Existem hoje cerca de 38 milhões de brasileiros que não possuem qualquer tipo de previdência, seja a oficial ou a complementar. A proposta do governo para a aposentadoria complementar prevê a possibilidade de sindicatos, Estados e municípios criarem seus próprios fundos de pensão.
Caso aprovada a proposta, esse número tende a diminuir. "Com fundos de pensão de sindicatos e entidades de classe será mais fácil trazer os trabalhadores da economia informal para a previdência", salienta Carlos Duarte Caldas, presidente da Associação Brasileira dos Fundos de Pensão (Abrapp).
Ele lembra que nos Estados Unidos, os fundos de pensão mais fortes são os ligados a classes de profissionais. "A única preocupação é que os recursos tenham administração profissional".
"Acho que o melhor seria uma parceria onde os sindicatos fiscalizariam a gestão dos fundos de pensão e a administração seria exercida por uma empresa de previdência", opina Fuad Naum, presidente da Anapp (Associação Nacional das Empresas de Previdência Privada).