Empresas
ainda não entendem a terceirização de serviços
Miguel Vieliczko
Equipe GD
A maioria das empresas brasileiras ainda não conhece os verdadeiros
objetivos da terceirização de serviços, adotando normalmente uma
postura de "automedicação" para a área.
A constatação é de Gessé Campos Camargo, diretor superintendente
da Infra 4, responsável pela divisão de negócios da Accor Brasil.
Camargo abordou a terceirização em palestra durante o congresso
Formas Regulares nas Relações de Trabalho, realizado no último dia
28 pela Academia de Desenvolvimento Profissional e Organizacional
(ADPO).
Segundo o executivo, o processo de terceirização vem sofrendo uma
evolução gradual no Brasil. Ao objetivo inicial de redução de custos
foram somadas metas de melhoria da qualidade dos serviços, acesso
a novas tecnologias e integração com a realidade do mercado - ou
seja, saber o que o concorrente está fazendo.
"As empresas brasileiras compram serviços sob a ótica da compra
de um produto", afirmou. Para ele, não existe ainda a percepção
da prestadora de serviços como uma parceira que traz novas tecnologias.
"A companhia contrata um serviço de limpeza e se preocupa com a
vassoura que vai ser usada para varrer o chão da sua empresa. Isso
é perda de tempo. O ideal é se concentrar em saber quem está prestando
o serviço", explicou.
De acordo com Camargo, a prestação de serviços ideal é aquela em
que a empresa parceira se antecipa às necessidades do seu tomador
de serviços. "A parceria deve ser um processo semelhante ao de fusão
de empresas", concluiu.
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