Leia
repercussão da coluna: Pedagogia
da histeria
Sr.
Gilberto,
No
seu comentário de hoje (06/11) a respeito das
posições do PT antes (como oposição)
e após a eleição (como situação)
você citou um "calote" da prefeitura
de S. Paulo em sua dívida com a União.
No
horário que ouvi esta informação
fiquei indignado e concordei inteiramente com a sua
posição e sua preocupação
a respeito. Ao ler os jornais, algumas horas depois,
continuiei indignado, mas por motivo distinto.
Uma
leitura cuidadosa das matérias a este respeito
leva à conclusão de que o município
de S. Paulo deixou de fazer uma amortização
OPTATIVA que constava no contrato de renegociação
da dívida com o Governo Federal. Sendo assim,
não trata-se de calote mas de uma opção
que estava ao alcance do Prefeito e prevista no acordo.
Este
seu comentário me remete a uma preocupação
que tenho tido desde a vitória de Lula: a crítica
fácil, sem fundamento que só beneficia
os especuladores de plantão (que aliás
vêm ganhando com o quadro de transição
há mais de três meses).
É
certo que o PT terá que mudar muitas de suas
posições e que a incoerência entre
o discurso e a prática ficará visível.
Isto, aliás, já ocorreu em todos os lugares
(estados e
municípios) onde o PT transformou-se em governo.
Acrescentar
a estes "ajustes" comentários que não
correspondem à realidade e que levam a crer que
coisas como a Lei de Responsabilidade Fiscal, contratos,
relação entre os 0poderes, etc. estarão
ameaçadas a partir de janeiro não contribui
em nada para o país.
Estes
comentários só facilitam a vida dos especuladores:
nem plantar a "notícia" eles precisam.
Realmente
2003 será um ano muito difícil para o
Brasil.
Paulo
Marques
São Paulo - SP
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