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 Dia 02.10.02

     

 

Leia repercussão da coluna: Ninguém vai poder reclamar de que não sabia

Caro Gilberto:

Concordo que a cobertura desta campanha eleitoral pela imprensa brasileira é uma das mais completas que já houve. E também uma das mais equilibradas, pois todos os quatro candidatos com chances reais de vitória conseguem, em maior ou menor grau, apresentarem suas idéias e planos de governo, e até mesmo os dois postulantes à presidência da extrema-esquerda tem suas candidaturas e propostas anunciadas à população. Tal debate é fruto do amadurecimento da democracia em nosso país e do paralelo amadurecimento de nossa grande imprensa.

Noto, porém, um defeito desta mesma cobertura, de resto, como já disse, de muito boa qualidade: o anômalo espaço concedido à política econômica no debate entre os candidatos, que em certos momentos foi tão grande que praticamente converteu-se no único tema da campanha. E saúde ou agricultura, não se fala sobre isto? E educação, tema vital para superarmos o atraso do país?

Estas questões poderiam e deveriam ter sido mais abordadas, tanto pelos candidatos como pela mídia. Mas também aí amadureceremos, e acredito que já na próxima campanha presidencial os temas citados e demais outros também ganharão a relevância merecida. Estamos progredindo. Agora, gostaria de finalizar dizendo o seguinte: qualquer um dos "quatro grandes" --- Lula, Serra, Garotinho ou Ciro --- que se eleja, tenhamos em mente que tempos (ainda mais) difíceis estão vindo por aí. O ano que vem, 2003, será certamente tão amargo, em termos econômicos, quanto este.

Provavelmente a economia brasileira só começará a respirar com um pouco mais de folga a partir do início de 2004. E não vai adiantar reclamarmos: infelizmente, não tão cedo conseguiremos equalizar o altíssimo endividamento público que nos será deixado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, e nossos setores exportadores só agora começam a se recuperar do massacre que sofreram durante a "farra cambial" da quase paridade Real-Dólar, ainda no primeiro mandato de FHC. Tempos ásperos ainda nos aguardam, seja quem for o presidente escolhido. Tenhamos fibra para enfrentá-los.

Um abraço,
Alex Ricciardi.

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