Leia
repercussão da coluna: Fome
de marketing
FÁBULA
Era
uma vez...
Um
sapo barbudo, que de tanto passar fome no norte emigrou
para o sul. Já dizia sua estrela: vai sapo, vai
ser torto na vida. No sul maravilha, ele construiu em
assembléia suas reivindicações.
Mas vida de sapo não é fácil não,
existiam muitos predadores e naquela época ninguém
defendia sapo, a consciência ecológica
nem existia.
Na
lagoa do ABC o coaxar da saparia nem era ouvida, ou
melhor, sempre foi abafada pelos tambores. Mas sapo
tem uma taxa de fertilidade alta e seu número
foi aumentando. Aí começou a perseguição,
sapo bom é sapo morto...caça ao sapo,
paus, cassetete, gás lacrimogêneo, bombas
e até prisão. O medo era grande, vai que
os ideais dos sapos pudessem contaminar a população
e chegassem ao palácio do REI?
Esta
guerra durou mais de vinte anos..sapo sumido, sapo morto,
sapo amedrontado...
"Mas
a esperança venceu o medo" e os sapos prosseguiam
feios, sujos e barbudos...porém lá da
lagoa brotavam suas obras que moviam o reino. Sempre
se ouvia um ditado:"um dia do caçador...um
dia da caça" e este dia se aproximava.
Vinte
e sete de outubro o sapo chega ao palácio...Com
aceitar um sapo no trono? Nunca vimos esta espécie
ocupar este cargo? Ainda mais sem diploma? A correria
foi geral. Era direito adquirido, não podíamos
contrariar a lei, tantas vezes contrariada. O que fazer?
Chamaram o conselheiro do reino e depois de horas de
discussão o veredicto foi dado: Transforma-lo
em príncipe! Que venha o bruxo DUDA que com sua
poção quase consegui, mas a obra não
ficou boa...Então se lembraram da fábula:
a princesa do reino, só ela pode cumprir esta
façanha. E o beijo foi dado pela "Vênus
Platinada" e o SAPO VIROU PRÍNCIPE, fantástico.
Agora
todo o reino o reverencia.
Gilmar
B. Brito
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