|
Fiscalização
faz empresas correrem atrás de portadores de deficiência
Cristina
Mori
Equipe GD
Por bem ou por mal, as empresas brasileiras começam a abrir vagas
para os portadores de deficiência física, mental, sensorial (auditiva/visual)
ou múltipla.
Apesar da lei que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários
a preencher de 2% a 5% das vagas com portadores de deficiência ser
de 1991, só agora o Ministério do Trabalho apertou a fiscalização,
o que está gerando uma corrida das empresas por estes profissionais.
Para atender à demanda, a Gelre, empresa brasileira de colocação
profissional, criou há um mês um setor específico para fazer a ponte
entre instituições de apoio a portadores de deficiência e corporações
interessadas tanto em cumprir a lei como em romper o preconceito.
A colocação profissional dos portadores de deficiência parte da
análise do perfil de funcionário que a empresa está precisando,
como em qualquer processo seletivo, geralmente após uma avaliação
de quais funções ele pode desempenhar.
A Gelre entra em contato com as instituições cadastradas e também
participa da adaptação do deficiente à empresa contratante.
A inserção deste profissional no dia-a-dia de trabalho é semelhante
à de qualquer outro funcionário - ele passa por um período de experiência,
para descobrir se a função para a qual foi designado é realmente
adequada.
"É preciso ver se a pessoa gosta de fazer aquilo; ele também tem
que ter o direito de optar", diz Luiza De Paula, gerente da divisão
de projetos sociais da Gelre.
A recepção dos portadores de deficiência no ambiente de trabalho
tem sido muito boa, segundo Luiza, mas há preconceito, porque a
adaptação exige tolerância. Luiza garante, contudo, que a cada 100
colegas de trabalho do deficiente, apenas dois ou três criam problemas
- e são pessoas que geralmente se incomodam com qualquer coisa.
Vale lembrar que, apesar dos avanços, ainda há muito para ser conquistado.
De acordo com um levantamento feito pelo antropólogo João Baptista
Ribas na região metropolitana de São Paulo, apenas 16,6% das empresas
cumpriam a lei de contratação de portadores de deficiência.
Leia mais:
- Lei
para deficientes não pegou (Veja)
- Aprovado projeto que regulamenta o
trabalho de deficientes
- Deficientes
visuais acham seu espaço na sala de aula
- MID
realiza projeto de capacitação para deficientes visuais
- Gelre
|
|
|
Subir
|
|
|
|