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08/12/2003
Aprovado primeiro Estatuto da Juventude do país

Vanessa Sayuri Nakasato

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, por unanimidade, o primeiro Estatuto da Juventude do Brasil. O projeto de lei tem o objetivo de garantir direitos fundamentais como saúde, trabalho, educação e lazer a jovens de 18 a 25 anos.

Considerado a extensão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pelos vereadores da capital paulista, o Estatuto da Juventude foi inspirado em experiências européias e documentos internacionais como a Declaração de Lisboa e o Plano de Ação de Praga, de 1998.

“Estudamos e pesquisamos muito antes de criar esse projeto. Buscamos referências em diversos países, conversamos com autoridades e especialistas, para depois pensarmos em como aplicar no Brasil os exemplos encontrados”, ressaltou o vereador Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB), autor do texto.

O vereador explica que a diferença entre seu projeto e o ECA, além da idade, é tirar o jovem da condição de mero receptor de direitos e deveres para transformá-lo em protagonista da sociedade. “Queremos que os jovens discutam a lei e lutem por ela”, afirmou Bezerra.

Para que isso seja possível, o Estatuto determina a criação do Conselho Municipal da Juventude, que será composto por 10 membros do poder público e 10 da sociedade civil, dentre eles, jovens de diversos seguimentos.

Caberá ao Conselho formular políticas e emitir pareceres sobre programas governamentais relativos aos jovens. Participar da proposta orçamentária destinada à elaboração e execução do Plano Estratégico para Desenvolvimento Integral da Juventude. Promover pesquisas, debates e campanhas, visando a formação e informação da sociedade em geral sobre a problemática juvenil na cidade.

Na opinião da socióloga Maria Virgínia de Freitas, da organização não- governamental Ação Educativa, embora o Estatuto seja extremamente importante por dedicar um olhar diferenciado ao jovem, ele apresenta algumas falhas.

Conforme ela, o Estatuto da Juventude poderia ser mais completo. “Há capítulos em que a falta de detalhes e especificidade deixam o cidadão com um ponto de interrogação”, comentou.

A socióloga diz reconhecer que há muitos pontos importantes no novo documento. No entanto, para ela, as discussões feitas sobre o projeto antes de ser aprovado foram insuficientes. “No debate promovido pela Câmara essa semana, pude perceber que muitos jovens não estão se sentindo representados por ele”, lamentou.

Os vereadores aguardam a sanção do Estatuto e esperam que o projeto não seja vetado pela Prefeitura.

 
 
 

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