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Dia 10.08.00

Como fazer da bola uma arma contra a violência

Num programa batizado de "Esporte à Meia-Noite", Brasília colocou gangues de adolescentes para resolver suas rixas numa quadra de esporte _ e está ensinando como reduzir a violência.

Em vez de ficar sem nada para fazer nas ruas, 350 jovens participam, todos os dias, de torneios noturnos; foram convidadas, especialmente, gangues rivais.

Resultado preliminar: caiu em 20%, segundo dados da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, o registro de delitos praticados por jovens de Planaltina, uma cidade-satélite.

O resultado é previsível: está provado que o esporte ajuda a combater a violência. E, em particular, se, junto com o esporte, são oferecidos serviços de apoio psicológico, orientação educacional e profissional.

Brasília inspirou-se nos Estados Unidos, onde, em várias cidades, organizaram-se torneios de basquete de madrugada, numa alternativa de lazer para as gangues.

Os registros policiais informam que parte dos crimes é cometida pela mistura de drogas com falta de lazer. Mais lazer, menos crime.

É uma das alternativas disponíveis para se lidar com o maior dos medos dos habitantes das grandes cidades brasileiras. Pesquisa DataFolha divulgada ontem mostra que a violência é a principal preocupação dos habitantes de São Paulo.

Para se ter uma idéia do tamanho desta preocupação, basta ver que, na pesquisa, superou o tema do desemprego. Fácil, claro, entender porque o tema está tão incrustado nos programas dos candidatos _ todos eles praticamente sem capacidade de influenciar as polícias, comandadas pelo governador.

O pânico sugere aos candidatos medidas simplistas e demagógicas, na promessa ilusória de resultados imediatos. Na busca do voto, propaga-se a idéia de que mais repressão significa rapidamente mais segurança.

O "Esporte à Meia-Noite" seguiu o roteiro americano. Atraiu as gangues, faz acompanhamento escolar e tenta colocar os jovens em empresas associadas ao programa.

A relação entre lazer e violência está em teste também numa das regiões mais violentas de São Paulo: Campo Limpo.

Lá, 80 escolas municipais reduziram a taxas insignificantes as invasões, depredações e brigas. Isso graças a um programa chamado "Valorização da Vida Pela Educação".

O objetivo é fazer com que a comunidade entre na escola. O que ocorreu por meio de esporte, atividades culturais e oficinas de artesanato. Das 80 escolas, 15 permanecem abertas nos finais de semana.

Já se sabe que violência não é consequência natural da miséria. Grave, de fato, é a percepção de marginalidade e exclusão.

O esporte simplesmente propicia a sensação de que o jovem está integrado e, ainda por cima, queima energia _ energia que, naquele horário, estaria empregada na pancadaria.

A lição clara: integração social, usando educação, é uma das maneiras, disponíveis aos prefeitos, para reduzir a insegurança.

Leia mais:

Reportagens:

Estudo da Unesco revela que país é o terceiro mais perigoso para juventude *
São Paulo lidera ranking de morte violenta de jovens
OMS pesquisa epidemia de crimes em SP*
Esporte diminui criminalidade em Brasília
Paulistano espera que próximo prefeito reduza violência (pesquisa Datafolha)*

*Acesso restrito para assinantes da UOL ou da Folha de S. Paulo.

Pesquisas:

Faça download do documento "Mapa da Violência", da UNESCO.
(O arquivo possui 9,62 Mb. e demora cerca de 20 minutos para poder ser visualizado)
Escola é fonte de insegurança

Sites:

Ministério da Justiça
Sou da Paz
Secretaria de Estado dos Direitos Humanos

 

 

 
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