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segurança
18/08/2004
Escolas paulistanas estendem vigilância a área externa

Preocupadas com os casos de violência contra alunos, escolas de São Paulo têm levado sistemas de segurança para fora dos muros. Colégios como Dante Alighieri e São Luís, no centro, e Santo Américo, na zona sul, instalaram câmeras no entorno. Motociclistas do Santa Cruz circulam em volta da escola -o colégio, porém, preferiu não detalhar sua vigilância.

No Dante, há porteiros e 14 seguranças para a área externa e cem para a interna, segundo o site da instituição. As calçadas são monitoradas por câmeras. Dentro, são 72 aparelhos. No São Luís, dos 60 aparelhos, 5 filmam as ruas adjacentes.

O Santo Américo orienta o aluno a usar casaco sobre o uniforme fora da escola. "Não temos muitos alunos que voltam a pé. Sabemos que um aluno com nosso uniforme sozinho na rua é alvo", diz o reitor, dom Geraldo Gonzalez, 44.

Para evitar a ida dos alunos às ruas, os colégios também promovem o embarque e o desembarque dentro da instituição. O São Luís criou uma "rua" só para carros identificados. Quando os pais não podem buscar o aluno, um segurança o acompanha até o metrô ou ponto de ônibus. "Nossos seguranças não são terceirizados. Eles sabem os nomes dos alunos, conhecem os pais e não entregam as crianças a desconhecidos", afirma o diretor, Jairo Cardoso.
Saem de dentro do Dante 36 ônibus, rastreados, com radiocomunicador e vidro escurecido.

O seqüestro do estudante foi discutido em sala de aula por uma professora de orientação educacional do 1º ano do ensino médio do Santa Cruz, segundo disseram à Folha três alunos. A escola não avisou oficialmente os pais.
Segundo os jovens, foi pedido que não se comentasse o tema fora da escola para evitar que a mobilização dos pais levasse a pedido maior de resgate. Eles também foram orientados a não ir a pé sozinhos ao shopping Villa-Lobos, na região, onde muitos almoçam.

Ontem à tarde, um funcionário do Santa Cruz tentou impedir a Folha de abordar pais e alunos diante do colégio. Nas últimas semanas, um carro da PM fica com freqüência na porta da escola.

O seqüestro levou pais e estudantes a mudar hábitos. Um adolescente de 15 anos relatou que foi proibido pela mãe de voltar a pé para casa -trajeto de 15 minutos.
A.M.C.P., 43, mãe de dois alunos, diz que teve o carro furtado na rua da escola na última sexta. "Todo mundo está estressado."

M.C.R., 37, cujos filhos de 5 e 7 anos também estudam no Santa Cruz, diz que "todo mundo vive com medo". "Venho com meu motorista pegá-los."

As informações são da Folha de S.Paulo.

 
 
 

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