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19/02/2004
Falta comida em seis hospitais municipais de SP

Seis dos 39 hospitais-dia de saúde mental da Prefeitura de São Paulo deixaram de fornecer refeições para pacientes que fazem tratamento em período integral. A falta de café da manhã, almoço e lanche da tarde, que começou em 26 de janeiro, já mudou a rotina das unidades e mobilizou até famílias de pacientes, que doaram alimentos e se mobilizaram para preparar as refeições no próprio hospital. Segundo a prefeitura, o fornecimento deve ser normalizado em março.

Na Zona Sul, a suspensão das refeições atinge um hospital no Jabaquara, três em Santo Amaro e um no Campo Limpo. Na Zona Norte, a unidade de Pirituba também está sem contrato para o fornecimento das refeições, mas a Autarquia Hospitalar Central está suprindo o local com as refeições necessárias.

Os pratos ficaram vazios porque o contrato com os fornecedores de comida acabou e não foi renovado na hora certa. O acordo assinado com a empresa Apetece acabou em 26 de janeiro. Nenhuma outra empresa foi contratada para continuar o fornecimento. Em Campo Limpo e em Pirituba, uma licitação de emergência está em andamento.

No Jabaquara há uma troca de acusações. A subprefeitura alega ter um contrato com a Apetece, prorrogado até 20 de março, e acusa a empresa de suspender a entrega de refeições em função de atrasos no pagamento. A própria Apetece garante que o contrato expirou e não foi renovado. Em Santo Amaro, um contrato de emergência foi assinado, segundo a Secretaria de Saúde.

Normalmente um novo acordo de prestação de serviços é feito antes que o contrato original seja encerrado. Os pacientes que ficaram sem as refeições se recuperam de problemas graves. São doentes que precisam de tratamento diário intensivo e de acompanhamento especializado.


Soluções próprias
Enquanto o fornecimento não é normalizado, cada unidade ou subprefeitura criou uma solução própria na tentativa de amenizar o problema gerado pela falta das refeições. A unidade Largo 13, no Jardim Dom Bosco, na região de Santo Amaro, contou com o apoio dos parentes dos pacientes, que doaram alimentos e se organizaram para fazer as refeições. Tal situação durou até a semana passada. Nesta semana, o almoço foi fornecido pelo Hospital do Campo Limpo. Mesmo assim, os pacientes continuam sem o lanche da tarde e têm de ir para casa uma hora antes do previsto.

O hospital-dia do Jabaquara contou com a colaboração em dinheiro dos funcionários da própria subprefeitura. “Estamos nos cotizando, comprando gêneros e preparando as refeições na própria unidade até que a situação se normalize”, explica o coordenador de Saúde da Subprefeitura do Jabaquara, Wilson Pereira de Souza. É uma decisão solidária elogiável, mas que não resolve.

Os pacientes do hospital-dia Jardim Lídia, na região do Campo Limpo, estão fazendo o tratamento em meio-período e só tomam lanche. A Coordenadoria de Saúde da subprefeitura conseguiu da Secretaria Municipal de Abastecimento achocolatado e bolachas.

 

 

VIVIANE RAYMUNDI
do Diário de S. Paulo

 
 
 

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