Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente

Dia 09.06.00

 

 

Fiscalização faz empresas correrem atrás de portadores de deficiência

Cristina Mori
Equipe GD

Por bem ou por mal, as empresas brasileiras começam a abrir vagas para os portadores de deficiência física, mental, sensorial (auditiva/visual) ou múltipla.

Apesar da lei que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a preencher de 2% a 5% das vagas com portadores de deficiência ser de 1991, só agora o Ministério do Trabalho apertou a fiscalização, o que está gerando uma corrida das empresas por estes profissionais.

Para atender à demanda, a Gelre, empresa brasileira de colocação profissional, criou há um mês um setor específico para fazer a ponte entre instituições de apoio a portadores de deficiência e corporações interessadas tanto em cumprir a lei como em romper o preconceito.

A colocação profissional dos portadores de deficiência parte da análise do perfil de funcionário que a empresa está precisando, como em qualquer processo seletivo, geralmente após uma avaliação de quais funções ele pode desempenhar.

A Gelre entra em contato com as instituições cadastradas e também participa da adaptação do deficiente à empresa contratante.

A inserção deste profissional no dia-a-dia de trabalho é semelhante à de qualquer outro funcionário - ele passa por um período de experiência, para descobrir se a função para a qual foi designado é realmente adequada.

"É preciso ver se a pessoa gosta de fazer aquilo; ele também tem que ter o direito de optar", diz Luiza De Paula, gerente da divisão de projetos sociais da Gelre.

A recepção dos portadores de deficiência no ambiente de trabalho tem sido muito boa, segundo Luiza, mas há preconceito, porque a adaptação exige tolerância. Luiza garante, contudo, que a cada 100 colegas de trabalho do deficiente, apenas dois ou três criam problemas - e são pessoas que geralmente se incomodam com qualquer coisa.

Vale lembrar que, apesar dos avanços, ainda há muito para ser conquistado. De acordo com um levantamento feito pelo antropólogo João Baptista Ribas na região metropolitana de São Paulo, apenas 16,6% das empresas cumpriam a lei de contratação de portadores de deficiência.


Leia mais:
- Lei para deficientes não pegou (Veja)
- Aprovado projeto que regulamenta o trabalho de deficientes
- Deficientes visuais acham seu espaço na sala de aula
- MID realiza projeto de capacitação para deficientes visuais
- Gelre

 

 
                                                Subir    

   ANTERIORES
  Ministro José Serra quer "guerra" contra o Paraguai
  Boato de funcionários é importante à empresa, diz professor
  Publicação levanta debate sobre financiamento de candidatos
  Governo federal não tem política para regulamentar o trabalho informal
  Aprovado projeto que regulamenta o trabalho de deficientes
  Mulheres negras ganham mal, mesmo estudando mais
  Faltas dão prejuízo de R$ 240 milhões para a educação de São Paulo
  País perde investimentos por falta de sorriso
  Cursos de medicina podem fechar
  Mulheres são minoria mal-treinada em informática
  Paulo Maluf diz que sabe como gerar empregos em São Paulo
  Rose Neubauer chama grevistas de "sem-sentido" e se recusa a negociar
  Dossiê traça panorama do trabalho
  Intuição ajuda na escolha de emprego