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Charge
sobre planejamento familiar
(originalmente publicada no
Site do Sindicato dos Servidores Públicos, Civis e
Federais do Departamento de Polícia Federal no Estado
de São Paulo www.sindpolfsp.com.br/index2_sindpolfsp.htm)
"É mais barato o estado
distribuir o DIU para população do que manter
o preso na cadeia ou o adolescente na FEBEM”,
Marcelo Constantino Miguel
- marcelomiguel@bpositive.com.br
“Concordo plenamente e acho que passou e muito da hora
de haver políticas sérias de orientação
e conscientização sobre o planejamento familiar.
Não apenas entre pais adolescentes. Em baixo de um
barraco, sem nada decente para ser cozido no fogão,
não há sobrevivência digna para famílias
numerosas”,
Luciana Eastwood Romagnolli,
Curitiba (PR)- lucianar@coastaldobrasil.com.br
“Muito bom que você tenha tocado nesse tema. O
planejamento familiar deveria ser visto como prioridade na
contenção da violência. Camisinhas e contraceptivos
deveriam estar disponíveis para distribuição
gratuita em qualquer lugar (posto de gasolina, padaria, farmácia,
qualquer botequinho) Por que ninguém pensa nisso?”,
Lucia Regina Silveira - gerenciadocmpe@fphesp.org.br
“Excelente exposição sua sobre a necessidade
de nos preocuparmos com o planejamento familiar na adolescente.
Porém, isto não é o bastante como você
sabe. Quase todo mundo no Brasil sabe de pelo menos um método
anticoncepcional, mas não usa e isto faz com que tenhamos
50% das gravidezes como indesejadas ou não-planejadas.
Torna-se então evidentemente que o planejamento familiar
não é suficiente para debelar as gravidezes
indesejadas ou não-planejadas.
Possíveis Motivos: É reconhecido por estudiosos
que muitas adolescentes têm simplesmente o desejo de
engravidar; outras engravidam para desafiar a família
a sociedade ou para completude da sua feminilidade; outras
não usam a pílula "porque engorda"
ou porque tomar a pílula pode parecer que está
planejando um encontro amoroso, perdendo este encontro a espontaneidade;
algumas se acham invulneráveis e não acreditam
que possam engravidar”,
Estephan Moana - estephan.gaz@terra.com.br
“Implantar o planejamento familiar não é
simplificar o problema da violência. É uma necessidade
do mundo em vários sentidos: do desenvolvimento, ecológico
e da violência. Os governantes se preocupam demais com
as drogas e nem um pouco com a pobreza. Concluo que os pobres
são muito úteis, porém sóbrios.
Para produzirem e servirem melhor?”,
Vera Lucia Pereira
de Assis - veluassis@Hotmail.com
“Faltou apenas, na minha opinião, você
falar do papel que a Igreja pode ter nesta questão.
Virá no próximo artigo?”,
João - jnsimoes@mail.telepac.pt
“Vocês fascistóides
que defendem abertamente PSDB, que defendem abertamente a
concentração de renda que estes promoveram e
promovem, que desmantelou estrutura social do pais, liquidou
escolas publicas, agora vem com esse "cerca lorenco"
uns direitistas defendem morte as pobres, outros já
nem que nasçam (excesso de mão de obra?).
Se não fosse tão parcial
como você é, não seria muito difícil
chegar a conclusão: setores com renda razoável,
acesso a educação básica, planejam por
si só suas famílias e mais, a destruição
da estrutura social (promovida por vocês ou dos que
você defende) leva um setor ao desespero da sobrevivência,
como conseqüência aumento de buscas por meios não
"formais " ou "tradicionais". Crime organizado
é apenas uma das conseqüências, o sofrimento
que o povo viveu nos tempos dos "seus"´foi
tanto, que levou o povo mais pobre a votar em qualquer coisa
menos nos que lembram o FHC/veja/folha/globo”,
Claudio Lago - beijaflor161@hotmail.com
“Raciocínio inteligente e sensato. Espero que
um dia todo o povo ou pelo menos a maioria dos brasileiros
pensem como o senhor!”,
Hideko Sinto -origami@sympatico.ca
“Se você tivesse mais
algumas laudas, acabaria convocando o ministério da
saúde para um grande programa nacional de esterilização
em massa. Certamente você teria uma razoável
aceitação de uma parcela específica da
população.
Refiro-me aqueles que você pretende atingir como público
alvo, com esse visual tão asséptico, esses cabelos
grisalhos tão distintos, e seu indefectível
sorriso blasé, casado com esse blazer, e já
fossilizados.
A elite branca burguesa, e mesquinha (termo agora tão
oportunamente resgatado pelo velho professor) apoiaria, com
certeza!
É fácil visualizar grandes comerciantes e industriais
financiando o projeto, que com um plano complementar de extermínio,
bem coordenado pelo esquadrão da morte, poderia erradicar
a pobreza do Brasil (dentro do pragmatismo tão peculiar
à ignorância da elite paulistana), erradicando
os pobres!
Cada um financiaria o programa implantado na favela ao lado
de seu condomínio, ou grande loja de departamento!
Me é possível vislumbrar a capa da revista veja,
convocando e apoiando a iniciativa de tão brilhante
lapso de genialidade! (certamente com a mesma verba que financiou
a campanha para os industriais das armas e das mortes, e financia
atualmente a campanha tão irresponsável e sórdida
contra as instituições republicanas):
Vamos deixar de falsos moralismos, ajudemos às jovens
pobres no “mantenimento” de seus espaços
no mercado de trabalho: Esterilização Já!
Com certeza, essa é uma matéria que contribui
sobre maneira para o avanço nas discussões acerca
da violência”,
Francisco Leal Passos -
franpassos@terra.com.br
“Assim fica mais fácil entender porque a segurança
não existe no Brasil e principalmente nas grandes cidades,
como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo
Horizonte, Recife, etc. Também podemos entender porque
as organizações criminosas predominam, visto
que o nosso governo federal, segura a verba que deveria ser
aplicada em prol da segurança do povo brasileiro. Leiam
o trecho abaixo, e vejam o que a OAB (JURID) detectou.Provavelmente
estes R$ 600 milhões estão reservados para a
campanha eleitoral que se avizinha. Vamos pensar um pouco
mais, na hora de colocar nosso voto nas urnas”,
Claudio Szulcsewski -claudio@trainnet.com.br
“Não é a panacéia contra a pobreza
e suas conseqüências tais como a violência,
mas definitivamente pode ser deixada de lado. De alguma forma
temos que ajudar as pessoas neste assunto, mas ao mesmo tempo
procurar punir quem deliberadamente gera filhos e os entrega
para que a sociedade cuide deles.
Voce é uma pessoa moderada
e muito ouvida. Por favor leve este assunto adiante...Precisamos
muito debatê-lo”,
William Justino dos Santos
- wjsantos@task.com.br
“Finalmente uma reportagem como esta de grande importância
para a sociedade brasileira foi publicada...parabéns!”,
Augusto Bernardino M. -
abmboxmail@yahoo.com.br
“Penso que é necessário educar para erradicar
o medo como primeiro passo para erradicar a miséria”,
Mateus Serpa - mateus.serpa@oi.com.br
“Concordo plenamente com seu comentário - e ampliaria
a discussão para o emprego também - até
porque o emprego formal que conhecemos - ainda que tenhamos
crescimento a taxas chinesas - não será suficiente
para contemplar todos”,
Agnaldo Felix de Souza Junior
- SOUZAA2@fdah.com
“Pensei muito nisso durante a semana passada, concordo
com você. Acho que os governos precisam criar e aplicar
uma política permanente, ampla e bem estruturada de
planejamento familiar, inclusive porque teria grande aceitação
por parte das mulheres pobres.
Se o número de filhos em famílias
miseráveis diminuísse, haveria uma reação
em cadeia de benefícios para a sociedade. As meninas
e mulheres precisam de muita orientação e acesso
fácil, sem burocracia, sem constrangimentos aos meios
anti-concepcionais. Por exemplo, as camisinhas deveriam ser
distribuídas gratuitamente em farmácias e no
comércio 24 horas, principalmente na periferia.
Folhetos contendo explicações
sobre os métodos anti-concepcionais possíveis
e locais onde são realizados deveriam ter ampla distribuição
durante o ano todo. Acima de tudo, os materiais usados para
esse fim nos postos de saúde deveriam ser de qualidade.
Conheci uma moradora de favela, mãe de três filhos,
grávida do quarto, que engravidou usando o DIU do posto
de saúde.
Acho que a extinção da miséria no Brasil
passa por três pontos: educação de qualidade,
criação de empregos para os qualificados e,
principalmente, para os que não têm desqualificação,
e diminuição de nascimentos nas famílias
miseráveis.
Sem essa diminuição é impraticável
aos governos acabar com a fome, por mais programas de auxílio
que sejam criados, pois a população miserável
já é muito grande e aumenta sem parar. A capacidade
financeira dos governos não aumenta na mesma proporção.
Seria uma bênção se os jornais se dispusessem
a falar sobre o assunto exaustivamente, para pressionar os
governos a tomar uma atitude. Como fizeram em relação
às CPIs”,
Assessoria -assessoria@tonicotrim.com.br
“Precisamos reunir a elite deste país e promover
um plano de ação de 15 anos.
Hoje com tanta tecnologia e na área de gestão
é uma delas, como a gerência de projetos que
pode ano a ano ir galgando sucessos graduais e ajustáveis.
Estudamos em administração sobre a teoria das
restrições, sendo que não adianta desenvolver
áreas se temos restrições sérias
que geram os gargalos e nos impedem de alavancar um mundo
melhor.
Educação já! Com consciência de
um plano estruturado (ações de curto prazo /
médio prazo e longo prazo visando alavancar o país)
! Abaixo bravatas e mágicas, abaixo a visão
do imediatismo e do simplismo !”,
Maria Helena Vargas -
mariahelena.vargas@br.unisys.com
“Enquanto ficarmos com esta falsa moralidade, será
muito difícil, eu diria até impossível,
reduzir a desigualdade social neste nosso Brasil. Enquanto
os que pagam os impostos tem um crescimento médio populacional
de menos de dois filhos, os que recebem o benefício
tem em média mais de 5 filhos, onde vamos parar!
Todos sabem que o governo não
cria dinheiro somente distribui, embora atualmente tenha cobrado
um pedágio bem alto, não há modelo social
que possa funcionar adequadamente”,
Sergio Cifali - scifali@uol.com.br
“Ao invés de expressar minha contraposição,
deixo aos demais leitores e ao autor desta coluna, a indicação
à leitura da introdução da obra de Eduardo
Galeano: As veias abertas da América Latina. Como estímulo,
cito um trecho oportuno da obra citada acima: "... contudo,
em nossos tempos, toda esta ofensiva universal cumpre uma
função bem definida: propõe-se justificar
a desigual distribuição de renda entre os países
e entre as classes sociais, convencer aos pobres que a pobreza
é o resultado dos filhos que não se evitam e
pôr um dique ao avanço da fúria das massas
em movimento e em rebelião" (1983:17)”,
Maria Angélica Rodrigues
de Sousa - ma_angel8@hotmail.com
“Ninguém neste país tem a coragem de dizer
que o futuro e solução de todos nossos problemas
(econômicos, saúde, financeiros, trabalhistas,
infra- estrutura, inflação, educação)
enfim tudo passa obrigatoriamente por um controle de natalidade.
Esta de igreja católica interferir
em qualquer comentário sobre o assunto é um
saco, Finalmente alguém com coragem para abrir a boca
e falar sobre isso. Os católicos já diminuíram
muito (são só 68%)”,
romerio@alvoradacontabilidade.com.br
“O senhor concorda com a opinião do autor de
Freakonomics, de que o aborto legalizado poderia levar à
redução de criminalidade em um prazo de 15 a
20 anos - que é o tempo de as crianças indesejadas
e/ou que não terão educação e
formação adequadas crescerem e serem absorvidas
como mão-de-obra ou meras engrenagens dos mecanismos
criminosos?
Por um lado, enxergo que essa medida
de legalização do aborto funcionaria como uma
"pena de morte" antecipada: não por crimes
cometidos, mas pela possibilidade de nascer desfavorecido.
Por outro lado, se a família ou a pessoa sabe de antemão
que não terá condições de transformar
seu filho biológico em cidadão, por que privá-la
da opção de não ter o filho?
Aborto é uma palavra forte,
pode surtir efeitos indesejados... até que ponto disseminar
a tese do autor de Freakonomics (completa, não apenas
a simplificação "aborto diminui a criminalidade")
ajudaria na conscientização da necessidade de
um planejamento familiar? Ou seria mais um "corisco no
caos"?
Myrna Y. Kagohara - myrnayk@uol.com.br
“Filhos que nascem em famílias pobres e desajustadas,
famílias agressivas tem com certeza tendência
a marginalidade, a se perder no mundo onde não é
fácil sobreviver.
O que está escrito no artigo é a mais pura verdade,
que ninguém, mas ninguém mesmo tem coragem de
dizer”,
Michelle Milane -
michelle.milane@uol.com.br
“Há tempos atrás, questionei a você
qual a razão da imprensa não ir mais fundo neste
assunto, pelo que ela pode fazer. Na época o assunto
era problemas de educação e saúde acreditam
que controlando a natalidade e reforçando esforços
em cima deste assunto, o país abaixaria o numero de
criminalidade, de pobreza r aumentaria o numero de educação.
Sem este controle, não há verbas municipais,
estaduais ou federais suficiente para garantir a sua aplicabilidade.
O que percebemos é que tanto a imprensa escrita, como
a falada, pouco se empenha em ir fundo nesta questão
sabemos de sua complexidade junto a igreja principalmente,
mas temos que iniciar trabalhos sérios e com grande
intensidade nesta área, pois este país não
agüenta em suas estruturas a continuar neste caminho
e com estas filosofias que aí estão.
Todos reclamam da falta de tudo, saúde, transporte,
educação,miséria etc, reclamar fica muito
fácil, tomar decisões fica muito mais difícil,
mas o país urge uma política em conjunto com
todos nesta questão e vocês tem este veículo
que se chama imprensa. Parabéns mais uma vez, mas peço
que aprofunde seriamente nesta questão”,
Juarez, Curitiba (PR)
- jfontan@terra.com.br
“Parabéns pela coragem.
Não conheço muitas pessoas que se arriscam a
expor suas idéias, quando elas não são
muitos “politicamente corretas”. Já houve
um tempo, na minha juventude de militante estudantil, em que
eu supunha que todo louco, todo preso ou todo pobre eram vítimas
de um sistema injusto, cruel e implacável. Mas, implacável,
mesmo, são os anos que passam e as experiências
que se vão acumulando. Hoje, aos quase quarenta e dois,
vinte de casamento, dois filhos adolescentes, tendo trabalhado
sempre com população de baixa renda (hospital
psiquiátrico estadual, posto de saúde e acompanhamento
de crianças em “risco social”), perdi todo
e qualquer romantismo ideológico. Somos todos responsáveis
pelas nossas vidas. De uma forma ou de outra, a situação
em que nos encontramos foi construída por nós.
Enxergar o quanto das nossas vidas é tecido além
da nossa vontade é importante, nos dá uma visão
global, das forças e da época em que vivemos.
Mas, o que não depende de nós, o que está
fora do nosso alcance, não podemos mudar. O que realmente
interessa é aquilo que podemos fazer. A parte que nos
cabe é muito mais importante do que a parte que cabe
ao outro. Essa noção de responsabilidade (e
oportunidade, não?) pelo próprio destino foi
o que encontrei em todas as pessoas que ultrapassaram suas
péssimas condições de vida. É
claro que, onde o poder público cumpria seu papel,
com escola, saúde e transporte, mais pessoas puderam
aproveitar as oportunidades que surgiram. Mas eu aprendi,
também, que nem todos querem pagar o preço de
mudar. Nem todos se esforçam. Como em nossa classe
média, onde a maioria dos bem-nascidos “dá
uma banana” para a cara escola paga por seus pais. É
preciso, sim, planejamento familiar. Uma sociedade que não
dá conta dos filhos que gera, vai sempre precisar da
lei exterior. O pior, analisando os últimos acontecimentos
é que nós não a temos”,
Denise Azevedo de Lima - Cascavel
(PR) - denise.a.lima@pop.com.br
“Parabéns pelo artigo. Concordo plenamente. Minha
dúvida é se haverá, um dia, algum governo
que tenha interesse em acabar com a ignorância, em todos
os sentidos, do nosso povo. Talvez não seja reeleito
e ai? “,
Maria Elizabeth Freire, Recife
(PE ) - luixmeira@gmail.com
“Até que enfim alguém fala de uma questão
que uma boa maioria pensa. Não vejo ações
do governo visando ao planejamento familiar. Em pleno século
XXI a Igreja católica se mostra contra o que é
óbvio, inclusive contra meios contraceptivos como o
uso da camisinha. Como as instituições estão
muito desacreditadas por todos nós, o que nós
cidadãos podemos fazer para despertar no poder público
a importância desta questão?”,
Jane Ribeiro dos Santos -
jane@eepe.com.br
“Básico dizermos isso, não? Ontem, assistindo
o jornal, ontem, deu-se a grandiosa notícia da pesquisa
do IBGE: 'O índice de analfabetismo tem diminuído,
isso considerando que a pessoa alfabetizada só precisa
saber escrever o nome, será que só isso traz
a cidadania ao povo? Será que não é preciso
a população saber ler e compreender as notícias,
sem ter que engolir a interpressão primária
dos noticiários? Agora surge uma outra descoberta capaz
de diminuir a criminalidade: 'Planejamento familiar é
arma contra a violência'. Se unirmos as duas, podemos
até considerar que o nosso presidente tem razão
ao dizer que a culpa da criminalidade é da falta de
planejamento educacional na década de 70, isso considerando
que nosso excelentíssimo presidente nunca cursou faculdade,
não sabemos nem se sabe falar realmente ou se, para
não parecer tão absurdo, contratou um 'ghost
write' de quinta.
Particularmente, acho as duas notícias
sem senso, primeiro, uma depende da outra, pois educação
não se aprende na rua, mas também não
é só na família, precisamos de escola,
de pessoas comprometidas a ensinar, a orientar os alunos...
Mas isso é possível com o salário de
fome que professor ganha? Uma profissão que um dia
foi tão valorizada e hoje é tão miserável.
Este talvez fosse um dos possíveis caminhos para a
solução dos problemas... Pessoas estudadas,
educadas, orientadas e sabendo dar valor ao um bom ensino,
logicamente não teriam filhos aleatoriamente, pois
pensariam nos gastos que teriam para possibilitar o acesso
a um bom nível de ensino.
A falta de algo gera uma cadeia cíclica
que não tem fim, infelizmente, pensar na solução,
é pensar utopicamente, mas como a esperança
é a última que morre”,
Luciane Cristina de Oliveira
Almeida - luciane-oliveira@uol.com.br
“Parabens pela analise, alias totalmente negligenciada
do nosso país”,
Antonio Cardoso Lemos -
antoniocardosolemos@yahoo.com.br
“Parabéns pelo oportunismo de focar um assunto
tão importante que é o "planejamento familiar
". Há 30 anos que escrevo sobre o assunto e ,
principalmente , como as autoridades e os políticos
se esquivam dele, com receio de críticas de setores
religiosos. É uma pena quando vejo " mães
" com uma penca de filhos desfilando pelas cidades pedindo
esmola , sendo que os filhos , pobres deles , são uma
mera mercadoria de exposição e de humilhação
pública.
Reinaldo Fonseca, Goiânia
(GO) - reinaldo@sistemafieg.org.br
“Sabemos que é tabu falar
em aborto neste país,em que a igreja exerce grande
poder, mas com tantos bebes mortos de forma cruel ( esta semana
foram duas gêmeas largadas no lixo e mortas pelo frio,
e ontem mais uma que se salvou , também jogada pela
mãe no lixo) que já não é hora
da imprensa também começar a bater neste ponto,
pois alem de evitarmos tanta barbárie, tocaríamos
no ponto crucial que é esta horda homérica de
crianças mal amadas e maltratadas, que são "fabricadas
por mulheres inconseqüentes. Erotiza-se as meninas muito
cedo, e depois a sociedade arca com futuros adolescentes marginais.
Por falta de amor e cuidados”,
Márcia Corrêa
- mahcorrea@uol.com.br
“Parabéns pela abordagem ! Concordo plenamente
com você e devemos orientar os jovens a evitarem a gravidez
indesejada. Gostaria de apoiar ações ligadas
a esta causa”,
Ana Helena Vicintin -
anavicintin@uol.com.br
“Compartilho com o seu raciocínio. Não
obstante ser apenas uma das causas de muitas mazelas,corporifica-se
como das mais importantes. Estamos colhendo hoje o que a esquerda
e parte da Igreja trabalhou contra o planejamento familiar.
O Brasil necessita é de uma política de controle
de natalidade, atuando com mais afinco nessas áreas
de risco. Os favelados do Rio de Janeiro, por exemplo, têm
muito mais filhos do que os habitantes que têm boa situação
financeira e intelectual. O mesmo e talvez em maior escala,
ocorra também no Ceará e no restante do Nordeste
brasileiro. Como disse no início, é apenas um
dos tópicos, porém de grande importância.
Os filhos não pedem para nascer. E uma das piores ocorrências
é uma gravidez indesejada, principalmente num casal
adolescente. O Ministério da Saúde e as secretarias
estaduais e municipais de saúde deveriam ter investido
mais nessa área tão carente de recursos. O resto
é pura demagogia. É a irresponsável política
de quanto pior, melhor. Digo com experiência própria,
na qualidade de médico e professor universitário
de instituição pública. As instituições
privadas merecem ser incentivadas, para que continuem a colaborar.
Filho indesejado só tem um destino: morador de rua,
presa fácil dos traficantes e futuro bandido. É
um paria da sociedade. E um revoltado contra tudo e contra
todos. Até contra si mesmo. É um homem-bomba,
que nada tem a perder”,
Luciano Silveira Pinheiro
-lucianospinheiro@yahoo.com.br
“Mais o que pode ser feito pelas
as autoridades de nosso país. Há paises que
já funciona este tipo de planejamento, o casal no maximo
pode ter apenas dois filhos. Mas numa situação
que uma jovem brasileira de 12 a 15 anos de idade, pobre que
teve um filho do seu “primeiro” namoro e no futuro
viu que não era aquele homem que queria para o resto
de sua vida, passa à namorar outro rapaz e tem outro
filho isso com agora 20 anos, como podemos paralisar o circulo
de filhos dessa pessoa. Que já tem dois filhos com
20 anos de idade e não é casada?
E também outros casos que a
mãe arruma filho para poder arrancar a pensão
do pai da criança, este caso é mais preocupante”,
Fabrício - bifemania@bol.com.br
“Bem, este assunto ao qual nós
vamos abordar é de suma importância e estimulante.Sou
médico há mais de 30anos e já naquela
época um certo professor da dizia: "a fome estimula
a libido o sexo". Realmente, não tenho dados comprobatórios
do ponto de vista científico, mas a prática
é soberana sobretudo em medicina.E é fácil
concluir, a explosão demográfica é evidente
e constatada cientificamente em países sabidamente
do terceiro mundo,hoje na moda países emergentes e
o Brasil se encaixa justo e firmemente.
É notório que existe
uma gama de fatores dispensáveis pelo subdesenvolvimento
de um país que se caracteriza por violência,
corrupção, impunidade, fome, desnutrição,
ignorância e oligofrênia crônica. Muito
difícil avaliar qual tem o maior peso para o subdesenvolvimento
de uma nação.
A um governo cabe algumas obrigações
compulsórias tais como oferecer, através do
estado, educação, saúde, habitação,segurança(esta
vem abandonada há pelo menos três governos),segundo
a mídia, agente informativo e muito importante para
o povo que tanto necessita de notícias atualizadas.Talvez,outro
item que esteja imbricado num daqueles substantivos, a alimentação,
mas reitero que seja muito necessário para o desenvolvimento
físico e psicológico de uma criança e
um cidadão no futuro.
Os políticos abominam essa
questão de planejamento familiar,pois todos sabemos
que a igreja é um esteio poderoso porém negativo
a esses programas. Somos fervorosos religiosos, embora não
tenha religião, laico, mas é um problema só
meu. Ela recrudesce com a ignorância do povo tornar-se
um ciclo vicioso crescente.lamentável.
O peso político sobrepuja o
desenvolvimento de um país em detrimento de um lugar
no parlamento.Esse toque de planejamento familiar nunca será
ventilado pelos parlamentares pois têm medo de perder
uma eleição ou de não se manter no cargo.
Muito melhor para um país emergente
como o nosso, o tal e temido planejamento familiar seria um
controle rigoroso de natalidade este mais eficiente que aquele.Controlar
pode significar limitar nascimentos no caso em pauta, pessoas
despreparadas, em todos os aspectos terem filhos.
Hoje, o que lamentavelmente o que
se assiste são nascimentos de crianças por pais
irresponsáveis que fazem filhos em baixo de viadutos.Depois
a mãe o abandona, filme que se vivi todos os dias na
mídia.
Quem sabe um dia os líderes
acordem deste sono profundo e tomem providências as
quais a médio prazo tornar-se-ão um flagelo.
Mas todos estamos cientes que você é um incansável
lutador para melhorar a cultura deste povo”,
Luiz Carlos Pontes - ponteslc@yahoo.com.br
“Não sei por que a surpresa de dados como o apresentado
nessa reportagem. É óbvio que não se
pode falar em erradicação da pobreza, diminuição
da violência e melhoria da qualidade de vida, sem falar
em planejamento familiar. A sociedade não tem condições
de prover as necessidades básicas de tanta gente, dai
se origina a marginalidade, que é uma das raízes
básicas da violência. Acho que imprensa, de um
modo geral, tem que deixar de lado um pouco da hipocrisia,
de achar que vivemos em um mundo cor-de-rosa, e enxergar os
problemas sociais de frente, e pensar em medidas, mesmo as
impopulares, como incentivar o planejamento familiar. Até
onde temos que chegar para que as pessoas tirem à venda
dos olhos? “,
Flavio Amoedo Peres Filho
-flavio.peres@braxis.com.br
“Ao meu ver, - geralmente- o ambiente faz a pessoa,
ou seja, filhos de presidiários tem grande chance de
se tornarem futuros marginais, pois infelizmente nascerão
e viverão envolvidas com armas e tudo o que há
de ruim. Deveria haver uma lei proibindo visitas intimas,
e estimular entre os presidiários a vasectomia. Além
disso, a laqueadura deveria ser estimulada entre famílias
de baixa renda, após o primeiro filho , beneficiando
a ela também uma melhor vida até mesmo profissional
em função de ter apenas 1 filho”,
Douglas Aguilar -aguilardrd@vivax.com.br
“Como é raro ler comentários de bom senso
como este de Gilberto Dimenstein nos atuais debates sobre
a violência urbana. Concordo plenamente que é
gravíssimo o problema da gravidez precoce. A gravidade
decorre não só das correlações
dessa gravidez com a criminalidade e com o agravamento da
situação de pobreza das mães adolescentes,
mas também por se tratar de um tabu sustentado pela
igreja católica, que tem uma influência expressiva
na mentalidade das pessoas e torna o planejamento familiar
um pecado para a sociedade e o governo”,
Maurício - mmmarins78@yahoo.com.br
“Iria mais longe, não só para adolescentes,
mas também para os adultos dessa classe. Infelizmente,
fica difícil convencer os homens dessa classe, a fazer
vasectomia. Que seria o modo mais fácil de controlar
a natalidade, mas infelizmente não fazem uma explicação
mais clara a essas pessoas, que acham que com isso, não
vão mais poder fazer sexo. Já fazer a laqueadura,
é muito sofrimento para a mulher, principalmente se
ela vem de um parto normal.
O meu pensamento é que, hoje
a classe alta e média, não passam de 2 filhos,
enquanto a classe baixa, não tem limite. Minha pergunta
é: Qual é a camada que vai ter uma maior quantidade
de gente num futuro próximo? Quem vai eleger nossos
governantes?”,
Eduardo Iezzi - eduardo.iezzi@itelefonica.com.br
“Concordo plenamente
com o ponto de vista do senhor sobre planejamento familiar.
O problema no Brasil é que qualquer iniciativa do Estado
neste sentido, encontra logo resistência por parte da
igreja católica que por sua vez só critica métodos
anticoncepcionais”,
Thelma -
thelma.sider@protecto.com.br
“Para mim é ridículo. É a maior
simplificação que eu já ouvi para o problema
da criminalidade no Brasil. Partindo desse raciocínio
chegaremos à conclusão que o índice de
criminalidade no Brasil de 40 anos atrás era muito
maior do que o atual, visto que hoje o nível de planejamento
familiar é infinitamente maior do que o existente na
década de 60.
Podemos concluir que os índices de criminalidade de
países pobres, que não adotam práticas
de planejamento familiar (exemplo: países da África
“subsaariana”), seriam muito maiores do que os
do Brasil.
Concluiríamos que nos estados brasileiros mais pobres
e com maior índice de natalidade a criminalidade seria
muito maior do que em estados onde o planejamento familiar
é maior.
A meu ver o planejamento familiar não tem peso nenhum
no índice de criminalidade. Há correlação
sim, entre o índice de criminalidade e o nível
de desigualdade social”,
José Alberto de Paiva
Aguiar -Paiva@torc.com.br
“Por que não atacar de frente o problema? Não
é apenas "planejamento" familiar, mas uma
política forte de "controle" da natalidade
que o país necessita com urgência. Será
que a igreja é assim tão poderosa que silencia
a todos os que podem influenciar nesse processo, enquanto
ainda dá tempo? Sim, porque é totalmente mentirosa
a alegação de que hoje o índice de crescimento
demográfico é de uma vírgula pouco filhos/casal.
Basta olhar pelas ruelas das favelas que se constata o que
ouvi certa vez de José Ângelo Gaiarça:
"Estamo-nos reproduzindo como ratos e baratas".
Dá para preservar a Amazônia ou alguma outra
reserva natural? Não, tem que colocar "povo"
lá. Tem que plantar para alimentar o povo. Nada vai
resolver sem um efetivo controle da natalidadea’,
Lilian Novak, Curitiba(PR)
- anovak@onda.com.br
“Evito comentar, apenas costumo
ignorar, acho que a maioria faz assim, apenas lê e esquece
o que lê ou finge que esquece. Mas às vezes bem
é impossível deixar passar. Sabe que nem o palestrante
que diz uma abobrinha para acordar a todos na sala em meio
a uma palestra chata mas necessária. Assim vi seu comentário
de hoje, acordei.
Não gostei desse seu comentário, a questão
dos filhos e das escolhas das pessoas pertence a elas. Ao
estado que pagamos regiamente é dever deixar a disposição
da sociedade à educação ou meios de atingi-la
ao menos. Só isso, creio eu.
Seu comentário soa abusivo, uma vez que induz a pensar
que o estado deve promover o planejamento familiar. China
faz isso de forma abominável. Rússia fez isso
de forma abominável, alemães pré 1945
fizeram isso de forma abominável, E a sua moda, Africanos
fazem isso dia a dia, e sudaneses. Todos de forma abominável.
Assim me dificulta entender como os facínoras brasileiros,
corruptos, que cuidam do Estado no seu topo e mal sabem cuidar
de uma penitenciaria ou fazer cumprir o mínimo de decência
legal, seriam capazes de fazer melhor do que todos os outros
facínoras através da história fizeram,
quem assegura?
Deus nos livre de ter o estado metido no planejamento familiar,
tenha santa paciência, com a eficiência deles,
e a capacidade de corromper-se que tem, em breve veríamos
campos de concentração e matança piores
que os piores já feitos, pois além de matarem
seriam ineficientes, e provavelmente a maioria das pessoas
seria morte pela metade, como os detentos hoje em dia são.
Deixem os adolescentes cuidarem de com quem, onde e como fazem
seu sexo do dia a dia e tratem de oferecer melhores meios
de educação, alimentação e fomentar
a economia, e esse assunto de planejamento e filhos se resolve
sabiamente.
Adolescente ou jovem adulto ocupado com trabalho, estudos
e esportes, não tem tempo de fazer sexo, atividade
que na idade deles é tão prazerosa quanto a
pratica desportiva, estudos ou alimentar-se ou mesmo ser aprendiz
de algum trabalho dignificante. Só, quem foi adolescente
sabe disso, sic.
Cadê o primeiro emprego, cadê o plano de alimentação,
cadê o plano de desportes, cadê o resto todo prometido,
cobrado e já pago? Infeliz comentário, vai que
pega. Estamos no Brasil, homem!
Carlos Alvino -paladino_alvino@yahoo.co.uk
“Ótima sua reportagem. Sugiro entrevistar o Dr.Varela.
Me parece que foi um dos pouco (provavelmente o único)
a discutir esse tema. Nem FHC, Lula, ninguém discute
planejamento familiar na TV.
O Fantástico fazer uma reportagem
sobre o assunto foi, para mim, um marco.
Ele, Varela, também deve ter muito a dizer sobre sistema
penitenciário.
Anderson Campos Fauth - anderson.fauth@terra.com.br
“Até que enfim alguém
aborda este tema na mídia brasileira! Por que é
tanto tabu falar deste assunto e colocar planos emergenciais
de controle de natalidade nas famílias de baixa renda
e adolescentes, neste país?”,
Agustin Cáceres - agustin@hervy.com.br
“O senhor acha mesmo que os adolescentes pobres querem
ter filhos? Será que eles tem acesso às informações
e aos meios contraceptivos para se evitar uma gravidez? Será
que a rede pública de saúde oferece adequadamente
esses serviços?
Será que a violência
só é causada pelos filhos de adolescentes pobres?
Será que nós vamos diminuir a miséria
esterilizando adolescentes pobres? Ou parodiando o governador
Lembo: calando a elite branca desse País?”,
Wilson Oda, Osasco (SP) -
wilson.oda@globo.com
“Concordo plenamente com as
suas considerações, por que só as pessoas
mais esclarecidas e com maior renda podem se dar ao luxo de
planejar seus filhos? Tenho 44 anos sou arquiteta e eu e meu
marido só tivemos dois filhos planejados no momento
em que achamos estar preparados, em todo o núcleo social
em que convivo percebo pessoas com poucos filhos preocupados
com a formação dos mesmos, muitos casais de
um só filho devido à condição
financeira, em contrapartida, na convivência diária
com a minha " empregada ", só vejo miséria
e pouco caso, adolescentes que engravidam visitando namorados
na cadeia, meninas com vinte anos já mães de
três filhos vivendo na pobreza que gera a violência
( falta de grana ), o marido bate na mulher que desconta nos
filhos. Há uns anos atrás quando eu comentei
com uma diretora de escola que eles deveriam distribuir camisinhas
ele me disse que isso não era papel das escolas, hoje
mudou de idéia. Você tem uma idéia do
que é que tem de mulher engravidando de presos, não
era o caso pra se fazer uma pesquisa? Será que o governo
não deveria atuar dando educação, afinal,
pelo que eu saiba um dos redutos de AIDS está justamente
nos presídios! Não é um absurdo você
deixar menores de idade ir transar com presos? Não
existe nada que possa ser feito pra que isso não aconteça?
Já não basta a quantidade de crianças
rejeitadas, criadas pelos avós, tendo que dividir o
pouco que tem, desprezadas pelos pais?”,
Maria do Carmo - miguel.sor@terra.com.br
“Você foi o único jornalista que mencionou
o planejamento familiar como umas das medidas em longo prazo
para diminuirmos a criminalidade. O Brasil cresce um Uruguai
por ano e não temos condições de proporcionar
educação, saúde, etc.. para todos.
Eu sempre defendi a idéia de
que se o Brasil não tem condições financeiras
para dar educação para todas as crianças,
precisamos ser pragmáticos. Que tal darmos educação
e saúde para todas as meninas do Brasil entre 9 e 17
anos? O segredo está nas meninas. A educação
é o melhor anticoncepcional que existe.
Em caso de gravidez, teremos mães
mais bem preparadas. Defendo também a liberação
do aborto. Acho que você já leu o livro Freaknomics
de Steven Levitt e sabe do que estou falando. Infelizmente
moramos num país hipócrita”,
Alberto Garcia - albertogarcia2@uol.com.br
“"Quando o Estado mais rico do país e sua
cidade economicamente mais importante se mostra frágil
diante do crime organizado..." Acho que há um
superdimensionamento do PCC. Trata-se apenas de uma facção
criminosa (infelizmente, poderão vir outras). O Brasil
não tem crime organizado. Ainda. Três coisas
caracterizam o crime organizado:
1) Transnacionalidade - as FARCs, por exemplo, são
fornecedores, não braços do PCC
2) Hierarquia rígida - não há cúpula
fixa no PCC (como havia na máfia italiana ou de Chicago)
3) Lavagem de dinheiro - acho que o PCC não chegou
ao nível de off-shores, o dinheiro arrecadado vai direto
para o financiamento do próprio crime.
Ou seja, superdimensionar o PCC vai
na linha de minimizar a impotência do Estado frente
a uma simples facção criminosa”,
Kleyn Guerreiro - kleyn_guerreiro@yahoo.com.br
“Planejamento familiar
é um assunto espinhoso, mas já passou da hora
para ser discutido em todos os setores, com campanhas na mídia.
Na minha opinião planejamento familiar e reestruturação
das responsabilidades da célula familiar é o
que falta no Brasil de hoje”,
Silvio Luiz - sluiz.aj@gmail.com
“A cada dia que passa estou mais convicto que vivemos
em um pais, e talvez até num mundo, que existe a ilusão
utópica de que se buscam soluções para
os problemas sociais, econômicos e políticos.
Porém se prestarmos atenção um pouco
mais detalhadamente nas (pseudo)soluções apresentadas,
descobriremos que elas jamais tem a intenção
real de solucionar os problemas, no caso o planejamento familiar,
que com certeza seria uma das ferramentas necessárias
a melhoria dos índices sociais, mas que é tratada
como um tabu entre os políticos, que alegam serem pressionados
pela Igreja, que é contra(quase tudo), mas a verdade
é que este quadro social caótico que ai se encontra,
interessa e muito, a muita gente.
Interessa principalmente aos políticos
e religiosos que vão vendo crescer o número
de miseráveis sedentos por soluções mirabolantes
apresentadas por políticos populistas sempre de reputação
duvidosa e pela providência divina prometida a gritos
por charlatões engravatados dizendo-se representantes
de Deus na terra, mas ávidos pelas oferendas polpudas
oferecidas por pessoas que a elas não resta muito mais
do que acreditar num milagre, enfim pra que resolver se o
interessante é complicar”,
Sandro Marcelo dos Santos
- drsandro@netuno.com.br
“Com certeza a implantação de um planejamento
familiar estimulado pelo governo reduziria em muito o nascimento
de crianças que certamente não teriam quase
nenhuma chance de viver com dignidade.
A classe média faz a muito
tempo planejamento familiar "forçado" por
ter informações através do seu nível
de educação e cultura. Seria necessário
o estado ter assistentes sociais em bom número para
orientar famílias de baixa renda que tivessem mais
de 2 filhos”,
Giovani Lima - g1lima@hotmail.com
“Uma educação sexual séria reduziria
a oferta de mão de obra para o narcotráfico
e diminuiria as chances da maioria dos nossos políticos
de usarem o "falso social" para conquistar postos
no poder. É inevitável! ”,
Galane & Marcon -
galanepiscinas@dglnet.com.br
“O problema não seria o desajuste familiar, seria
antes seu sintoma, os seres "indesejados" que dela
são frutos, por terem tendências "agressivas",
serem "ressentidos", o que implica agressão.
Perdoe a franqueza, mas é
uma eugenia mal disfarçada vossa tese e em outras pensatas.
É uma completa “asneira” o que o senhor
aponta como paliativo. A causa do desajuste não são
os filhos desajustados, que são apenas o reflexo da
desmoralização de nossa sociedade. A causa real
são as famílias estarem desajustadas. O senhor
propõe, desastrosamente, combater o sintoma, não
a causa da doença. Isto é ridículo, para
um homem com a sua cultura.
Agora lhe pergunto porquê elas
estão desajustadas? Será a falta de uma mais
ampla campanha por métodos anti-concepcionais, distribuição
mais ampla de preservativos e esterilização
mais acessível às mães mais carentes?
Não. As nossas famílias não são
desajustadas por isso. Talvez sejam por causa da banalização
da família, que é (veladamente para alguns,
enquanto outros não querem ver) incentivada pelo Estado,
opinião pública e meios de comunicação.
A proposta por trás das campanhas
de sexo seguro é "Faça quanto sexo você
quiser, desde que seja seguro". Isso é um convite
aberto à promiscuidade, na qual nossa juventude está
mergulhada até o pescoço. Um jovem ter relações
sexuais prematuras, longe de ser a excessão, é
a triste regra, enquanto não tê-las prematuramente
é, em nossa juventude, razão de vergonha, motivo
de chacota. Ou estou errado? Estaria eu mal informado? Quando
se ouviu na nossa imprensa, ou em sua pensata: "Jovens,
ter relações sexuais pode trazer conseqüências
graves para suas vidas, entre elas a gravidez indesejada e
doenças.
Convém preservarem-se hoje,
para mais tarde, no momento propício, poderem fazê-lo
em pelenitude." Em uma palavra: castidade. (Deveria me
envergonhar de dizer isto).
Você ignora a quantidade de
casais "amasiados"? Não sei, mas eu conheço
um montão, e no meio de casais jovens, criados nesta
sociedade onde a família é banal, são
parcela considerável. Talvez, como jornalista, poderia
pesquisar sobre o assunto, e suas estatísticas. Os
direitos, principalmente da mulher, nesse tipo de relação
não estão garantidos. Procure se informar da
dificuldade e lentidão de se provar a união
de fato em caso de separação para garantir direitos
dos cônjuges, especialmente a mulher. Os filhos deste
tipo de relação, estariam satisfeitos e seriam
bem aceitos, quando um homem não teve peito nem sequer
de ir ao cartório fazer o contrato de casamento civil
e assumir a própria mulher? Ela estaria plenamente
satisfeita com a hesitação em publicamente assumí-la
como esposa? Não seria talvez o caso, seguindo sua
lógica, de pedir aos casais desestruturados (amasiados
entre estes) que evitassem procriar para o bem de uma sociedade
com menos rejeitados e marginais?
Cadê uma campanha incentivando
os casais em união de fato a se casarem, por exemplo?
Os filhos de pais separados, acaso
estão satisfeitos? Será que se meu pai trocasse
de mulher duas ou três vezes na vida, e abandonasse
minha mãe, que provavelmente passará a se deitar
com outro, isto estaria ok. Para mim, caso fosse uma criança?
Toda criança quer um lar de verdade, toda criança
quer ter mãe e pai, ter avós, uma família
normal, e tem direito disso sim, independente do que se pregue
na sociedade banal, da qual o senhor e suas pensatas são
um eco.
Meu tom áspero com o senhor
não é nada pessoal, é só minha
indignação por vê-lo, como formador de
opinião, disfarçar a verdade para pregar a banalização
da família mais ainda, pondo a culpa disso nas crianças.
A culpa é a falta de educação (poderia
delongar-me aqui, mas não farei; apenas tenho a sensação
que o Estado *deliberadamente* está educando nossas
crianças para serem analfabetos funcionais, perpetuando
a cadeia de dominação) fortemente aliada à
banalização da família, que é
a palavra de ordem da nossa sociedade onde o gozo é
mais importante, é "sagrado".
Acaso o senhor já foi numa
escola? Pergunto, para saber se já teve contato com
a disciplina (média, não de casos isolados)
de nossas crianças e adolescentes, a falta de respeito
que impera entre os jovens. Essa indisciplina também
é sintoma da falta de moral dos pais, também
banalizados, e da família. A indignação
e agressividade dos nossos jovens vem justamente do fato da
família ser a porcaria que vem sendo, e que continuará
a ser se dependesse da sua pensata insensata.
Cadê uma campanha, por ínfima
que seja, em favor da família? Constato que a única
voz com firmeza contra a degradação da família
é a do papa. O único governante com destaque
a dizer algo similar, que eu saida, foi senhor George W. Bush.
"Não há dúvida" (expressão
que o senhor usa com incertezas) que ele foi ridicularizado
por isso, assim como o papa é.
O senhor propõe o lema "menos
filhos por menos marginais". Eu proporia o fortalecimento
da família, sua valorização e moralização,
a começar pelo Estado, passando pelos meios de comunicação,
até toda a sociedade. E educação, obviamente”,
Miguel Vinicius Santini Frasson
- mvsfrasson@gmail.com
“Finalmente tocou-se num ponto importante (e politicamente
incorreto) a ser discutido na sociedade. Espero que a discussão
frutifique”,
Hugo Sandim - hsandim@demar.faenquil.br
“Há anos venho batendo
nessa tecla, e não somente para a questão dos
adolescentes. Quantas vezes ouvimos, depois de um incêndio
anunciado em favelas paulistas, mães declararem que
estão sem teto junto aos 7 ou 10 filhos? Isso é
um descalabro, é um problema sem fim. Urbanizam-se
favelas sem frear a natalidade irresponsável”,
nespatti@uol.com.br
“Já que você tocou no assunto, gostaria
de sugerir que esse tema fosse muito mais aprofundado, no
sentido de se conseguir ações efetivas de conscientização
da população, e colocação de todos
os meios anticoncepcionais, como a pílula, preservativo,
DIU, vasectomia e laqueadura das trompas, a disposição
da população, através não somente
do INSS, mas também, de todos os planos de saúde.
A folha como um dos grandes meios de comunicação
do Brasil, poderia levantar essa bandeira, fazendo com que
nossos dirigentes, a nível municipal, estadual e federal
estabelecessem metas e fossem cobrados por ela, em termos
de divulgação e disponibilização
desses meios de planejamento familiar.
Minha sugestão é que o Dr. Drauzio Varella,
que tanto trabalha com esse tema, seja convidado a participar
dessa maravilhosa ação que o Brasil tanto precisa.
Planejamento familiar não é apenas redução
da violência, mas sim, melhoria da qualidade de vida,
desenvolvimento, harmonia no lar, saúde e felicidade,
para a família e para o país”,
Fabio Macedo -
famacedo@dglnet.com.br
“Concordo totalmente, a gente não vê nenhum
político falar sobre planejamento familiar. É
óbvio que um indivíduo que não recebeu
proteção familiar tende a ser mas desajustado
que um individuo criado num ambiente afetivo.
Os sociólogos e pesquisadores
que trabalham para o governo poderiam fazer uma pesquisa dentro
das cadeias para saber como foi a infância dos presos,
se eles receberam educação de berço,
se receberam afeto dentro de casa. Está comprovado
que, nos Estados Unidos, a liberação do aborto
reduziu a criminalidade a médio prazo. Não tem
o menor cabimento uma mulher ter relações íntimas
com o preso e ficar grávida de um homem que vai passar
anos na cadeia, eu acho que o preso que quer ter relações
sexuais deveria ser obrigado a fazer vasectomia.
As causas da imensa violência
paulistana são mais profundas que as discutidas pela
imprensa, estamos gerando “sociopatas” em série
‘”,
Cristina Carvalho Barboza
-cristina439@itelefonica.com.br
“Realmente impressiona o número de adolescentes
que ficam grávidas todos os anos. No Brasil, como você
disse são cerca de 900 mil por ano. O que se sabe é
que a cada ano que passa a faixa de idade das mães
solteiras é mais baixa. Você disse que o fato
se deve a pobreza e a baixa escolaridade, ou seja, a criança
por não ter muita informação acaba engravidando.
Não vejo que o nível de escolaridade, ou no
nível econômico sejam os principais responsáveis
pelo alto índice de mães meninas. Para mim o
que conta é o nível educacional e principalmente
o nível religioso. Conheço muita gente pobre
no Brasil e que sabe educar os filhos de uma maneira exemplar.Procure
saber o quadro de estatísticas de meninas mães
em países onde a formação religiosa é
rígida os meios de comunicação estão
sob censura e a liberdade de expressão é controlada.
A análise é superficial e até mesmo ambígua?
É, mas você também não acha que
tem algo a ver? A informação, a propaganda,
a mídia sem limites produz efeitos devastadores nas
mentes das crianças e coloca os pais em “off.”
A maioria não sabe como interagir diante da gama de
informações que recebe via Internet ou televisão.
Os que se dizem cristãos, ou judeus, não levam
a religião a sério. São religiosos nominais,
usam rótulos e nem sequer assumem os preceitos e conceitos
da fé que preserva os valores da família. Ä
torah diz: "Ensina a criança no caminho que deve
andar."
A ciência avança num ritmo vertiginoso que fica
impossível para um operário da construção,
que dispõe somente de algumas horas de descanso após
um dia estafante, ter que acessar os meios de comunicação
para obter mais informação.
A falta de comunicação e a inversão de
valores levam a família a um processo acelerado de
decomposição. É comum se encontrar avós
criando os netos enquanto a filha termina o High School.
Conversava com uma teenager e ela me contava que na sua escola
o número de meninas grávidas é muito
grande. Também me disse que o assédio sexual
é muito forte. A menina que não "transa"
é considerada pelas coleguinhas "careta"
e ainda por cima apanha. A direção da escola
simplesmente ignora o problema.
Ter o filho é uma das opções das mães
meninas, mas nem todas optam pela vida, muitas optam pela
solução simplista e sempre trágica do
aborto. A lei em alguns Estados permite que uma menina de
12 anos recorra a uma clínica de aborto para retirar
o seu "baby", sem o consentimento dos pais. Parece
mais um pesadelo. Onde é que vamos parar? Você
já viu em que sistema nós estamos metidos. Esta
é uma agressão declarada contra os princípios
familiares e contra a própria vida. A uma criança
é dado o poder de decidir se mata ou deixa viver. A
mesma criança que não pode ficar sequer sozinha
dentro de casa, porque a lei a considera frágil e irresponsável,
é dado o direito de tirar a vida de uma outra criança
que nem noção ainda tem da própria vida.
É simplesmente ridículo!
As seqüelas físicas e psicológicas decorrentes
de um aborto marcam a menina mãe para o resto da sua
vida. O timer da depressão foi acionado no seu sistema
psíquico, na hora certa o surto detona. Você
já viu as estatísticas do por quê mulheres
entram em depressão na meno- pausa?
Por isso quando se fala em planejamento familiar não
se pode falar simplesmente de fatores econômicos, culturais,
educacionais, mas também deve se falar de valores relativos
a fé a transcendência da alma e aos preceitos
espirituais. Deve se cultivar no seio familiar o relacionamento
com o Criador de todas as coisas. O homem está cada
vez mais vazio, e este vazio afetará as gerações
futuras. Os pais não sentam e conversam com os seus
filhos sobre os valores eternos. Não sabem o que acontece
nos coração deles. Está mais difícil
ser pai, porque nos afastamos do nosso referencial principal.
Você já pensou o que será dos seus netos?
Se a coisa hoje está assim o que será daqui
a cinqüenta ou cem anos? “,
Estêvão dos Santos
Canfield - prestevao@newcanaanumc.com
“O eixo não é reduzir a taxa de natalidade,
que hoje já é razoável no Brasil. O eixo
é distribuir os filhos. Assim como a renda que é
pequena para os pobres e grandes para os ricos, inversamente,
o número de filhos é grande para os pobres e
pequenos para os ricos. Não podemos ainda parar o crescimento
da população brasileira, temos território
e comida para mais gente. Chegamos novamente ao problema brasileiro
e mundial, distribuir nossas riquezas, inclusive nosso filhos
que nascem “,
Joel Miranda - jmiranda@atarde.com.br
“Não sei por qual emoção fui tomado
ao ler sua coluna de hoje. Ontem estava discutindo a quem
interessa esta quantidade mães meninas, famílias
com cinco, seis, sete filhos e sem condições
de criar um. Ouço tanto falar sobre Fome Zero, melhorias
no sistema de saúde, mas porque então quando
uma jovem chega ao hospital para realizar um segundo ou terceiro
parto não sofre um intervenção cirúrgica
nas trompas, porque o pai não é chamado para
também realizar uma vasectomia? Porque eu não
faço nada, já que enxergo tudo isto ? Como citou
hoje Carlos Heitor o exemplo do Vítor Negrete, que
desejou ir além, o que me falta para o mesmo? O que
falta a nós brasileiros para o mesmo’,
Warley Ribeiro Gonçalves-
site.xerox@mendesjunior.com.br
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