O meio ambiente
global com seus recursos finitos é uma preocupação
comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade,
diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.”
Este texto pertence à Carta da Terra, documento aprovado
pela Organização das Nações Unidas
(ONU) para incentivar a proteção da natureza.
O dever sagrado vem sendo cumprido por diversas entidades,
como a Fundação Ecológica Cristalino.
Essa instituição desenvolve excelentes projetos
na área de conservação e de educação
ambiental, por exemplo o Escola da Amazônia. Esse programa
mostra aos alunos do município de Alta Floresta e de
grandes cidades as atividades perigosas para a Amazônia
(desmatamento e extração predatória da
madeira) e as alternativas ecologicamente sustentáveis
(ecoturismo, apicultura e manejo florestal).
Além disso, nessa Escola há também a
orientação, oferecida pelo professor Edson Grandisoli,
biólogo e coordenador pedagógico da Escola da
Amazônia, para a elaboração e a apresentação
de um projeto científico. O professor ensina aos jovens
como criar uma hipótese e como testá-la em campo.
Ele mostra a grande importância desse ensino: “A
oportunidade de desenvolver uma atividade como essa, dentro
de um rigor acadêmico, é raríssima entre
alunos do Ensino Médio e tenho certeza de que, independentemente
da área de atuação que escolherem no
futuro, a experiência de como se constrói o conhecimento
os acompanhará sempre”. Prova disso é
a afirmação de um dos participantes do projeto,
Gustavo Mayer Gukovas: “O projeto não é
importante apenas no aspecto curricular, pois aprendi coisas
de diversos ramos que serão importantes para a minha
formação como pessoa”.
Dessa maneira, cidadãos são educados para saberem
mais sobre Ciência e para serem mais conscientes quanto
ao meio ambiente. Essa consciência faz com que os jovens
participantes economizem e aproveitem melhor os recursos naturais.
A experiência vivida por esses adolescentes permite
a troca de informações com parentes e amigos
a respeito da conservação ambiental, como afirma
Gustavo: “Pode ser que não se influencie toda
uma geração, mas uma parcela considerável
de pessoas será influenciada pelos jovens que participam
do Projeto Escola da Amazônia, pois cada um deles dividirá
sua experiência com outras pessoas e assim o círculo
se amplia. É como uma gota em um balde, pois eles vão
procurar diminuir os gastos e isso fará diferença
a longo prazo”.
Além disso, essa nova geração está
mais estimulada a criar novos projetos de educação
ambiental, como diz André Vito Scatigna, três
vezes participante da Escola da Amazônia: "Todo
o mundo volta de lá pensando diferente, pensando em
fazer outras coisas. A viagem 'espalha' a questão da
importância da educação ambiental e pode
incentivar as pessoas a fazer outros projetos". O professor
Edson concorda com os alunos: “A mudança de mentalidade
e atitude proporcionada por um processo educativo é
muito difícil de ser medida (quantificada), mas, sem
dúvida alguma, a atividade que desenvolvemos terá,
sim, impacto positivo no futuro”.
Com esses novos jovens, o mundo se enche de esperança,
pois, como afirma Edson: “Os alunos são extremamente
dispostos a tentar entender o mundo que os cerca e, acima
de tudo, podem contribuir para um futuro melhor”.
Vitor A. Possebom,
aluno do 2º ano do ensino
médio, do Colégio Bandeirantes -
vitorapossebom@gmail.com
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