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cidadania
31/03/2004

Projeto estimula criança a opinar sobre gestão em SP

Numa assembléia do Conselho do Orçamento Participativo de São Paulo, uma menina de 11 anos levanta para expor as idéias de crianças por ela representadas sobre, por exemplo, os gastos municipais com educação. A cena pode parecer estranha, mas deve se tornar fato a partir de hoje --quando a prefeita Marta Suplicy lançará o projeto Orçamento Participativo Criança, durante o 3º Congresso Municipal de Educação.

"As questões discutidas pelo conselho têm a ver também com a vida das crianças", diz Félix Sanchez, coordenador do Orçamento Participativo de São Paulo.

O OP Criança quer fomentar a participação de alunos da rede pública de sete a 14 anos na gestão do município. Ele terá caráter consultivo, não deliberativo.

Para quem acha que criança não deveria apitar fora do parquinho do prédio, o psiquiatra infantil do Hospital das Clínicas Estevão Vadasz esclarece: "Como é algo participativo, e não decisório, é um exercício de cidadania. Se fosse decisório, seria complicado, pois as crianças não tem o discernimento e crítica amadurecidos".

Cada escola terá representantes eleitos que debaterão as demandas dos alunos para a melhoria do ensino naquela unidade. Pares de delegados das escolas participarão dos fóruns do OP Criança em cada uma das 31 subprefeituras da cidade. Delegados de cada região participarão de um fórum municipal, que elegerá dois conselheiros titulares do Conselho do Orçamento Participativo.

"É uma possibilidade de participação direta desde a unidade escolar até a cidade como um todo", explica Cida Sonvesso, coordenadora de Projetos Especiais da Secretaria de Educação.

Em 2003, um projeto piloto do OP Criança funcionou em quatro unidades dos CEUs (Centros Educacionais Unificados). "Os alunos trouxeram demandas diferentes e pertinentes. Muitas delas não pedem um centavo de investimento para serem supridas."

"Antes, eu só opinava e dava idéias na minha casa. O OP Criança abriu espaço para a nossa cidadania e para debates para a melhoria da escola", diz Uitila Tarlei, 11, participante do projeto piloto.



FERNANDA MENA
da Folha de S.Paulo

 
 
 

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