cascavel (PR) - denise.a.lima@pop.com.br



“Parabéns pelo artigo. Concordo plenamente. Minha dúvida é se haverá, um dia, algum governo que tenha interesse em acabar com a ignorância, em todos os sentidos, do nosso povo. Talvez não seja reeleito e ai? “,
Maria Elizabeth Freire, Recife (PE ) - luixmeira@gmail.com



“Até que enfim alguém fala de uma questão que uma boa maioria pensa. Não vejo ações do governo visando ao planejamento familiar. Em pleno século XXI a Igreja católica se mostra contra o que é óbvio, inclusive contra meios contraceptivos como o uso da camisinha. Como as instituições estão muito desacreditadas por todos nós, o que nós cidadãos podemos fazer para despertar no poder público a importância desta questão?”,
Jane Ribeiro dos Santos - jane@eepe.com.br


“Básico dizermos isso, não? Ontem, assistindo o jornal, ontem, deu-se a grandiosa notícia da pesquisa do IBGE: 'O índice de analfabetismo tem diminuído, isso considerando que a pessoa alfabetizada só precisa saber escrever o nome, será que só isso traz a cidadania ao povo? Será que não é preciso a população saber ler e compreender as notícias, sem ter que engolir a interpressão primária dos noticiários? Agora surge uma outra descoberta capaz de diminuir a criminalidade: 'Planejamento familiar é arma contra a violência'. Se unirmos as duas, podemos até considerar que o nosso presidente tem razão ao dizer que a culpa da criminalidade é da falta de planejamento educacional na década de 70, isso considerando que nosso excelentíssimo presidente nunca cursou faculdade, não sabemos nem se sabe falar realmente ou se, para não parecer tão absurdo, contratou um 'ghost write' de quinta.

Particularmente, acho as duas notícias sem senso, primeiro, uma depende da outra, pois educação não se aprende na rua, mas também não é só na família, precisamos de escola, de pessoas comprometidas a ensinar, a orientar os alunos... Mas isso é possível com o salário de fome que professor ganha? Uma profissão que um dia foi tão valorizada e hoje é tão miserável. Este talvez fosse um dos possíveis caminhos para a solução dos problemas... Pessoas estudadas, educadas, orientadas e sabendo dar valor ao um bom ensino, logicamente não teriam filhos aleatoriamente, pois pensariam nos gastos que teriam para possibilitar o acesso a um bom nível de ensino.

A falta de algo gera uma cadeia cíclica que não tem fim, infelizmente, pensar na solução, é pensar utopicamente, mas como a esperança é a última que morre”,
Luciane Cristina de Oliveira Almeida - luciane-oliveira@uol.com.br


“Parabens pela analise, alias totalmente negligenciada do nosso país”,
Antonio Cardoso Lemos - antoniocardosolemos@yahoo.com.br


“Parabéns pelo oportunismo de focar um assunto tão importante que é o "planejamento familiar ". Há 30 anos que escrevo sobre o assunto e , principalmente , como as autoridades e os políticos se esquivam dele, com receio de críticas de setores religiosos. É uma pena quando vejo " mães " com uma penca de filhos desfilando pelas cidades pedindo esmola , sendo que os filhos , pobres deles , são uma mera mercadoria de exposição e de humilhação pública.
Reinaldo Fonseca, Goiânia (GO) - reinaldo@sistemafieg.org.br

“Sabemos que é tabu falar em aborto neste país,em que a igreja exerce grande poder, mas com tantos bebes mortos de forma cruel ( esta semana foram duas gêmeas largadas no lixo e mortas pelo frio, e ontem mais uma que se salvou , também jogada pela mãe no lixo) que já não é hora da imprensa também começar a bater neste ponto, pois alem de evitarmos tanta barbárie, tocaríamos no ponto crucial que é esta horda homérica de crianças mal amadas e maltratadas, que são "fabricadas por mulheres inconseqüentes. Erotiza-se as meninas muito cedo, e depois a sociedade arca com futuros adolescentes marginais. Por falta de amor e cuidados”,
Márcia Corrêa - mahcorrea@uol.com.br


“Parabéns pela abordagem ! Concordo plenamente com você e devemos orientar os jovens a evitarem a gravidez indesejada. Gostaria de apoiar ações ligadas a esta causa”,
Ana Helena Vicintin - anavicintin@uol.com.br


“Compartilho com o seu raciocínio. Não obstante ser apenas uma das causas de muitas mazelas,corporifica-se como das mais importantes. Estamos colhendo hoje o que a esquerda e parte da Igreja trabalhou contra o planejamento familiar. O Brasil necessita é de uma política de controle de natalidade, atuando com mais afinco nessas áreas de risco. Os favelados do Rio de Janeiro, por exemplo, têm muito mais filhos do que os habitantes que têm boa situação financeira e intelectual. O mesmo e talvez em maior escala, ocorra também no Ceará e no restante do Nordeste brasileiro. Como disse no início, é apenas um dos tópicos, porém de grande importância. Os filhos não pedem para nascer. E uma das piores ocorrências é uma gravidez indesejada, principalmente num casal adolescente. O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde deveriam ter investido mais nessa área tão carente de recursos. O resto é pura demagogia. É a irresponsável política de quanto pior, melhor. Digo com experiência própria, na qualidade de médico e professor universitário de instituição pública. As instituições privadas merecem ser incentivadas, para que continuem a colaborar. Filho indesejado só tem um destino: morador de rua, presa fácil dos traficantes e futuro bandido. É um paria da sociedade. E um revoltado contra tudo e contra todos. Até contra si mesmo. É um homem-bomba, que nada tem a perder”,
Luciano Silveira Pinheiro -lucianospinheiro@yahoo.com.br

“Mais o que pode ser feito pelas as autoridades de nosso país. Há paises que já funciona este tipo de planejamento, o casal no maximo pode ter apenas dois filhos. Mas numa situação que uma jovem brasileira de 12 a 15 anos de idade, pobre que teve um filho do seu “primeiro” namoro e no futuro viu que não era aquele homem que queria para o resto de sua vida, passa à namorar outro rapaz e tem outro filho isso com agora 20 anos, como podemos paralisar o circulo de filhos dessa pessoa. Que já tem dois filhos com 20 anos de idade e não é casada?

E também outros casos que a mãe arruma filho para poder arrancar a pensão do pai da criança, este caso é mais preocupante”,
Fabrício - bifemania@bol.com.br

“Bem, este assunto ao qual nós vamos abordar é de suma importância e estimulante.Sou médico há mais de 30anos e já naquela época um certo professor da dizia: "a fome estimula a libido o sexo". Realmente, não tenho dados comprobatórios do ponto de vista científico, mas a prática é soberana sobretudo em medicina.E é fácil concluir, a explosão demográfica é evidente e constatada cientificamente em países sabidamente do terceiro mundo,hoje na moda países emergentes e o Brasil se encaixa justo e firmemente.

É notório que existe uma gama de fatores dispensáveis pelo subdesenvolvimento de um país que se caracteriza por violência, corrupção, impunidade, fome, desnutrição, ignorância e oligofrênia crônica. Muito difícil avaliar qual tem o maior peso para o subdesenvolvimento de uma nação.

A um governo cabe algumas obrigações compulsórias tais como oferecer, através do estado, educação, saúde, habitação,segurança(esta vem abandonada há pelo menos três governos),segundo a mídia, agente informativo e muito importante para o povo que tanto necessita de notícias atualizadas.Talvez,outro item que esteja imbricado num daqueles substantivos, a alimentação, mas reitero que seja muito necessário para o desenvolvimento físico e psicológico de uma criança e um cidadão no futuro.

Os políticos abominam essa questão de planejamento familiar,pois todos sabemos que a igreja é um esteio poderoso porém negativo a esses programas. Somos fervorosos religiosos, embora não tenha religião, laico, mas é um problema só meu. Ela recrudesce com a ignorância do povo tornar-se um ciclo vicioso crescente.lamentável.

O peso político sobrepuja o desenvolvimento de um país em detrimento de um lugar no parlamento.Esse toque de planejamento familiar nunca será ventilado pelos parlamentares pois têm medo de perder uma eleição ou de não se manter no cargo.

Muito melhor para um país emergente como o nosso, o tal e temido planejamento familiar seria um controle rigoroso de natalidade este mais eficiente que aquele.Controlar pode significar limitar nascimentos no caso em pauta, pessoas despreparadas, em todos os aspectos terem filhos.

Hoje, o que lamentavelmente o que se assiste são nascimentos de crianças por pais irresponsáveis que fazem filhos em baixo de viadutos.Depois a mãe o abandona, filme que se vivi todos os dias na mídia.

Quem sabe um dia os líderes acordem deste sono profundo e tomem providências as quais a médio prazo tornar-se-ão um flagelo. Mas todos estamos cientes que você é um incansável lutador para melhorar a cultura deste povo”,
Luiz Carlos Pontes - ponteslc@yahoo.com.br



“Não sei por que a surpresa de dados como o apresentado nessa reportagem. É óbvio que não se pode falar em erradicação da pobreza, diminuição da violência e melhoria da qualidade de vida, sem falar em planejamento familiar. A sociedade não tem condições de prover as necessidades básicas de tanta gente, dai se origina a marginalidade, que é uma das raízes básicas da violência. Acho que imprensa, de um modo geral, tem que deixar de lado um pouco da hipocrisia, de achar que vivemos em um mundo cor-de-rosa, e enxergar os problemas sociais de frente, e pensar em medidas, mesmo as impopulares, como incentivar o planejamento familiar. Até onde temos que chegar para que as pessoas tirem à venda dos olhos? “,
Flavio Amoedo Peres Filho -flavio.peres@braxis.com.br


“Ao meu ver, - geralmente- o ambiente faz a pessoa, ou seja, filhos de presidiários tem grande chance de se tornarem futuros marginais, pois infelizmente nascerão e viverão envolvidas com armas e tudo o que há de ruim. Deveria haver uma lei proibindo visitas intimas, e estimular entre os presidiários a vasectomia. Além disso, a laqueadura deveria ser estimulada entre famílias de baixa renda, após o primeiro filho , beneficiando a ela também uma melhor vida até mesmo profissional em função de ter apenas 1 filho”,
Douglas Aguilar -aguilardrd@vivax.com.br


“Como é raro ler comentários de bom senso como este de Gilberto Dimenstein nos atuais debates sobre a violência urbana. Concordo plenamente que é gravíssimo o problema da gravidez precoce. A gravidade decorre não só das correlações dessa gravidez com a criminalidade e com o agravamento da situação de pobreza das mães adolescentes, mas também por se tratar de um tabu sustentado pela igreja católica, que tem uma influência expressiva na mentalidade das pessoas e torna o planejamento familiar um pecado para a sociedade e o governo”,
Maurício - mmmarins78@yahoo.com.br


“Iria mais longe, não só para adolescentes, mas também para os adultos dessa classe. Infelizmente, fica difícil convencer os homens dessa classe, a fazer vasectomia. Que seria o modo mais fácil de controlar a natalidade, mas infelizmente não fazem uma explicação mais clara a essas pessoas, que acham que com isso, não vão mais poder fazer sexo. Já fazer a laqueadura, é muito sofrimento para a mulher, principalmente se ela vem de um parto normal.

O meu pensamento é que, hoje a classe alta e média, não passam de 2 filhos, enquanto a classe baixa, não tem limite. Minha pergunta é: Qual é a camada que vai ter uma maior quantidade de gente num futuro próximo? Quem vai eleger nossos governantes?”,
Eduardo Iezzi - eduardo.iezzi@itelefonica.com.br

“Concordo plenamente com o ponto de vista do senhor sobre planejamento familiar. O problema no Brasil é que qualquer iniciativa do Estado neste sentido, encontra logo resistência por parte da igreja católica que por sua vez só critica métodos anticoncepcionais”,
Thelma - thelma.sider@protecto.com.br



“Para mim é ridículo. É a maior simplificação que eu já ouvi para o problema da criminalidade no Brasil. Partindo desse raciocínio chegaremos à conclusão que o índice de criminalidade no Brasil de 40 anos atrás era muito maior do que o atual, visto que hoje o nível de planejamento familiar é infinitamente maior do que o existente na década de 60.

Podemos concluir que os índices de criminalidade de países pobres, que não adotam práticas de planejamento familiar (exemplo: países da África “subsaariana”), seriam muito maiores do que os do Brasil.

Concluiríamos que nos estados brasileiros mais pobres e com maior índice de natalidade a criminalidade seria muito maior do que em estados onde o planejamento familiar é maior.

A meu ver o planejamento familiar não tem peso nenhum no índice de criminalidade. Há correlação sim, entre o índice de criminalidade e o nível de desigualdade social”,
José Alberto de Paiva Aguiar -Paiva@torc.com.br



“Por que não atacar de frente o problema? Não é apenas "planejamento" familiar, mas uma política forte de "controle" da natalidade que o país necessita com urgência. Será que a igreja é assim tão poderosa que silencia a todos os que podem influenciar nesse processo, enquanto ainda dá tempo? Sim, porque é totalmente mentirosa a alegação de que hoje o índice de crescimento demográfico é de uma vírgula pouco filhos/casal. Basta olhar pelas ruelas das favelas que se constata o que ouvi certa vez de José Ângelo Gaiarça: "Estamo-nos reproduzindo como ratos e baratas". Dá para preservar a Amazônia ou alguma outra reserva natural? Não, tem que colocar "povo" lá. Tem que plantar para alimentar o povo. Nada vai resolver sem um efetivo controle da natalidadea’,
Lilian Novak, Curitiba(PR) - anovak@onda.com.br

“Evito comentar, apenas costumo ignorar, acho que a maioria faz assim, apenas lê e esquece o que lê ou finge que esquece. Mas às vezes bem é impossível deixar passar. Sabe que nem o palestrante que diz uma abobrinha para acordar a todos na sala em meio a uma palestra chata mas necessária. Assim vi seu comentário de hoje, acordei.

Não gostei desse seu comentário, a questão dos filhos e das escolhas das pessoas pertence a elas. Ao estado que pagamos regiamente é dever deixar a disposição da sociedade à educação ou meios de atingi-la ao menos. Só isso, creio eu.

Seu comentário soa abusivo, uma vez que induz a pensar que o estado deve promover o planejamento familiar. China faz isso de forma abominável. Rússia fez isso de forma abominável, alemães pré 1945 fizeram isso de forma abominável, E a sua moda, Africanos fazem isso dia a dia, e sudaneses. Todos de forma abominável.

Assim me dificulta entender como os facínoras brasileiros, corruptos, que cuidam do Estado no seu topo e mal sabem cuidar de uma penitenciaria ou fazer cumprir o mínimo de decência legal, seriam capazes de fazer melhor do que todos os outros facínoras através da história fizeram, quem assegura?

Deus nos livre de ter o estado metido no planejamento familiar, tenha santa paciência, com a eficiência deles, e a capacidade de corromper-se que tem, em breve veríamos campos de concentração e matança piores que os piores já feitos, pois além de matarem seriam ineficientes, e provavelmente a maioria das pessoas seria morte pela metade, como os detentos hoje em dia são.

Deixem os adolescentes cuidarem de com quem, onde e como fazem seu sexo do dia a dia e tratem de oferecer melhores meios de educação, alimentação e fomentar a economia, e esse assunto de planejamento e filhos se resolve sabiamente.

Adolescente ou jovem adulto ocupado com trabalho, estudos e esportes, não tem tempo de fazer sexo, atividade que na idade deles é tão prazerosa quanto a pratica desportiva, estudos ou alimentar-se ou mesmo ser aprendiz de algum trabalho dignificante. Só, quem foi adolescente sabe disso, sic.

Cadê o primeiro emprego, cadê o plano de alimentação, cadê o plano de desportes, cadê o resto todo prometido, cobrado e já pago? Infeliz comentário, vai que pega. Estamos no Brasil, homem!
Carlos Alvino -paladino_alvino@yahoo.co.uk



“Ótima sua reportagem. Sugiro entrevistar o Dr.Varela. Me parece que foi um dos pouco (provavelmente o único) a discutir esse tema. Nem FHC, Lula, ninguém discute planejamento familiar na TV.

O Fantástico fazer uma reportagem sobre o assunto foi, para mim, um marco.
Ele, Varela, também deve ter muito a dizer sobre sistema penitenciário.
Anderson Campos Fauth - anderson.fauth@terra.com.br

“Até que enfim alguém aborda este tema na mídia brasileira! Por que é tanto tabu falar deste assunto e colocar planos emergenciais de controle de natalidade nas famílias de baixa renda e adolescentes, neste país?”,
Agustin Cáceres - agustin@hervy.com.br


“O senhor acha mesmo que os adolescentes pobres querem ter filhos? Será que eles tem acesso às informações e aos meios contraceptivos para se evitar uma gravidez? Será que a rede pública de saúde oferece adequadamente esses serviços?

Será que a violência só é causada pelos filhos de adolescentes pobres? Será que nós vamos diminuir a miséria esterilizando adolescentes pobres? Ou parodiando o governador Lembo: calando a elite branca desse País?”,
Wilson Oda, Osasco (SP) - wilson.oda@globo.com

“Concordo plenamente com as suas considerações, por que só as pessoas mais esclarecidas e com maior renda podem se dar ao luxo de planejar seus filhos? Tenho 44 anos sou arquiteta e eu e meu marido só tivemos dois filhos planejados no momento em que achamos estar preparados, em todo o núcleo social em que convivo percebo pessoas com poucos filhos preocupados com a formação dos mesmos, muitos casais de um só filho devido à condição financeira, em contrapartida, na convivência diária com a minha " empregada ", só vejo miséria e pouco caso, adolescentes que engravidam visitando namorados na cadeia, meninas com vinte anos já mães de três filhos vivendo na pobreza que gera a violência ( falta de grana ), o marido bate na mulher que desconta nos filhos. Há uns anos atrás quando eu comentei com uma diretora de escola que eles deveriam distribuir camisinhas ele me disse que isso não era papel das escolas, hoje mudou de idéia. Você tem uma idéia do que é que tem de mulher engravidando de presos, não era o caso pra se fazer uma pesquisa? Será que o governo não deveria atuar dando educação, afinal, pelo que eu saiba um dos redutos de AIDS está justamente nos presídios! Não é um absurdo você deixar menores de idade ir transar com presos? Não existe nada que possa ser feito pra que isso não aconteça? Já não basta a quantidade de crianças rejeitadas, criadas pelos avós, tendo que dividir o pouco que tem, desprezadas pelos pais?”,
Maria do Carmo - miguel.sor@terra.com.br



“Você foi o único jornalista que mencionou o planejamento familiar como umas das medidas em longo prazo para diminuirmos a criminalidade. O Brasil cresce um Uruguai por ano e não temos condições de proporcionar educação, saúde, etc.. para todos.

Eu sempre defendi a idéia de que se o Brasil não tem condições financeiras para dar educação para todas as crianças, precisamos ser pragmáticos. Que tal darmos educação e saúde para todas as meninas do Brasil entre 9 e 17 anos? O segredo está nas meninas. A educação é o melhor anticoncepcional que existe.

Em caso de gravidez, teremos mães mais bem preparadas. Defendo também a liberação do aborto. Acho que você já leu o livro Freaknomics de Steven Levitt e sabe do que estou falando. Infelizmente moramos num país hipócrita”,
Alberto Garcia - albertogarcia2@uol.com.br


“"Quando o Estado mais rico do país e sua cidade economicamente mais importante se mostra frágil diante do crime organizado..." Acho que há um superdimensionamento do PCC. Trata-se apenas de uma facção criminosa (infelizmente, poderão vir outras). O Brasil não tem crime organizado. Ainda. Três coisas caracterizam o crime organizado:
1) Transnacionalidade - as FARCs, por exemplo, são fornecedores, não braços do PCC
2) Hierarquia rígida - não há cúpula fixa no PCC (como havia na máfia italiana ou de Chicago)
3) Lavagem de dinheiro - acho que o PCC não chegou ao nível de off-shores, o dinheiro arrecadado vai direto para o financiamento do próprio crime.

Ou seja, superdimensionar o PCC vai na linha de minimizar a impotência do Estado frente a uma simples facção criminosa”,
Kleyn Guerreiro - kleyn_guerreiro@yahoo.com.br

“Planejamento familiar é um assunto espinhoso, mas já passou da hora para ser discutido em todos os setores, com campanhas na mídia. Na minha opinião planejamento familiar e reestruturação das responsabilidades da célula familiar é o que falta no Brasil de hoje”,
Silvio Luiz - sluiz.aj@gmail.com


“A cada dia que passa estou mais convicto que vivemos em um pais, e talvez até num mundo, que existe a ilusão utópica de que se buscam soluções para os problemas sociais, econômicos e políticos. Porém se prestarmos atenção um pouco mais detalhadamente nas (pseudo)soluções apresentadas, descobriremos que elas jamais tem a intenção real de solucionar os problemas, no caso o planejamento familiar, que com certeza seria uma das ferramentas necessárias a melhoria dos índices sociais, mas que é tratada como um tabu entre os políticos, que alegam serem pressionados pela Igreja, que é contra(quase tudo), mas a verdade é que este quadro social caótico que ai se encontra, interessa e muito, a muita gente.

Interessa principalmente aos políticos e religiosos que vão vendo crescer o número de miseráveis sedentos por soluções mirabolantes apresentadas por políticos populistas sempre de reputação duvidosa e pela providência divina prometida a gritos por charlatões engravatados dizendo-se representantes de Deus na terra, mas ávidos pelas oferendas polpudas oferecidas por pessoas que a elas não resta muito mais do que acreditar num milagre, enfim pra que resolver se o interessante é complicar”,
Sandro Marcelo dos Santos - drsandro@netuno.com.br



“Com certeza a implantação de um planejamento familiar estimulado pelo governo reduziria em muito o nascimento de crianças que certamente não teriam quase nenhuma chance de viver com dignidade.

A classe média faz a muito tempo planejamento familiar "forçado" por ter informações através do seu nível de educação e cultura. Seria necessário o estado ter assistentes sociais em bom número para orientar famílias de baixa renda que tivessem mais de 2 filhos”,
Giovani Lima - g1lima@hotmail.com



“Uma educação sexual séria reduziria a oferta de mão de obra para o narcotráfico e diminuiria as chances da maioria dos nossos políticos de usarem o "falso social" para conquistar postos no poder. É inevitável! ”,
Galane & Marcon - galanepiscinas@dglnet.com.br



“O problema não seria o desajuste familiar, seria antes seu sintoma, os seres "indesejados" que dela são frutos, por terem tendências "agressivas", serem "ressentidos", o que implica agressão.

Perdoe a franqueza, mas é uma eugenia mal disfarçada vossa tese e em outras pensatas. É uma completa “asneira” o que o senhor aponta como paliativo. A causa do desajuste não são os filhos desajustados, que são apenas o reflexo da desmoralização de nossa sociedade. A causa real são as famílias estarem desajustadas. O senhor propõe, desastrosamente, combater o sintoma, não a causa da doença. Isto é ridículo, para um homem com a sua cultura.

Agora lhe pergunto porquê elas estão desajustadas? Será a falta de uma mais ampla campanha por métodos anti-concepcionais, distribuição mais ampla de preservativos e esterilização mais acessível às mães mais carentes? Não. As nossas famílias não são desajustadas por isso. Talvez sejam por causa da banalização da família, que é (veladamente para alguns, enquanto outros não querem ver) incentivada pelo Estado, opinião pública e meios de comunicação.

A proposta por trás das campanhas de sexo seguro é "Faça quanto sexo você quiser, desde que seja seguro". Isso é um convite aberto à promiscuidade, na qual nossa juventude está mergulhada até o pescoço. Um jovem ter relações sexuais prematuras, longe de ser a excessão, é a triste regra, enquanto não tê-las prematuramente é, em nossa juventude, razão de vergonha, motivo de chacota. Ou estou errado? Estaria eu mal informado? Quando se ouviu na nossa imprensa, ou em sua pensata: "Jovens, ter relações sexuais pode trazer conseqüências graves para suas vidas, entre elas a gravidez indesejada e doenças.

Convém preservarem-se hoje, para mais tarde, no momento propício, poderem fazê-lo em pelenitude." Em uma palavra: castidade. (Deveria me envergonhar de dizer isto).

Você ignora a quantidade de casais "amasiados"? Não sei, mas eu conheço um montão, e no meio de casais jovens, criados nesta sociedade onde a família é banal, são parcela considerável. Talvez, como jornalista, poderia pesquisar sobre o assunto, e suas estatísticas. Os direitos, principalmente da mulher, nesse tipo de relação não estão garantidos. Procure se informar da dificuldade e lentidão de se provar a união de fato em caso de separação para garantir direitos dos cônjuges, especialmente a mulher. Os filhos deste tipo de relação, estariam satisfeitos e seriam bem aceitos, quando um homem não teve peito nem sequer de ir ao cartório fazer o contrato de casamento civil e assumir a própria mulher? Ela estaria plenamente satisfeita com a hesitação em publicamente assumí-la como esposa? Não seria talvez o caso, seguindo sua lógica, de pedir aos casais desestruturados (amasiados entre estes) que evitassem procriar para o bem de uma sociedade com menos rejeitados e marginais?

Cadê uma campanha incentivando os casais em união de fato a se casarem, por exemplo?

Os filhos de pais separados, acaso estão satisfeitos? Será que se meu pai trocasse de mulher duas ou três vezes na vida, e abandonasse minha mãe, que provavelmente passará a se deitar com outro, isto estaria ok. Para mim, caso fosse uma criança? Toda criança quer um lar de verdade, toda criança quer ter mãe e pai, ter avós, uma família normal, e tem direito disso sim, independente do que se pregue na sociedade banal, da qual o senhor e suas pensatas são um eco.

Meu tom áspero com o senhor não é nada pessoal, é só minha indignação por vê-lo, como formador de opinião, disfarçar a verdade para pregar a banalização da família mais ainda, pondo a culpa disso nas crianças. A culpa é a falta de educação (poderia delongar-me aqui, mas não farei; apenas tenho a sensação que o Estado *deliberadamente* está educando nossas crianças para serem analfabetos funcionais, perpetuando a cadeia de dominação) fortemente aliada à banalização da família, que é a palavra de ordem da nossa sociedade onde o gozo é mais importante, é "sagrado".

Acaso o senhor já foi numa escola? Pergunto, para saber se já teve contato com a disciplina (média, não de casos isolados) de nossas crianças e adolescentes, a falta de respeito que impera entre os jovens. Essa indisciplina também é sintoma da falta de moral dos pais, também banalizados, e da família. A indignação e agressividade dos nossos jovens vem justamente do fato da família ser a porcaria que vem sendo, e que continuará a ser se dependesse da sua pensata insensata.

Cadê uma campanha, por ínfima que seja, em favor da família? Constato que a única voz com firmeza contra a degradação da família é a do papa. O único governante com destaque a dizer algo similar, que eu saida, foi senhor George W. Bush. "Não há dúvida" (expressão que o senhor usa com incertezas) que ele foi ridicularizado por isso, assim como o papa é.

O senhor propõe o lema "menos filhos por menos marginais". Eu proporia o fortalecimento da família, sua valorização e moralização, a começar pelo Estado, passando pelos meios de comunicação, até toda a sociedade. E educação, obviamente”,
Miguel Vinicius Santini Frasson - mvsfrasson@gmail.com



“Finalmente tocou-se num ponto importante (e politicamente incorreto) a ser discutido na sociedade. Espero que a discussão frutifique”,
Hugo Sandim - hsandim@demar.faenquil.br

“Há anos venho batendo nessa tecla, e não somente para a questão dos adolescentes. Quantas vezes ouvimos, depois de um incêndio anunciado em favelas paulistas, mães declararem que estão sem teto junto aos 7 ou 10 filhos? Isso é um descalabro, é um problema sem fim. Urbanizam-se favelas sem frear a natalidade irresponsável”,
Elza Nespatti - nespatti@uol.com.br



“Já que você tocou no assunto, gostaria de sugerir que esse tema fosse muito mais aprofundado, no sentido de se conseguir ações efetivas de conscientização da população, e colocação de todos os meios anticoncepcionais, como a pílula, preservativo, DIU, vasectomia e laqueadura das trompas, a disposição da população, através não somente do INSS, mas também, de todos os planos de saúde.

A folha como um dos grandes meios de comunicação do Brasil, poderia levantar essa bandeira, fazendo com que nossos dirigentes, a nível municipal, estadual e federal estabelecessem metas e fossem cobrados por ela, em termos de divulgação e disponibilização desses meios de planejamento familiar.

Minha sugestão é que o Dr. Drauzio Varella, que tanto trabalha com esse tema, seja convidado a participar dessa maravilhosa ação que o Brasil tanto precisa.

Planejamento familiar não é apenas redução da violência, mas sim, melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento, harmonia no lar, saúde e felicidade, para a família e para o país”,
Fabio Macedo - famacedo@dglnet.com.br



“Concordo totalmente, a gente não vê nenhum político falar sobre planejamento familiar. É óbvio que um indivíduo que não recebeu proteção familiar tende a ser mas desajustado que um individuo criado num ambiente afetivo.

Os sociólogos e pesquisadores que trabalham para o governo poderiam fazer uma pesquisa dentro das cadeias para saber como foi a infância dos presos, se eles receberam educação de berço, se receberam afeto dentro de casa. Está comprovado que, nos Estados Unidos, a liberação do aborto reduziu a criminalidade a médio prazo. Não tem o menor cabimento uma mulher ter relações íntimas com o preso e ficar grávida de um homem que vai passar anos na cadeia, eu acho que o preso que quer ter relações sexuais deveria ser obrigado a fazer vasectomia.

As causas da imensa violência paulistana são mais profundas que as discutidas pela imprensa, estamos gerando “sociopatas” em série ‘”,
Cristina Carvalho Barboza -cristina439@itelefonica.com.br



“Realmente impressiona o número de adolescentes que ficam grávidas todos os anos. No Brasil, como você disse são cerca de 900 mil por ano. O que se sabe é que a cada ano que passa a faixa de idade das mães solteiras é mais baixa. Você disse que o fato se deve a pobreza e a baixa escolaridade, ou seja, a criança por não ter muita informação acaba engravidando. Não vejo que o nível de escolaridade, ou no nível econômico sejam os principais responsáveis pelo alto índice de mães meninas. Para mim o que conta é o nível educacional e principalmente o nível religioso. Conheço muita gente pobre no Brasil e que sabe educar os filhos de uma maneira exemplar.Procure saber o quadro de estatísticas de meninas mães em países onde a formação religiosa é rígida os meios de comunicação estão sob censura e a liberdade de expressão é controlada. A análise é superficial e até mesmo ambígua? É, mas você também não acha que tem algo a ver? A informação, a propaganda, a mídia sem limites produz efeitos devastadores nas mentes das crianças e coloca os pais em “off.” A maioria não sabe como interagir diante da gama de informações que recebe via Internet ou televisão.

Os que se dizem cristãos, ou judeus, não levam a religião a sério. São religiosos nominais, usam rótulos e nem sequer assumem os preceitos e conceitos da fé que preserva os valores da família. Ä torah diz: "Ensina a criança no caminho que deve andar."

A ciência avança num ritmo vertiginoso que fica impossível para um operário da construção, que dispõe somente de algumas horas de descanso após um dia estafante, ter que acessar os meios de comunicação para obter mais informação.
A falta de comunicação e a inversão de valores levam a família a um processo acelerado de decomposição. É comum se encontrar avós criando os netos enquanto a filha termina o High School.

Conversava com uma teenager e ela me contava que na sua escola o número de meninas grávidas é muito grande. Também me disse que o assédio sexual é muito forte. A menina que não "transa" é considerada pelas coleguinhas "careta" e ainda por cima apanha. A direção da escola simplesmente ignora o problema.
Ter o filho é uma das opções das mães meninas, mas nem todas optam pela vida, muitas optam pela solução simplista e sempre trágica do aborto. A lei em alguns Estados permite que uma menina de 12 anos recorra a uma clínica de aborto para retirar o seu "baby", sem o consentimento dos pais. Parece mais um pesadelo. Onde é que vamos parar? Você já viu em que sistema nós estamos metidos. Esta é uma agressão declarada contra os princípios familiares e contra a própria vida. A uma criança é dado o poder de decidir se mata ou deixa viver. A mesma criança que não pode ficar sequer sozinha dentro de casa, porque a lei a considera frágil e irresponsável, é dado o direito de tirar a vida de uma outra criança que nem noção ainda tem da própria vida. É simplesmente ridículo!

As seqüelas físicas e psicológicas decorrentes de um aborto marcam a menina mãe para o resto da sua vida. O timer da depressão foi acionado no seu sistema psíquico, na hora certa o surto detona. Você já viu as estatísticas do por quê mulheres entram em depressão na meno- pausa?

Por isso quando se fala em planejamento familiar não se pode falar simplesmente de fatores econômicos, culturais, educacionais, mas também deve se falar de valores relativos a fé a transcendência da alma e aos preceitos espirituais. Deve se cultivar no seio familiar o relacionamento com o Criador de todas as coisas. O homem está cada vez mais vazio, e este vazio afetará as gerações futuras. Os pais não sentam e conversam com os seus filhos sobre os valores eternos. Não sabem o que acontece nos coração deles. Está mais difícil ser pai, porque nos afastamos do nosso referencial principal. Você já pensou o que será dos seus netos? Se a coisa hoje está assim o que será daqui a cinqüenta ou cem anos? “,
Estêvão dos Santos Canfield - prestevao@newcanaanumc.com



“O eixo não é reduzir a taxa de natalidade, que hoje já é razoável no Brasil. O eixo é distribuir os filhos. Assim como a renda que é pequena para os pobres e grandes para os ricos, inversamente, o número de filhos é grande para os pobres e pequenos para os ricos. Não podemos ainda parar o crescimento da população brasileira, temos território e comida para mais gente. Chegamos novamente ao problema brasileiro e mundial, distribuir nossas riquezas, inclusive nosso filhos que nascem “,
Joel Miranda - jmiranda@atarde.com.br


“Não sei por qual emoção fui tomado ao ler sua coluna de hoje. Ontem estava discutindo a quem interessa esta quantidade mães meninas, famílias com cinco, seis, sete filhos e sem condições de criar um. Ouço tanto falar sobre Fome Zero, melhorias no sistema de saúde, mas porque então quando uma jovem chega ao hospital para realizar um segundo ou terceiro parto não sofre um intervenção cirúrgica nas trompas, porque o pai não é chamado para também realizar uma vasectomia? Porque eu não faço nada, já que enxergo tudo isto ? Como citou hoje Carlos Heitor o exemplo do Vítor Negrete, que desejou ir além, o que me falta para o mesmo? O que falta a nós brasileiros para o mesmo’,
Warley Ribeiro Gonçalves- site.xerox@mendesjunior.com.br

 
 
 

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