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Rose
Neubauer chama grevistas de "sem-sentido" e se recusa a negociar
Gilberto
Dimenstein
A secretária da Educação de São Paulo, Rose Neubauer, disse hoje,
em entrevista à Coluna GD, que não vai negociar com o movimento
grevista das escolas estaduais.
"Não dá para negociar. O que eles pedem é uma total maluquice",
afirmou.
Segundo a secretária, o movimento não visa melhorar as condições
dos professores, mas criar uma "agitação política, com vistas à
eleição".
"Eles estão criando o movimento dos sem-sentido", afirmou, numa
referência à radicalização do Movimento dos Sem-Terra. A presidente
da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Azevedo Noronha,
rebateu as acusações em reportagem na Folha
Online.
Os dirigentes dos professores pedem aumento salarial de 54%, o que,
segundo a secretária, é "absolutamente inviável". "Isso implicaria
um aumento de 10% no orçamento de São Paulo e equivaleria a R$ 2
bilhões. De onde sai o dinheiro para isso? ", perguntou.
Por causa do tamanho da reivindicação, Rose Neubauer se diz convencida
de que o sindicato, ligado à CUT e ao PT, não desejaria negociar,
mas "agitar politicamente".
Ela afirmou que, desde o primeiro mandato do governador Mário Covas,
foram dados sete reajustes, numa média de elevação salarial de 160%.
A avaliação da secretaria da Educação é de que, até agora, a greve
atingiu, em diferentes graus, apenas 10% das 6 mil escolas estaduais.
Leia a resposta
dos grevistas na Folha
Online
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